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Paranaguá, nossa cidade, nosso orgulho

Às margens calmas desse Rio encantador, muita história enraizou a fundação do Paraná. Mãos, braços, suor e trabalho originaram o primeiro cais do porto. O solo dos índios carijós virou Pernagoá, Parnaguá e por fim, Paranaguá, o grande mar redondo. Mas, a cidade do balanço das canoas não para na água.

 

A sua gente valente expande fronteiras diárias, supera desafios pessoais, e faz desta, uma terra boa para morar, conviver e desfrutar. A terrinha de Fernando Amaro e Julia da Costa, hoje, mistura tradição e progresso. Marias, Joões e Josés atravessam as ilhas, chegam das colônias, percorrem quilômetros a pé, de bicicleta ou qualquer outra locomoção, para com suas mãos, moldar a Paranaguá do futuro.

 

Desde 2020, a pandemia da Covid-19 deixou as ruas históricas mais vazias. Porém, não menos ricas de cultura e história. Limitou festividades tradicionais, restringiu o turismo, mas não apagou a importância do berço do Paraná. Em contrapartida, mostrou o que Paranaguá tem de melhor: o parnanguara.

Na solidariedade, na fé, na união do trabalho, na superação de reinventar uma nova atividade, na busca do pão de cada dia.

 

Com a vacina, o parnanguara saiu às ruas para ser imunizado com alegria. A “Estação da Esperança” devolveu sorrisos e confiança aos moradores de uma cidade que nunca parou.

E ao mostrar cada um desses momentos acima, é que a Folha do Litoral News veicula um Caderno Especial em comemoração ao aniversário da cidade. Ele é pautado na esperança. É o presente de aniversário como um abraço coletivo simbólico para que nesse cenário de tantas recordações, só fiquem as coisas boas.

 

Salve, salve, Berço amado! Quanto orgulho da nossa Paranaguá e dos parnanguaras!

TEMPO DE ACREDITAR

Vacina contra a Covid-19 devolve a esperança aos parnanguaras

Com a vacinação avançada em Paranaguá, a Estação Ferroviária, prédio histórico que estava abandonado e foi revitalizado com entrega realizada em 2020 pela prefeitura, tornou-se em 2021 o “quartel-general” da vacinação contra a Covid-19 e, com isso, um símbolo da superação da crise sanitária e econômica e um local que ficará marcado na história do município. Mais do que falar em números, para saber a importância da vacinação é necessário falar exatamente com quem confiou na ciência, se vacinou, registrou o momento e sabe que a cada imunizante aplicado em um braço parnanguara mais fagulhas se somam a uma chama contínua de esperança que cresce diariamente.

Fotos: Prefeitura de Paranaguá

Vacinada e atuante na luta contra o vírus

Adriane Bornancin, dentista e profissional da saúde que está atuando na Estação Ferroviária imunizando diversos parnanguaras, destacou a importância da vacina. “Gratidão por ter sido escolhida para essa batalha contra a Covid. Nenhuma família merece passar pelo sofrimento que essa doença nos trouxe. Trabalhamos com muita dedicação e amor à população parananguara”, destaca, ressaltando a perda de familiares, bem como lamentando todas as mortes ocorridas devido ao Coronavírus em Paranaguá e no mundo todo.

"Nossa equipe está empenhada em imunizar a população para que possamos voltar à normalidade o mais rápido possível. Que saudades dos abraços! A pandemia nos tirou a paz, o sono e os sonhos, mas creio em um amanhã melhor e estou trabalhando para que isso aconteça. Gratidão por hoje, amanhã: esperança!", afirma Adriane.

Gratidão pela vacina, perdas e distanciamento da família

Marília Pevidor de Carvalho Cavallari, maestrina e professora de piano, destacou que a sensação ao ser vacinada foi de gratidão a Deus pela possibilidade de ter sido imunizada.

 

“Gratidão pela nossa cidade que tem sido exemplo de organização e empenho no combate à Covid-19 para as demais cidades do Paraná e por fim, e não menos importante, gratidão pelos  inúmeros profissionais que tem se colocado na linha de frente de combate à doença e ao estudo e soluções para erradicá-la”, destaca. Apesar de toda a felicidade, a imunização também traz uma ponta de tristeza, segundo ela, porque “é inevitável não lembrar dos amigos e familiares que partiram sem esta oportunidade”, explica.  “Então, o momento é de gratidão, tanto pelos que já partiram, como por aqueles que ficaram e tem a possibilidade da vacina”, acrescenta.

 

"Continuo insistindo que cada um de nós deve fazer, individualmente, a sua parte. Os cuidados continuam. A flexibilização está acontecendo, o número de internações e mortes diminuindo, mas os cuidados devem continuar por mais tempo: uso de máscara, álcool em gel, o distanciamento. Devemos pensar no outro; devemos pensar em nós. Precisamos ser responsáveis", alerta Marília.

Os pais da maestrina residem em Campinas – SP, sendo que a pandemia a forçou a ficar distante deles devido às medidas sanitárias de prevenção ao vírus. “Não os vejo desde janeiro de 2020. Eles já tomaram as duas doses. Eu ainda não. Por isso pretendo visitá-los lá por outubro, após tomar a segunda dose e esperar mais um mês para viajar. E, mesmo assim, terei todos os cuidados. Quem ama, cuida”, ressalta.

Fotos: Prefeitura de Paranaguá

Confiança na vacina e defesa da ciência

O empresário e músico Pedro Petry afirma que a vacina foi e está sendo algo muito aguardado por toda a população. “Muito antes dela ser realmente criada e que a cada notícia da evolução de seu andamento sempre foi recheado de esperança e ansiedade. Sempre confiei que a humanidade em conjunto conseguiria desenvolver em tempo recorde e que no momento certo eu também teria uma chance, que é como chamo o momento da imunização. Mas foi a chance que eu tive que muitos conhecidos, amigos e em especial um familiar próximo não tiveram. Então é um momento de grande reflexão e agradecimento”, destaca, lamentando a perda de seu tio Eugênio. 

"Essa é a guerra da nossa geração, precisamos ter em mente que só vamos conseguir passar esse momento e derrotar esse inimigo invisível se todo mundo estiver junto. O futuro é imprevisível, não consigo vislumbrar um momento ainda para relaxarmos, portanto devemos continuar os métodos de proteção quando necessários", afirma, destacando a necessidade de distanciamento de pessoas com sintoma e que a vacinação seja cada vez mais massiva e, consequentemente, eficaz. "Não devemos nos apegar em porcentagens de vacina X ou Y – o intuito com toda população vacinada é que o vírus não circule, vamos vencer. Força sempre", destaca.

GENTE DE LUTA

Feirantes se reinventam na pandemia e mostram a superação

Entre o segmento dos profissionais grupos de trabalhadores afetados com a pandemia está o dos feirantes, presentes em Paranaguá em diversas mostras livres em áreas públicas do município, principalmente na Feirinha da Catedral, na Feira da Lua, bem como nas feiras contínuas na Praça dos Leões e na Praça Fernando Amaro, abrangendo vendedores de produtos da agricultura familiar, artesanato, gastronomia de rua, entre outros.

Apesar da crise sanitária e econômica, em Paranaguá esses profissionais, respeitando os decretos vigentes, seguiram com suas atividades com superação, adaptações às regras sanitárias devido à Covid-19 e esperança em dias melhores, vendendo seus produtos continuamente nas feiras da Cidade-Mãe do Paraná.

Comercialização de pães de porta em porta

Robson Pereira da Silva, 47 anos, feirante autônomo de Paranaguá, comercializa pão caseiro, bolos, empadão, entre outros itens, nas feiras do município. Segundo ele, a pandemia, iniciada em março de 2020, trouxe mudanças em sua rotina. “No início houve muitas restrições devido à questão do fechamento. Não pude ir à praça, então tive que lidar com as restrições nas feiras, mas em contrapartida, fui para a rua, porque na época as padarias e supermercados muitas vezes fechavam. Para não ser tão prejudicado, atendi clientes de porta em porta, então a rotina ficou mais puxada, fiz adaptações com relação à quantidade de pão produzido. Houve até mesmo um aumento em alguns dias, porque havia lugares onde não se comprava pão nos domingos, por exemplo”, explica, destacando que atuou também em pontos estratégicos para comercialização no Parque Agari próximos a uma farmácia.

