Portos do Paraná

Estrutura do Porto de Paranaguá permite descarga simultânea de fertilizantes

No berço 209, o navio Bulk Trader descarrega fertilizantes em uma operação simultânea, com dois guindastes de terra.

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Uma operação diferente chama a atenção no Porto de Paranaguá, nesta semana. No berço 209, o navio Bulk Trader descarrega fertilizantes em uma operação simultânea, com dois guindastes de terra. Um dos equipamentos MHC (sigla em inglês para guindastes móveis de cais), descarrega na correia transportadora, que leva os produtos até armazéns alfandegados. Enquanto o outro faz descarga direta em caminhões, que seguem para o interior ou armazéns da retaguarda. - Paranaguá, 03/08/2021 - Foto: Claudio Neves

Uma operação diferente chama a atenção no Porto de Paranaguá nesta semana. No berço 209, o navio Bulk Trader descarrega fertilizantes em uma operação simultânea, com dois guindastes de terra. Um dos equipamentos MHC (sigla em inglês para guindastes móveis de cais), descarrega na correia transportadora, que leva os produtos até armazéns alfandegados, enquanto o outro faz descarga direta em caminhões, que seguem para o interior ou armazéns da retaguarda.

A descarga começou na manhã de segunda-feira, 2, e deve levar cerca de quatro dias para ser concluída. Ao todo serão quase 34,3 mil toneladas de produtos recebidos, incluindo ureia, nitrato de amônio e complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).

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Para garantir maior eficiência, o porto paranaense possui regras operacionais e níveis de produtividade para cada operação. No segmento de fertilizantes, a “prancha média”, como é conhecida, varia de 6 mil a 9 mil toneladas por dia, por berço ou navio.

“Este índice é alcançado geralmente com apenas um guindaste de terra, mas a estrutura que permite operar com dois ou mais equipamentos ao mesmo tempo aumenta a produtividade. O tempo de descarga diminui e outros navios podem atracar e operar”, explica o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

Segundo ele, o uso de dois MHCs de maneira simultânea se deve à infraestrutura de cais e de pátios que possibilita um grande movimento na descarga de graneis, tanto nos berços preferenciais para o produto, quanto nos alternativos.

“Além disso, os investimentos contínuos na infraestrutura marítima, para melhoria do calado, também afetam, diretamente, a produtividade”, completa.

COMO FUNCIONA

No cais público do Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de fertilizante. Um deles, o 209, conta com a disponibilidade de correias transportadoras que levam o produto direto até o Terminal Público de Fertilizantes (Tefer), com capacidade para armazenar até 20 mil toneladas e interligação a outros armazéns privados.

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Os navios com este tipo de carga ainda podem atracar e descarregar por qualquer outro berço do cais público que não esteja ocupado. Nesses berços alternativos também é possível trabalhar com dois ou mais equipamentos na descarga, usando guindastes de bordo, dos próprios navios.

Principal porto de chegada dos adubos que desembarcam no Brasil, o Porto de Paranaguá conta ainda com um píer privado, com dois berços exclusivos e interligados por esteiras.

No Porto de Antonina são mais dois berços para o segmento, tornando o Paraná líder na importação de fertilizantes, respondendo por 33% de todo o adubo que entra no País.

OPERAÇÃO

A descarga do navio Bulk Trader é da operadora portuária Rocha. Segundo o gerente de Operações da empresa, Leonardo Pontin da Rós, além do benefício de estar conectado ao cais, descarregar também pela esteira garante que parte da operação aconteça sem tráfego de caminhões.

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“Isso diminui a emissão de poluentes, além de trazer vantagens de custos para os clientes. Usar dois guindastes simultâneos traz maior flexibilidade e dinamismo operacional. A gente ganha em produtividade, além de poder trabalhar com cargas diferentes, ao mesmo tempo”, afirma o gerente.

Operador portuário de referência em todo o País, a empresa tem capacidade estática para mais de 380 mil toneladas, sendo 253 mil em recintos alfandegados, distribuídos em quatro armazéns interligados ao Tefer.

AEN

Foto: Claudio Neves

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