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Turismo

Programa sustentável incentivará turismo comunitário e de natureza no litoral

Iniciativa começará a ser desenvolvida pelo Estado em Antonina, Morretes e Guaraqueçaba

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Lançado oficialmente pelo Governo do Estado, na segunda-feira, 16, o Programa de Apoio às Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), iniciativa desenvolvida pela Invest Paraná, que será iniciada no litoral paranaense, atuando com conceitos de turismo de base comunitária e de natureza em Antonina, Morretes e Guaraqueçaba. A solenidade de abertura teve a presença do vice-governador, Darci Piana, no Palácio Iguaçu. Outro foco da iniciativa que trará avanços para a região é o desenvolvimento de produtos típicos regionais pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná), algo que beneficiará cerca de 2,5 mil famílias litorâneas. 

Segundo a assessoria, o programa terá participação de diversas entidades e órgãos.  “O objetivo é incentivar as cadeias de valor e abrir mercados a produtos típicos paranaenses, produzidos de forma sustentável e de maneira tradicional”, informa. No pontapé inicial dado na solenidade, o vice-governador assinou os primeiros convênios da iniciativa, que focará o fortalecimento de relações culturais, ambientais e sociais do litoral e de outras regiões paranaenses. “Até o momento, 25 instituições serão parceiras, incluindo órgãos e secretarias estaduais, prefeituras, entidades da sociedade civil e startups”, complementa.

Início no litoral

“Ele será iniciado pelo Litoral (Antonina, Morretes e Guaraqueçaba), trabalhando os conceitos de turismo de natureza e de base comunitária, além dos produtos regionais, como a banana, mandioca e açaí de juçara; e São José dos Pinhais, (Região Metropolitana de Curitiba) atuando na transição da agricultura convencional para negócios sustentáveis na região da bacia do Miringuava, onde a Sanepar está construído uma nova barragem de captação de água”, informa o Governo do Estado, destacando que o programa é baseado em experiências implantadas no Japão e na Alemanha com foco em valorização regional.

“O Paraná tem grandes exemplos de produtos tradicionais, como a produção de mel, de poncã, que muitas vezes não são valorizados economicamente, mas são fundamentais para aquela região e para as famílias produtoras”, destaca Darci Piana. “Esse programa vai ser essencial para manter as famílias em sua propriedade, para valorizar a produção local. São pessoas que também precisam do suporte do governo para que tenham o seu sustento, para que elas também possam crescer e participar da vida econômica do Estado”, completa o vice-governador.

De acordo com secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, o objetivo é atuar principalmente na questão turística e no setor de alimentos, focando a retomada econômica após a pandemia. “O desenvolvimento sustentável é hoje a bola da vez e cada região tem as suas potencialidades. Nada mais inteligente que entender as necessidades e particulares de cada local, para incentivar e destinar recursos para desenvolver as vocações regionais”, complementa.

Mercados internacionais

De acordo com a Invest Paraná, desde 2020 estão sendo identificados potenciais sustentáveis e econômicos no Estado. “Para isso, foram selecionados ativos com potencial de mercado já relatados no Programa Arranjos Produtivos Locais (APL), que agora vão contar com o apoio da agência para acessar novos mercados, nacionais e internacionais, e implementar inovações para ampliar esse potencial. De acordo com um estudo desenvolvido pela Invest,  um setor é considerado com grande potencial no mercado ao obter uma marca de, pelo menos, 70% de viabilidade, com base em uma série de características”, destaca a assessoria.

“A ideia é estimular os pequenos produtores, inclusive de artigos, além dos alimentícios, a adotarem práticas de sustentabilidade. A Invest já está oferecendo oficinas a esses públicos, com a intenção de abrir novos mercados”, ressalta Eduardo Bekin, diretor-presidente da Invest Paraná.

Produtos do litoral

Junto ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná), a Invest mapeou 122 territórios no Paraná com produtos potenciais para serem utilizados no VRS. “Mais de 2.500 famílias do Litoral podem ser beneficiadas na região com o desenvolvimento do turismo de base comunitária, venda de produtos locais, hospedagens, atrativos naturais e gastronomia local, além do processamento da mandioca em Guaraqueçaba”, detalha a assessoria.

“No Litoral, os produtores das três cidades serão integrados a uma cadeia de valor sustentável, para que todos adotem uma prática sustentável. Eles receberão um selo que reconhece o impacto positivo daquele produto na comunidade e atesta que ele foi produzido sem agredir o meio ambiente”, afirma Banzato.

Estações para atendimento turistas

O programa quer desenvolver no litoral e no Estado o que é chamado de Michi-no-Ekis. “São estações voltadas para o atendimento de turistas, com a venda de produtos locais. O objetivo é criar espaços em ambientes seguros e confortáveis, únicos e atrativos, e que mostrem a individualidade da região”, informa a Invest, destacando que  a iniciativa será realizada em uma cooperação com a Província de Hyogo, no Japão – Estado-irmão do Paraná – e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). “A intenção é espalhar os michi-no-ekis por todo o Estado, criando uma rota turística entre eles”, detalha.

“A proposta tem como base a venda de produtos locais, promoção de atrações turísticas, demonstração da cultura e espaço para eventos da comunidade; informações de atendimento turístico, rodoviário e de emergência prontamente disponíveis; locais de descanso, serviços de alimentação, estacionamento e banheiros gratuitos 24 horas”, finaliza o Governo do Estado.


Com informações da AEN

Foto: Camila Tonett/AEN

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