“Foi difícil no início da pandemia, não estava acostumado com uso de máscara, distanciamento e álcool em gel, ainda mais que nossa população sempre foi aconchegante, então tivemos que ter muito cuidado, inclusive com uso de luvas e distância contínua dos clientes. Inicialmente, alguns não acreditavam na doença e outros não estavam ligando, porém, devagarinho, fomos superando, se adaptando, hoje em dia o povo está mais consciente, então a rotina de trabalho está adaptada, graças a Deus”, relata Robson.

O feirante afirma que além da determinação e de ir à luta, o auxílio emergencial foi importante para colaborar com as finanças. “No início muitos ficaram dependendo exclusivamente do auxílio emergencial, foram poucos os que realmente aproveitaram este valor para somar à luta diária. Eu recebi o auxílio, mas eu não parei, ao contrário, investi o valor na minha profissão e na logística do meu trabalho, pois precisava ir mais longe, por atender as pessoas por telefone e vender os produtos em locais mais distantes.

Corri atrás, ainda bem que consegui condições de poder fazer as coisas acontecerem, porque muitas pessoas estavam desanimadas. Na feira muitos pararam de ir e, por medo da doença, bem como pelo fato dos clientes não saírem de casa devido às restrições, não tivemos feiras. Sendo assim, eu me considero abençoado por ter conseguido vender na rua e não ficar dependendo daquele pinga-pinga”, explica.

 

O autônomo ainda destacou que nem todos os feirantes conseguiram receber o auxílio emergencial, bem como destacou que o benefício teve valor reduzido, mas que os trabalhadores das feiras possuem muito foco e persistência. “É muita gente de luta. Prossigo trabalhando, o povo parnanguara é guerreiro, é lutador, graças a Deus”, complementa. Robson afirma que trabalha com pão caseiro, empadão e bolos de vários tipos. “Trabalho na Praça dos Leões na Feira da Lua nas terça-feiras das 14h às 22h, na Praça Fernando Amaro todas as sextas-feiras a partir das 7h30 da manhã, atuo também na rua de quarta a quinta-feira, vendendo pães e salgados assados. Além disso, atendo na rua no sábado em diversos bairros adjacentes onde eu moro, que é na Vila Garcia, atuando também no Porto Seguro, Jardim Ouro Fino, Cominese, Vila Garcia, Jardim Paranaguá, Parque Agari, Vila do Povo, entre outros. Atendo empresas e colaboradores, procuro oferecer um trabalho diferenciado”, afirma Robson da Silva.

Agricultora e feirante se adaptou para comercializar sucos

Inês Aizawa Nunes, feirante que atua na comercialização de sucos, possui um dos produtos mais conhecidos nas feiras parnanguaras. Segundo ela, a pandemia trouxe necessidade de adaptações aos protocolos sanitários devido à pandemia.”Houve uma mudança quanto ao comportamento e cuidados com todas as pessoas à nossa volta. Devido às alterações repentinas ocorridas por causa da pandemia, que pegou todos de surpresa, adaptamos um novo protocolo, com uso de máscaras e álcool em gel, algo que é fundamental no nosso trabalho”, destaca.

 

A feirante ressalta que o período de crise sanitária trouxe a ela o pensamento nos seus clientes, visto que toda a população ficou insegura e com medo devido ao vírus. “No início eu pedia e explicava como usar as máscaras do modo correto, visto que isso era novidade.

A superintendente do Provopar, Morgana Gonçalves, foi a primeira pessoa que fez milhares de máscaras e distribuiu de graça à população para prevenção à Covid-19, beneficiando os cidadãos. No início da feira passei para todos os colegas a importância da utilização das máscaras, sendo que, após isso, o prefeito Marcelo Roque decretou o uso obrigatório das máscaras em Paranaguá. Posso dizer que tiro o chapéu para todo o povo parnanguara, são guerreiros”, frisa.

 

Inês comercializa sucos naturais muito conhecidos nas feiras de Paranaguá com diversos sabores, entre eles gengibre com limão, maracujá, jabuticaba, abacaxi com hortelã, morango, inhame com limão, banana com limão, uva, entre outros.

 

Ela ressalta que houve ampla procura recente ao sabor de acerola, devido à vitamina C, sendo que clientes chegaram a vir buscar no litoral a fruta para levar para Curitiba e São Paulo.

“Temos também os sucos de araçá-pera, também rico em vitamina C”, salienta, destacando a venda também das frutas e de tempero pronto caseiro com 10 condimentos.

História de berço

“Sou agricultora com orgulho e venho de berço, os meus pais que vieram do Japão e deixaram essa herança de conhecimento e sabedoria. Cultivamos na terra com carinho, colaborando na imunidade dos nossos clientes. Atuamos às terça-feiras na Feira da Lua na Praça dos Leões, das 14h às 22h, e aguardamos solicitação feita ao município para trabalharmos das 8h às 22h. Atuamos nas sextas-feiras na Praça Fernando Amaro das 7h às 17h e nos sábados, das 6h ao meio-dia, na rua Largo Iria Corrêa, na Feirinha da Catedral, a Feira dos Agricultores, que funciona com perseverança há mais de 30 anos”, destaca.

Inês Aizawa afirma que para ela todos os clientes são especiais, destacando a esperança na superação da pandemia, com fé em Deus e se colocando um no lugar do outro, pensando com respeito ao próximo. “Todos estão convidados a ir na feiras de Paranaguá. Todas as barracas têm álcool em gel, respeitando os protocolos, oferecendo produtos frescos que fortalecem imunidade”, explica. Segundo ela, outro avanço foi que na Feira dos Agricultores, atrás da Catedral, foi realizada a identificação de cada barraca com nomes e números, facilitando o atendimento aos clientes e o trabalho dos feirantes. “Estamos em mais de 20 barracas com aproximadamente 50 integrantes na Feira dos Agricultores. Deixo um grande abraço a todos”, finaliza.

Sempre tenha esperança. A melhor sensação do mundo é saber que existem infinitas possibilidades.

Foto Aérea: Vinicius Araújo

NOVOS DESAFIOS

Trabalhadores se adaptam ao mercado na pandemia

Quando a pandemia do Novo Coronavírus iniciou, em março de 2020, as pessoas não imaginavam as dificuldades e obstáculos que teriam pela frente. Uma das áreas atingidas foi o mercado de trabalho, que já não era fácil e piorou neste período de dúvidas e incertezas. O que acabou fazendo com que muitas pessoas tivessem que se reinventar para seguir lutando e concretizando os seus sonhos.

 

A reportagem foi buscar histórias inspiradoras, como é o caso da professora de educação infantil, Marluce Costa, que não imaginava que a pandemia fosse modificar o seu dia a dia. Atualmente morando no Jardim Samambaia, ela e o marido, Fábio Julio, que é vigilante, hoje ganham a vida produzindo e vendendo pães caseiro e empadas.

“Faz dois anos que a gente chegou a Paranaguá. Trabalhávamos em São Paulo e resolvemos vir morar aqui. Mas desde que começou a pandemia, em março de 2020, as coisas ficaram difíceis, em abril já tinham as restrições e quase tudo fechado. E acabamos tanto eu como o meu marido ficando parados, pois ele acabou perdendo o emprego. Recentemente, surgiu a oportunidade de trabalhar com os pães e as empadas, onde estamos conseguindo sobreviver e pagar as contas. Graças a Deus a gente está conseguindo vender o que estamos produzindo, trabalhando de segunda à sexta-feira, faça sol ou chuva”, comenta Marluce.

“Eu e minha mãe começamos a fazer os pães e as empadas no início da manhã, tudo feito em casa, com todos os cuidados. E no período da tarde, saímos eu e o Fábio para vender. Mas a esperança, é que a pandemia acabe logo, e que dentro do novo normal, a gente possa voltar às nossas profissões, pois hoje não temos estabilidade que é fundamental, o registro em carteira que é importante, tanto para mim quanto para ele, pois temos uma filha e queremos um futuro melhor para nossa família”, completa.  

Mudança de vida

O artesanato entrou na vida das donas de casa Sandra Mara da Silva Martins, moradora no Parque Agari, e Marcia Regina Martins de Oliveira, que atualmente mora na Ilha dos Valadares, como forma de ajudar na renda familiar. Elas comercializam seus produtos na Feira do Artesanato do Rocio.
Sandra comenta que já fazia algumas peças, mas foi através do incentivo que recebeu, após fazer um curso de artesanato, que viu a possibilidade de ter um aumento na renda familiar.

“Comecei fazendo guardanapos de pet colagem, e agora também faço artesanato em garrafas, ponto cruz e roupas para pet. Eu já tinha a intenção de fazer algo neste sentido, daí chegou a pandemia, mas não dava para sair de casa, foi quando procurei aprimorar mais o artesanato que faço, e isso tem ajudado muito no orçamento da casa”, destaca Sandra.

Marcia relata que fazia artesanato em casa para seu próprio uso. “Através de uma amiga comecei a fazer curso de patch aplique e foi aí que apareceu a oportunidade de trabalhar com o artesanato e ter uma renda. Tivemos que nos reinventar durante a pandemia, e graças a Deus, através do padre Dirson, estamos tendo a oportunidade de vender nossos artesanatos na Feirinha do Rocio, onde nós podemos vender e fazer uma renda extra, o que ajuda muito, pois meu marido é autônomo, e na pandemia tudo ficou muito difícil”, destaca Marcia.

Ambas as artesãs tiveram um ponto em comum, o curso de artesanato realizado no Santuário do Rocio.

Autônoma e estudante de técnico de enfermagem, Suellen Souza de Araújo, moradora no Parque São João, também teve que se reinventar na pandemia. 

“Fácil não está sendo, essa pandemia infelizmente veio e dificultou a vida da maioria das pessoas em questão de sobrevivência. Tive que me adaptar a ela, pois sou PSS no município como agente comunitária de saúde, e como vocês sabem PSS é contrato, então quando vence tem que esperar o próximo processo seletivo, devido a essa pandemia tudo se tornou mais lento, assim como a contratação. Para não ficar parada, comecei a trabalhar com entregas de produtos para outras pessoas como alimentos, cestas de café da manhã, e máscaras entre outras mercadorias. Sempre fui autônoma, tive um atelier de locação de fantasias, há alguns anos, e também sei um pouco de costura, daí pensei em fazer máscaras, e resolvi produzi-las para vender, mas não fiquei só nisso não, além de fazer máscaras, comecei a vender doces, tortas, pudins, brownie e bolos. Mas o meu grande objetivo é terminar o técnico de enfermagem e iniciar a faculdade de fisioterapia”, relata Suellen que aproveita este momento difícil que a humanidade está atravessando para deixar uma mensagem que tem sempre a mente, de Crônicas 28;20. “Seja forte e corajoso! Mãos ao trabalho! Não tenha medo nem desanime, pois Deus, o Senhor, o meu Deus, está com você. Ele não o deixará nem o abandonará até que você termine toda a construção do templo do Senhor”, externa Suellen.

Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná

ECONOMIA

Paranaguá tem um porto que não para

É sabida a importância contínua do Porto de Paranaguá para a economia local, paranaense e brasileira, entretanto, o início da pandemia da Covid-19 em março de 2020, trouxe dúvidas com relação à possibilidade do terminal parar e afetar o setor, o que prontamente foi respondido pela empresa pública Portos do Paraná que, com medidas preventivas à Covid-19 junto aos portuários e comunidade, fizeram com que o porto não não parasse, mas também batesse recordes neste período. Em plena pandemia, nos primeiros cinco meses de 2021, o Porto de Paranaguá movimentou 24.343.390 toneladas, uma alta de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Quanto mais carga movimentada, mais renda é gerada à população parnanguara, visto que, segundo a Portos do Paraná, a atividade portuária emprega cerca de 4 mil pessoas na região.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

“O Porto de Paranaguá alcançou um novo recorde de movimentação de cargas em um único mês: 6.081.904 toneladas transportadas em maio. O volume é histórico e, pela primeira vez, superou o patamar de seis milhões de toneladas movimentadas nesse período. A marca é 5% maior que o recorde mensal anterior, de maio de 2020, quando foram pouco mais de 5,7 milhões de toneladas. Nos primeiros cinco meses deste ano, o porto de Paranaguá acumulou 24.343.390 toneladas movimentadas: alta de 2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2021, as exportações somaram 14.752.349 toneladas e as importações, 9.591.041 toneladas”, informa a Assessoria de Comunicação da Portos do Paraná.


Segundo a assessoria, nos primeiros cinco meses do ano, o destaque foi o segmento de carga geral. “Quase 20% de toda a carga movimentada em maio foi caracterizada como Geral: 1.203.598 toneladas neste segmento. Com isso, entre janeiro e maio de 2021, somou 5.498.338 toneladas destes produtos, aumento de 14% na comparação com o mesmo período de 2020 (4.825.494)”, detalha, ressaltando o último mês analisado pela Portos do Paraná.

De acordo com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, o momento econômico mundial e a pandemia da Covid-19 influenciaram no crescimento. “A celulose foi um dos produtos que se tornou essencial, pois é usada em produtos de higiene, limpeza e equipamentos de proteção individual, como máscaras e aventais descartáveis”, explica. “A atividade portuária é essencial para o transporte de alimentos, insumos e maquinários. O Governo do Estado agiu rapidamente para dar as condições e a segurança necessárias para milhares de pessoas que dependem do porto para o sustento de suas famílias”, explica, destacando que o Porto de Paranaguá foi o primeiro terminal portuário do Brasil a adotar medidas preventivas ao Coronavírus.

“A maioria dos trabalhadores portuários avulsos ganha por hora. A paralisação faria com que o rendimento dessas pessoas fosse quase zero. A arrecadação dos impostos, cada emissão de nota fiscal dos terminais pelos serviços prestados, gera renda para o município. Então, agravaríamos ainda mais a crise econômica, sem falar do prejuízo à produção, ao escoamento e à logística do Brasil”, explica Garcia.

Segundo a diretora-executiva do Órgão Gestor da Mão de Obra dos Trabalhadores Portuários Avulsos do Porto de Paranaguá (OGMO-Paranaguá), Shana Bertol, os cuidados adotados desde o início da pandemia foram essenciais. “Logo que a pandemia foi declarada, começamos com as ações mais ostensivas, com a instalação dessas barreiras sanitárias e o atendimento da equipe médica exclusiva para Covid, testagem rápida dos trabalhadores, além da disponibilização de todos os EPIs, álcool em gel”, contou. “Durante todo esse período, fizemos um acompanhamento junto aos TPAs e mais de 80% diz se sentir seguro ao realizar os seus serviços dentro do porto”.

Foto: Divulgação/Portos do Paraná

Cargas movimentadas na pandemia

Segundo a empresa pública, foram movimentadas 1.056.047 toneladas de cargas em contêineres: 550.180 de exportação e 505.867, importação. Nos primeiros cinco meses, foram 4.736.686 toneladas de cargas conteinerizadas. Outra questão foi a movimentação de granel líquido. “A exportação de óleos vegetais cresceu 17% entre janeiro e maio. Foram 157.050 toneladas somente no último mês, quase 40% do total acumulado no ano (508.087 toneladas). A importação, sem registro em maio de 2020, aconteceu em 2021: 19.515 toneladas. Os produtos, que ficaram escassos ao mercado interno, tiveram de ser comprados no Exterior. Nos cinco primeiros meses do ano, foram 136.454 toneladas importadas, ante 23.250 no mesmo período de 2020, alta de 487%”, detalha.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

O granel sólido foi um setor em destaque na movimentação pelo Porto de Paranaguá. “A movimentação de soja, farelo, milho, trigo e açúcar em grãos teve leve queda no comparativo entre os cinco meses de 2021 e 2020, com baixa de 3%. O tempo chuvoso e o atraso no campo prejudicaram os embarques nos primeiros meses do ano, mas o segmento segue responsável por mais de 63% das movimentações nos portos paranaenses”, informa. “Entre janeiro e maio de 2021, foram movimentadas 15.432.234 toneladas de granéis sólidos. Nos mesmos meses do ano passado, foram 15.879.220 toneladas”, acrescenta.

 

O setor de fertilizantes também teve movimentação contínua, mesmo durante a pandemia. “Na importação, os adubos representaram quase 44% de tudo que chegou no acumulado do ano. Foram 4.193.214 toneladas dos produtos no período, sendo 927.616 movimentadas apenas no mês de maio”, detalha.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Cuidados e vacina

“Mais de 11 mil trabalhadores portuários do Paraná receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19. Segundo o Vacinômetro do Sistema Único de Saúde, que reúne os dados atualizados em tempo real pelos municípios, 11.430 pessoas incluídas nesta categoria receberam a primeira dose do imunizante até 17 de junho. Os números não consideram aqueles que foram vacinados por idade ou grupo de comorbidade”, acrescenta a assessoria.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

“A eficiência do Governo do Estado e das prefeituras do litoral fez com que a aplicação acontecesse de forma muito rápida, na medida que as doses iam chegando aos municípios”, detalha o diretor-presidente da Portos do Paraná, que salienta que a imunização concede mais segurança aos portuários que não pararam durante a crise sanitária global. “Os cuidados que adotamos se mostraram muito eficazes, mas a vacina é fundamental. A imunização afeta diretamente a proteção coletiva, interrompendo as cadeias de transmissão e contendo a disseminação do vírus. Além disso, as vacinas protegem das formas mais graves da doença”, completa.

 

Medidas de controle da Covid-19 foram adotadas no Porto de Paranaguá, entre elas atendimento médico 24 horas, triagem inicial de saúde, obrigação de uso de máscaras, disponibilidade de álcool em gel e estações de higienização. A expectativa é de que a imunização alcance 14 mil pessoas ligadas à atividade portuária em Paranaguá.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Outra questão foi a criação do Comitê de Contingência – Covid-19 pela Portos do Paraná. Entre as ações feitas pelo comitê, foram criados critérios para organização das filas de vacinação dos portuários o nível de risco que eles estavam expostos. “Assim, foram vacinados, com preferência, os trabalhadores de bordo, costado e faixa”, explica.


“A divisão em grupos foi necessária devido ao número limitado de doses, que chegavam em lotes, e para evitar tumultos na fila de vacinação e que também se vacinassem os trabalhadores de acordo com exposição ao risco, o que tratamos como ordem de prioridade”, afirma João Paulo Ribeiro Santana, integrante do Comitê e diretor ambiental da empresa pública.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Comunidades e apoio da Empresa Portos do Paraná

A empresa pública colaborou nos cuidados com relação à Covid-19 nas comunidades isoladas que estão nas áreas de abrangência dos portos de Paranaguá e Antonina. “A Portos do Paraná promoveu uma distribuição de kits e faixas informativas/educativas de combate à Covid-19, em parceria com a prestadora de serviço DTA Engenharia. Dentro de cada sacola foi entregue um álcool gel, uma máscara e um informativo sobre cuidados pessoais. Cerca de 1.000 kits foram distribuídos aos líderes comunitários, evitando, assim, aglomerações e contribuindo com o distanciamento social”, explica.

Os kits de prevenção ao Coronavírus foram distribuídos para pescadores das comunidades de Amparo, Teixeira, Eufrasina, Europinha, Vila Guarani, Ilha do Mel, Maciel, Vila de São Miguel, Colônia dos Pescadores de Antonina e Colônia dos Pescadores de Paranaguá. Caminhoneiros também foram focados na prevenção à Covid-19 no Porto de Paranaguá, com aferição da temperatura, estrutura de atendimento, distribuição de kits de alimentação e higiene, entre outros benefícios.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Trabalhadores que atuam no Porto e importância para a economia

Segundo a empresa Portos do Paraná, o trabalho portuário é essencial para a manutenção de diversas atividades econômicas no Estado, direta ou indiretamente. “Em média, são quase 4 mil pessoas que trabalham diariamente nos portos paranaenses”, explica. Segundo o diretor-presidente da empresa, Luiz Fernando Garcia, o esforço dos trabalhadores dos portos de Paranaguá e Antonina em seguir atuando durante a pandemia, o que garante o funcionamento dos terminais e ajuda a manter emprego e renda em toda a cadeia logística. “Agradecemos ao trabalhador portuário, mas também ao ferroviário, o rodoviário, os trabalhadores das indústrias e do setor de armazenagem, que contribuem muito para a economia paranaense e brasileira”, explica.


A continuidade da atuação dos portuários e outros trabalhadores do Porto, mesmo com a pandemia, segundo Garcia, impediu o agravamento da crise econômica no Brasil e na região. “São trabalhadores essenciais para garantir o abastecimento das redes de hospitais, mercados e estabelecimentos de comércio e serviços”, explica.


“Nos 4 mil trabalhadores que passam todos os dias na estrutura portuária estão incluídos 544 colaboradores da Portos do Paraná, contando 22 estagiários. Além disso, são sete as empresas terceirizadas, que, juntas, têm um total de mais 209 colaboradores trabalhando para os portos paranaenses. O número também inclui os operadores portuários, dos terminais, motoristas, prestadores de serviços e trabalhadores portuários avulsos (TPAs)”, informa a Portos do Paraná.

Segundo dados do Ministério da Economia, a atividade portuária é responsável por 9 mil empregos no litoral. “Somando caminhoneiros, trabalhadores do Transporte Coletivo Rodoviário e Ferroviário de passageiros, trabalhadores de Transporte Aéreo e trabalhadores Portuários, em todo o Estado, são pelo menos 51.637 trabalhadores. Os dados são do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), Relação Anual de Informações (RAIS), de 2019, e Base da Anptrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos), de 2019”, salienta.

 

A atividade portuária também tem a colaboração de outros setores do transporte, em águas, estradas ou ferrovias, onde o Porto é essencial para dar vazão ao esforço dos trabalhadores do campo, da indústria e de muitas outras áreas da economia do Estado e do País. “A conta ficaria ainda maior se somarmos os trabalhadores do setor produtivo, que também giram em torno dos portos. É muito trabalhador que merece, hoje e sempre, a nossa homenagem”, afirma o diretor-presidente.

Conselho de Administração

Palavra do diretor-presidente

“Nestes 373 anos de Paranaguá, o sentimento é de orgulho. Orgulho pelo nosso povo, que enfrentou a crise de cabeça erguida. Trabalhamos muito, porque entendemos a importância de nosso serviço para o Brasil. E também porque nossa comunidade se cuidou e cuidou dos demais. Participamos ativamente da campanha de vacinação contra a Covid-19 Por isso, meus parabéns a Paranaguá, em especial, ao povo parnanguara”, finaliza Luiz Fernando Garcia da Silva, diretor-presidente da Portos do Paraná.

Até a noite mais escura terminará e o sol nascerá novamente.

INTEGRAÇÃO SOCIAL

Sesc, Senac e Sebrae inovam em consultoria e assistência à comunidade

O Sesc (Serviço Social do Comércio), o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas), são entidades que integram o Sistema S, cresceram ao longo das décadas e ampliaram o leque de serviços oferecidos, inclusive no município de Paranaguá.

Desde que iniciou a pandemia do Novo Coronavírus, as entidades não perderam a sua essência, e além de ofertarem cursos e serviços on-line para a população em quarentena, atuaram para reforçar as respostas da sociedade, bem como do Poder Público à pandemia da Covid-19 em diversas frentes no município.

SESC

O gerente executivo do Sesc Paranaguá, Joel Viana, destaca que a entidade encontrou na dificuldade, uma oportunidade de evolução e inovação. “Diante do novo cenário que surgiu com a pandemia da Covid-19 no mundo, o Sesc Paraná encontrou nessa dificuldade global uma oportunidade de evolução e inovação, ou seja, nos adaptamos rapidamente para continuar a oferecer aos paranaenses, aqui aos parnanguaras, os serviços e atividades do Sesc com a mesma qualidade de sempre. Não deixando de atender a população em um dos momentos mais difíceis da história da humanidade”, disse Viana, destacando que mesmo com grande parte dos colaboradores em home office, trabalhando remotamente de suas casas, foi dado início à Ação Mesa Brasil de Arrecadação de Alimentos, máscaras e produtos de higiene e limpeza, buscando ajudar as pessoas mais afetadas na pandemia. 

Joel Viana, gerente executivo do Sesc Paranaguá

“A equipe do Sesc Paranaguá buscou parceria com empresas locais para alavancar as doações e ajudar o maior número de pessoas, conseguindo assim grandes parceiros para essa linda campanha, inclusive o Jornal Folha do Litoral News”, comenta.

O Foco do Sesc Paraná neste período foi a ação social, além da campanha Mesa Brasil, foi realizada a Campanha do Brinquedo, a Campanha do Agasalho e a Campanha do Material Escolar, com as quais puderam ajudar milhares de pessoas em Paranaguá, Guaraqueçaba, Morretes e Antonina.

 

 

Viana destaca que na área da educação, os alunos puderam continuar seus estudos de forma inovadora, on-line e ao vivo, com aulas em tempo real em uma sala de aula virtual, podendo interagir e ter a troca necessária e fundamental entre professor e alunos. “Assim foi feito nas turmas do curso inglês, futuro no Enem – preparatório a vestibulares e ao Enem, na escola de educação infantil e nos cursos de informática e tecnologias (espaço conexão), em sua maioria com vagas gratuitas à população”, externou o gerente.

Cultura e esportes on-line

O Sesc também foi atuante nas áreas de cultura, esportes e saúde. “Nós também levamos cultura até a casa de nosso público de forma on-line, com apresentações de dança, teatro e filmes e lives temáticas com apresentações culturais. Na área de esporte tivemos que nos reinventar e foi realizado Campeonato de Jogos Virtuais, Jogos individuais, como o gol a gol, e ainda distribuímos kits lanche aos alunos que estavam matriculados na iniciação esportiva do Sesc Paraná.

 

O equilíbrio da saúde e o bem estar são primordiais no momento de pandemia, sendo assim a academia permaneceu aberta, de conformidade com os decretos municipais, com restrição de alunos e seguindo os protocolos de segurança incentivando a prática de atividades físicas, e também encaminhamos vídeos com exercícios a todos os alunos matriculados (que não puderam vir presencialmente ou no grupo de risco) para que pudessem realizar em casa seu treino, com dicas e orientação aos alunos”, relata Viana, destacado que atuaram em várias campanhas, realizando orientação, em sua maioria de forma on-line, durante todo o ano.

“Realizamos a Campanha de Prevenção à Dengue, onde desenvolvemos um aplicativo o qual incentivamos a população a realizar uma disputa do bem, onde quem eliminasse mais focos no Paraná (e registrava no aplicativo através de fotos de antes e depois) recebia uma premiação. Em Paranaguá, foram eliminados no ano de 2021, durante três meses de campanha, aproximadamente 600 focos de mosquito da dengue. Além das Campanhas de Combate à pandemia da Covid-19, de Vacinação do Sarampo, Prevenção ao Câncer, dentre várias outras”, comenta Viana.

 

“O Sesc Paraná se reinventou e nunca abandonou a população, sempre com projetos e atividades que envolvessem a todos de modo a continuar positivamente na vida da população, permanecendo assim na missão da entidade, o de promover ações socioeducativas que contribuam para o bem-estar social e a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, de seus familiares e da comunidade, para uma sociedade justa e democrática”, enfatiza Viana.

SENAC

Com a missão institucional de educar para o trabalho em atividades do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o Senac Paranaguá realizou importante papel na sua área de abrangência.
O gerente Executivo da Unidade do Senac Paranaguá, Agnaldo Camilo Monteiro, comenta que desde o início da pandemia até o momento, através do Programa Senac de Gratuidade, foram investidos 2 milhões e 500 mil reais na qualificação profissional para pessoas com renda de até 2 salários mínimos mensais.

O gerente executivo da Unidade do Senac Paranaguá, Agnaldo Camilo Monteiro

Os cursos contaram com o apoio da Administração Municipal, Sindilojas, Aciap e Capitania dos Portos. “Todos os cursos tiveram como foco principal o fomento da retomada da economia e geração de renda através qualificação profissional como oportunidade de inserção no mercado de trabalho. Dentre os principais cursos, destacam-se: auxiliar de cozinha; cuidador de idoso; maquiador; manicure e pedicure; assistente administrativo; assistente de RH; vendedor; agente de informações turísticas e outros. Também ofertou-se vagas de bolsa de estudos para Cursos Técnicos de secretariado, técnico em radiologia, técnico de enfermagem, técnico em segurança do Trabalho e outros”, disse Monteiro, comentando que durante todo período da pandemia os cursos foram ofertados de forma presencial ou aulas remotas (EaD) garantindo assim o fiel cumprimento da missão do Senac.

SEBRAE

A consultora de Negócios do Escritório de Paranaguá – Litoral do Paraná, Catiane dos Santos, destaca que a forma de atuação do Sebrae-PR precisou ser reestruturada a partir de 20 de março de 2020, quando os atendimentos passaram a ser exclusivamente on-line. “Em todo litoral realizamos mais de 6.000 atendimentos através de milhares de orientações, centenas de horas de consultorias gratuitas em diversas áreas, e mais de 1400 horas na aplicação do Programa Conduta Segura na Prevenção à Covid-19, esse programa foi entregue gratuitamente para o setor do turismo do litoral e também para as academias de Paranaguá.

No primeiro semestre deste ano mantivemos o ritmo dos atendimentos e lançamos o PROGRAMA RECUPERE que é 100% gratuito, conta com Consultorias, Diagnóstico e Plano de Ação, está no formato on-line e tem tido uma aceitação muito boa por parte dos nossos clientes”, disse Catiane informando que atualmente os atendimentos presenciais foram retomados no escritório.

Catiane dos Santos, Consultora de Negócios do Sebrae, escritório de Paranaguá

“Mas ainda em função da pandemia, estamos procurando agendar o horário de atendimento no intuito de evitar aglomerações. Quem tiver interesse em maiores informações basta entrar em contato com o nosso escritório aqui em Paranaguá pelo telefone 41-3426-2900”, completa.

Foto: Iroze Benck Picanço

CULTURA

Casarios antigos fazem parte da história viva de Paranaguá

Como é comum em muitas cidades coloniais e imperiais brasileiras, Paranaguá apresenta casarões históricos, especialmente no centro da cidade, com características típicas que mostram os antigos aglomerados urbanos. Aos olhos da população local e de visitantes que não possuem conhecimento aprofundado sobre a cultura e a história do município, vários elementos presentes nesses casarios podem passar despercebidos ou serem pouco notados.

 

 

Ao andar por Paranaguá, esses prédios contam a história da cidade, a exemplo do Mercado Municipal do Artesanato, localizado na Praça de Eventos Mário Roque. A artesã Sueli Alípio dos Santos, está há 16 anos trabalhando no local e comenta esse contato direto com o turista que busca, além de levar uma lembrança da cidade, conhecer um pouco de sua história. “Nós representamos os artesãos da cidade e neste espaço nós confeccionamos os produtos, vendemos, ensinamos através de oficinas. Antigamente, aqui já foi um local onde vendiam os escravos, depois tornou-se peixaria e agora Mercado de Artesanato”, disse a artesã.

Mercados

O Mercado Municipal do Artesanato é uma construção em estilo neo-renascentista, que foi erguida em 1914, era o antigo mercado de peixes da cidade e servia à comunidade dos pescadores que ali vinham comercializar os seus pescados. Funcionava sempre de madrugada e ao anoitecer. Foi recuperado para servir como ponto de venda do artesanato típico da região. O espaço funciona de segunda a sábado, das 9h às 17h.

As artesãs Sueli Alípio dos Santos e Erani dos Santos trabalham há 16 anos no Mercado Municipal do Artesanato

A artesã Erani dos Santos, também há 16 anos no espaço, descreve como é estar trabalhando tanto tempo neste prédio histórico. “Isso aqui representa tudo para mim, pois aqui é a nossa vida, aqui nós trabalhamos, educamos, ensinamos com oficinas. O turista quando chega aqui, ele quer saber um pouco da história do mercado e sempre temos que estar prontas para falar. A maioria das vezes eles perguntam a idade do Mercado, nesta hora eu levo eles numa placa que há na frente do mercado e mostro as informações”, relatou.

Outro prédio histórico é o Mercado Municipal do Café, sendo um dos pontos gastronômicos tradicionais da cidade de Paranaguá, com restaurantes que servem refeições à base de frutos do mar e comida típica, e lanchonetes que oferecem pastéis e banana recheada fritos na hora, além de outros salgados e porções. Michael Block Sanches está há quatro anos trabalhando no “Café do Cica”, um dos boxes do Mercado do Café, e descreve o dia a dia das pessoas que frequentam o prédio histórico. 

Mercado do Café é prédio histórico e um dos locais de referência gastronômica da cidade

O Mercado do Café tem muita história e tradição na parte gastronômica, representa o sustento da minha família e é um ponto turístico bastante frequentado por moradores e turistas. Desde o século XIX que funciona aqui, há algumas placas fixadas mostrando que já foram feitas obras no local ao longo dos anos. Através de fotos e de histórias que a gente ouve, aqui no Mercado do Café eram vendidos escravos, depois passou a ser comércio de carnes e por fim tornou-se um ponto gastronômico”, comentou.

Características

O que há de comum entre os casarios são as paredes largas, onde o uso de metais para colunas ou para a fundação dos prédios passou a ser usado com mais intensidade no início do século XX, depois da expansão da Revolução Industrial para os Estados Unidos da América. O objetivo do pé direito alto era auxiliar na circulação de ar, especialmente em cidades litorâneas onde as altas temperaturas são comuns.

São muitas as referências arquitetônicas em uma cidade como Paranaguá, com tantos séculos de história. As Casas de Cultura Monsenhor Celso e Brasílio Itiberê, assim como a Casa da família Dacheux, referência da arquitetura histórica da cidade, foi restaurada pelo Poder Público e atualmente funciona como espaço cultural para exposições artísticas e oficinas culturais.

José Mário da Costa é funcionário público e há duas décadas está como responsável em cuidar das Casas de Cultura instaladas na Rua Conselheiro Sinimbu

José Mário da Costa é funcionário público e há duas décadas está como responsável em cuidar de parte de todo patrimônio histórico presente na Rua Conselheiro Sinimbu. “Eu trabalho há 20 anos nas Casas de Cultura instaladas aqui no Centro Histórico, então esses prédios representam muito para mim e principalmente representam a história viva da cidade de Paranaguá. São pontos turísticos onde vem bastante gente para visitar, conhecer e tirar fotos. As pessoas sempre perguntam o que funcionava nos espaços na época em que foram construídos e nós vamos resgatando um pouco de toda essa história da cidade”, contou.


Cada bem histórico tombado possui uma área de proteção imediata, onde as intervenções devem ser executadas de forma a manter sua integridade e proteger sua visibilidade. São bens (móveis e imóveis) tombados individualmente no município de Paranaguá, nas instâncias Estadual e Federal.

Foto: Iroze Benck Picanço

“MÃE DO PARANÁ”

Uma cidade que respira história e cultura

Os museus garantem que a história de locais e povos sejam preservadas, demonstrando também a evolução humana, que está intimamente atrelada à superação de dificuldades. Paranaguá, com 373 anos, é um exemplo disso. Seus casarios históricos, ruas de pedra, cultura e povo passaram por guerras, crises sanitárias e econômicas, e até hoje possuem sua história contada pela própria sociedade mas, principalmente, em espaços culturais, entre eles o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP).

MAE comemora 58 anos de fundação no aniversário de Paranaguá

O produtor cultural do MAE, Fábio Marcolino, destacou que no dia 29 de julho se comemora 58 anos da fundação do museu. “O professor José Loureiro Fernandes, na época catedrático de Antropologia da Universidade Federal do Paraná, escolheu esta data para a inauguração do museu criado por ele, justamente para aproximar a instituição da população da cidade”, explica, destacando que a proposta estava centrada na recuperação das tradições populares e na divulgação das pesquisas em arqueologia, que estavam em pleno desenvolvimento no Paraná no período de fundação do museu.

“Essa proposta inicial permaneceu até o ano de 1992, quando o museu passou por várias modificações, entre as quais a alteração do seu nome. Uma vez que as atividades e o acervo de Etnologia Indígena aumentaram significativamente, o nome foi modificado para Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá (MAEP). No ano de 1999 o museu teve novamente seu nome alterado para o que é utilizado até hoje: Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR)”, esclarece Marcolino.

 

As coleções etnográficas e arquivos do MAE estão ligadas aos povos do Brasil, mas principalmente à população paranaense e do litoral, com foco na sua história no decorrer dos séculos, atuando em atividades de pesquisa. Diversos atrativos, disponíveis também no site do MAE e nas redes sociais em  PC e celular, abrangem história dos sambaquis, jogos virtuais arqueológicos, catálogos de arte e culturas indígenas, história de Igrejas, abrangem tanto adultos quanto crianças, trazendo livros e outros conteúdos. “Todas essas produções são realizadas integralmente pelo MAE-UFPR e seus parceiros e estão disponibilizadas para leitura e download no site www.mae.ufpr.br”, completa.

Produtor cultural do MAE, Fábio Marcolino e diretora do MAE, Laura Pérez Gil, destacam recursos on-line para garantir atuação do museu na pandemia e expectativa de retomada (Foto: Arquivo/UFPR)

O produtor ressalta que o período da pandemia exigiu uma reinvenção do MAE. “Com a suspensão das atividades presenciais na universidade, a equipe operou durante esse período por meio do trabalho remoto. As atividades presenciais foram limitadas a trabalhos essenciais de manutenção do prédio em Paranaguá, e controle das condições na Reserva Técnica, para garantir a boa conservação das coleções e das instalações. Contudo, apesar do isolamento, tem sido um período intenso e cheio de conteúdo, onde pudemos compartilhar nas redes sociais mais sobre nosso acervo, nosso trabalho, nossa história, nossas publicações e nossos materiais educativos. Tudo isso pode ser usufruído por meios virtuais”, detalha.

 

Segundo Marcolino, em 2020 e 2021, durante a pandemia, foram realizados vários eventos virtuais, como o #abrilindigenaufpr2020 e #AbrilIndígenaUFPR2021; o festival anual internacional #museumweek; a programação nacional anual da Semana de Museus em suas edições de 2020 e 2021, ou a #primaverademuseus do IBRAM, que na sua edição de 2020 propôs precisamente o tema ‘Desafios do Confinamento: Museus Universitários isolados, mas conectados’ em que debatemos junto com outros museus sobre os desafios que enfrentamos neste período. “Também oferecemos oficinas durante o Festival de Inverno online da UFPR voltadas a professores e educadores. Como outros anos, tivemos uma programação especial no Mês da Consciência Negra, com várias entrevistas realizadas ao vivo com pesquisadores e artistas negros, e, finalmente, no final de 2020 lançamos o volume 2 do livro Histórias de Faxinais”, acrescenta.

Em 2021, foram intensificados os trabalhos de pesquisa e produção de materiais novos que serão lançados futuramente, entre eles livros, jogos educativos e exposições virtuais. “Nesse ano, inovamos a nossa programação começando uma série de entrevistas com pessoas destacadas no universo dos museus. As entrevistas são, no geral, realizadas em conexão com eventos como o Mês das Mulheres, o Abril Indígena ou o Mês da Consciência Negra. Há apenas duas semanas atrás terminamos os processos de seleção de bolsistas, que se incorporam agora a nossa equipe para a realização de atividades formativas, e com esse reforço poderemos intensificar nossas atividades online. Todo o que foi produzido ao longo desse ano e meio pode ser acessado em nossas redes sociais: Instagram, Facebook e Youtube . Igualmente, as publicações estão disponíveis para descarga livre em nosso site”, complementa.

 

 

Segundo a professora Laura Pérez Gil, antropóloga e diretora do MAE, o fato de o local ser um museu universitário, atrelado à UFPR, faz com que ele siga as diretrizes da universidade com relação às medidas sanitárias na pandemia. “Atualmente, a UFPR está em fase de restrição máxima, conforme estabelece a Portaria N.º 754/REITORIA, de 19 de março de 2020. A fase de restrição máxima está vigente, por enquanto, até 31/7/21, data na qual será avaliada uma eventual mudança de fase. Conforme foi estabelecido, durante a fase de restrição máxima as atividades presenciais são reduzidas apenas àquelas essenciais. Isso faz com que a recepção do público seja inviável nesse momento. Não há, nesse sentido, uma previsão precisa sobre a volta de visita de público, e provavelmente antes de que o público geral seja novamente recepcionado no MAE, haverá uma fase em que serão permitidas apenas algumas atividades, como reuniões, ou visitas técnicas de pequenos grupos. Por outro lado, a equipe do MAE já preparou um protocolo, inspirado no que está sendo feito em outros museus nacionais e internacionais, para que quando seja possível a abertura ao público, isso seja feito na maior segurança possível”, explica.

 

 

Assim que superada a pandemia, novas exposições estão programadas pelo museu. “No momento, está sendo preparada uma nova exposição, sobre a figura de Lange de Morretes, que será inaugurada logo após a reabertura do MAE. O desenvolvimento desta exposição, que se chama ‘Lange de Morretes: Uma Viagem Naturalística’, tem sido fruto da união de esforços do MAE-UFPR com o Grupo de Malacologia do Paraná e o Centro de Estudos do Mar da UFPR (CEM) para levar a um público mais amplo a importância da contribuição de Frederico Lange de Morretes para as ciências naturais a partir da pesquisa sobre este importante personagem da história do nosso Estado, que é muito conhecido como artista plástico, mas não tanto como cientista”, informa Ana Luisa de Mello Nascimento, museóloga do MAE.

 

 

Por fim, a diretora do MAE afirma que, embora um aumento de visitantes no momento não seja possível, após a reabertura a expectativa é positiva. “Uma vez superada a pandemia temos certeza de que o MAE continuará sendo um importante atrativo cultural, pedagógico e turístico em Paranaguá. Por outro lado, esperamos que o grande investimento nas redes sociais que a equipe fez durante o período de pandemia tenha como resultado um aumento do interesse no MAE não apenas entre o público de Paranaguá como também o de fora”, finaliza, destacando a importância das redes sociais do MAE como forma de conexão com a população.

IHGP completará 90 anos em setembro

O presidente do IHGP, Luiz César Rodrigues, foi eleito em dezembro de 2020 por aclamação em pleito on-line para a presidência do Instituto, que é uma das principais instituições culturais e históricas de Paranaguá e do Litoral. Segundo ele, o IHGP foi criado em 1931, mais precisamente em setembro, quando “um grupo de seletos integrantes da cultura de Paranaguá entre os quais Vicente Nascimento Junior e Zenon Pereira fundaram o IHGP”, completa, destacando que, nesta época, Paranaguá era um polo cultural do Paraná. De acordo com ele, na época, um vasto acervo existia no local antecessor ao IHGP, biblioteca que foi ampliada, disponibilizando consultas e visitação. “Atualmente estamos completando 90 anos e aquele trabalho de consultas hoje pode ser feito virtualmente ou presencialmente. Temos uma sede própria, graças à doação do Estado para o IHGP, pelo prefeito Joaquim Tramujas, que tem uma praça dentro do IHGP”, esclarece.

"Em nossa biblioteca já foram feitas teses de mestrado e doutorado de diversas partes da cidade do Estado e vários locais no Brasil, bem como consultas do Exterior. Podemos encontrar no IHGP, por exemplo, o Pelourinho oficial da cidade de Paranaguá de 1.648, a praça Joaquim Tramujas, túmulo e restos mortais de Leôncio Correia, um dos maiores educadores do Brasil, a nossa poetisa Júlia da Costa por meio de uma exemplar raro da árvore Pau Brasil. Temos no IHGP coleções de moedas, réplicas de navios piratas, canhões, aparelhos demonstrando evolução de calculadoras, máquinas registradoras antigas, roupas e adereços de soldados, assim como um raro harmônio, antecessor do órgão e teclado", informa.

O presidente ressalta que as consultas e trabalho de pesquisa são pontos fortes do IHGP. “Temos jornais e revistas digitalizados que podem ser acessados de forma virtual. Sobretudo com a pandemia houve uma redução presencial, mas a procura continua grande. Estamos nas tardes das segundas, quartas e sextas-feiras realizando um trabalho interno com dedetização e conservação , restauração de toda a parte elétrica interna e externas, assim como o restauro do telhado e grades de proteção, bem como do muro do prédio”, esclarece.

 

O presidente afirma que o IHGP está preparado para a retomada da visitação, com álcool em gel, máscara e distanciamento social. “Estamos ansiosos de voltar para atender mais os nossos turistas. Estamos abertos ao contato pelo e-mail [email protected], bem como na Rua XV de Novembro, no Centro Histórico de Paranaguá”, informa, destacando o respeito aos decretos vigentes.

Luiz César Rodrigues, presidente do IHGP (Foto: Arquivo)

“Parabéns a Paranaguá pela passagem dos seus 373 de elevação à categoria de município. O Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá, completa 90 anos de fundação”, ressalta, parabenizando o prefeito Marcelo Roque e a população parnanguara pela data. “Paranaguá não precisava inventar história, Paranaguá tem história”, finaliza.

Foto Aérea: Vinicius Araújo

FUTURO

Revisão do Plano Diretor busca o desenvolvimento socioambiental de Paranaguá

A Revisão do Plano Diretor é necessária para que governo e população, a partir de uma leitura da cidade real, repensem conjuntamente a cidade em relação às questões físico, ambiental, econômico e social, via processo de participação social que envolva toda a cidade.

Paranaguá está passando por este processo de revisão do Plano Diretor, e quem explica como está o andamento é o secretário municipal de Urbanismo, Koiti Cláudio Takiguti. “Recentemente realizamos a 3.ª audiência, que teve como objetivo a apresentação de uma proposta de ordenamento territorial. Ouvimos a comunidade nesta audiência e estamos promovendo agora os ajustes que são necessários para atender os anseios da comunidade”, disse Takiguti, explicando que agora, o município entra na 4.ª fase, que serão as oficinas setoriais.

“Com a base de uma proposta de ordenamento territorial, vamos fazer oficinas setoriais. As oficinas serão focadas em pontos específicos onde os anseios e as necessidades são semelhantes. Um exemplo que podemos citar com bastante posicionamento é que nós vamos chegar nas áreas onde estão destinadas para áreas portuárias, vamos conversar com a comunidade para verificar quais são as principais ações de investimento que o município precisa fazer para que a aquilo que almejamos, para que o plano aconteça. Da mesma forma iremos em outras áreas, e um outro exemplo seriam as áreas onde nós temos a necessidade de regularização fundiária e levar infraestrutura. Vamos conversar com a sociedade e verificar o que é necessário fazer de ações e investimentos nos próximos anos para que eles possam receber a infraestrutura e atender às necessidades da população. Nós sabemos que o orçamento municipal é relativamente limitado, no entanto, nós precisamos priorizar essas ações de investimento para que o plano aconteça, que saia do papel. Esse é objetivo desta 4.ª fase”, completa.

 

O secretário também destaca que estarão interagindo com todos os segmentos. “Vamos em todos os segmentos, no setor histórico, nas regiões que detectamos que existe conflitos de pensamentos diferentes, e vamos tentar resolver isso, priorizar o que for necessário, e também saber quais são as grandes ações necessárias, mesmo que o município não tenha capacidade financeira, nós temos que saber onde vamos buscar esses recursos para transformar Paranaguá. Quando eu falo isso, são aqueles grandes investimentos de infraestrutura que envolvem o Estado ou a União. Um exemplo seria a tratativa da Avenida Ayrton Senna da Silva, a tratativa que alguns colocam de um novo acesso para a área portuária e as tratativas relativas às obras de infraestrutura, que vão com destino a praia. São investimentos que são bastante difíceis para o município com os recursos próprios, então nós também temos que conhecer essas necessidades, priorizar e buscar esses recursos em outras instituições”, explica Takiguti.

 

Nesta 4.ª fase também estarão sendo avaliadas as questões legislativas. 

Koiti Takiguti, secretário Municipal de Urbanismo

“Nós consideramos que temos um bom plano, mas as questões legais não permitem atingir esses objetivos, e será preciso adequar a legislação. A legislação vai servir como instrumento para conseguirmos atingir os objetivos elencados no conteúdo do plano. Isso será tratado nesta 4.ª fase, mas é uma questão mais jurídica, talvez não vai ter participação popular na questão da legislação por tratar-se de assunto mais técnico, mas também vai ser discutido por segmento. Está sendo discutida a questão legal, no caso do Código de Obras junto com representantes do CREA e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e também de vários órgãos ambientais”, comenta.

Com o plano revisado, avanços poderão acontecer no município, enfatiza o secretário. “O objetivo é que nós possamos direcionar os investimentos do município. Nós precisamos conhecer quais são os potenciais, e isso está sendo conversado durante as fases anteriores, e também o que é mais importante, está sendo feito esse projeto com base nas divergências que existem em relação às questões ambientais. Precisamos definir com bastante clareza as áreas onde são possíveis as expansões, pois não podemos criar expectativas que não vão acontecer. Esse é um fator muito importante e nós temos que trabalhar dentro da sustentabilidade ambiental que é hoje o foco em todo o planeta. Esse é um fator que todos dizem que são limitantes, mas na verdade, se soubermos procurar de forma adequada nós vamos atingir os objetivos, pois o interesse é que o município cresça”, destaca Takiguti.

Projeção de habitantes

Existe uma projeção feita em estudos do litoral, em que a cidade de Paranaguá pode ter 308 mil habitantes nos próximos 20 anos. “Temos que trabalhar e preparar a cidade para recepcionar esses novos habitantes. E esse é o objetivo desse direcionamento de investimentos, para que as coisas aconteçam e os recursos não fiquem espalhados e não produzam efeito para atender a futura necessidade do Município”, enfatiza o secretário.

Na sequência será realizada uma nova audiência pública, informa o secretário de Urbanismo. “Nas setoriais serão definidos os planos de ações, mas temos que ver como a sociedade como um todo e definir essas prioridades. Será realizada uma nova audiência, vamos ouvir novamente a população para ver o destino que nós desejamos para o município. Depois de tudo isso concluído, ainda será feita uma conferência, que será bem mais abrangente e a decisão que for tomada, que vai ser de forma deliberativa do material, será encaminhado para a Câmara de Vereadores”, destaca o secretário.

“Fico bastante agradecido, pois a população tem participado deste plano, das audiências e pelas notícias que nós temos, Paranaguá está conseguindo trazer a comunidade para discutir. São poucas cidades no Brasil que conseguiram fazer com que isso acontecesse. Temos conhecimento que existem polêmicas e críticas, e esse é objetivo, vamos ouvir e quanto mais participação popular, não importa se é com crítica ou com apoio, é importante para que possamos tomar as decisões mais adequadas. Creio que vamos ter um bom plano para o município, e aproveito para convidá-los para continuarem participando, juntos tomaremos as melhores decisões para o município”, agradece Takiguti.

ENQUETE

O que os parnanguaras desejam à cidade no aniversário de 373 anos?

Considerada a Cidade-Mãe da civilização paranaense, por ser o primeiro município a ser instalado no Paraná, Paranaguá comemora neste 29 de julho seu aniversário de 373 anos.
A exemplo de seus primeiros anos de existência, quando passou a ser referência na formação da identidade cultural dos habitantes do Estado, Paranaguá continua a fazer história com dinamismo e inovação que se expressam na qualidade de vida, nos cuidados com o desenvolvimento humano e ambiental, bem como na sabedoria do seu povo que tem seus olhos voltados para o futuro.


Mas, quando se fala em aniversário, fica a pergunta: o que o parnanguara gostaria que a cidade ganhasse de presente?
A reportagem do Jornal Folha do Litoral foi às ruas para saber qual o maior presente que o parnanguara espera para o município.

“Espero que tudo que foi embora e que perdemos com a pandemia possa voltar ao normal. Que a gente possa em breve voltar a viver normalmente, sem a preocupação de ver parentes e pessoas próximas partindo, deixando as famílias enlutadas. Que Paranaguá volte a ter uma ambiente mais calmo e tranquilo, trazendo orgulho para o nosso dia a dia.”

Leandro Rodrigo Antonio Santana Locutor e morador no Jardim Samambaia

“O maior presente é que a cidade continue evoluindo. Que os próximos representantes continuem dando continuidade ao bom trabalho que está sendo realizado em Paranaguá. Então que a nossa cidade evolua cada vez mais, e com isso certamente, o nosso povo também crescerá e é o que todos nós queremos.”

Josiele Magno Professora e moradora no bairro da Costeira

“Trabalho, trabalho e trabalho. A pandemia do novo Coronavírus trouxe uma crise para o país e para o mundo. Estamos passando por momentos difíceis, mas acredito que com a vacinação que está acelerada no município, tudo volte ao normal, e que o trabalho volte a ser ofertado, pois é a grande necessidade do pai de família”.

Olávio Miranda da Costa Aposentado e morador no bairro Ponta do Caju

“O fim da pandemia. Espero que esta fase termine logo e que possamos voltar ao normal. Paranaguá tem sido exemplo na vacinação, e com isso a gente torce para que tudo dê certo para a nossa cidade. Mas para que isso aconteça ainda precisamos que as pessoas continuem obedecendo às normas sanitárias e se cuidando. Com isso, logo sairemos desta pandemia e poderemos construir uma cidade cada vez mais forte”.

Gediael Soares Cordeiro Agente marítimo e morador na Vila do Povo

Que a esperança e a fé sejam sempre maiores que o seu medo

Foto Aérea: Vinicius Araújo

ESPERANÇA DE DIAS MELHORES

Importância das igrejas no trabalho de fé, emocional e social durante a pandemia

Pensar sobre a relevância do trabalho de fé, emocional e social das igrejas durante a pandemia requer muito mais que uma simples reflexão. A equipe de reportagem da Folha do Litoral News ouviu líderes religiosos de Paranaguá que, em seus depoimentos, relataram como a igreja está sendo fundamental neste período em que as famílias buscam apoio espiritual.

 

Há quase um ano e meio em que Paranaguá registrou o primeiro caso e o primeiro óbito por consequência da doença, muitas famílias da cidade permanecem em luto, mas buscam através da religiosidade a esperança de dias melhores e de que um “novo normal” possa estar cada vez mais perto.

Nivaldo Cavallari, pastor da Primeira Igreja Batista de Paranaguá

“O trabalho das igrejas foi considerado como serviço essencial para a sociedade. Para fazer jus a este reconhecimento, as igrejas na prática, foram além de sua missão de cunho espiritual e se transformaram em verdadeiros agentes de combates à Covid-19, tomando sobre si a responsabilidade de conscientização de seus membros e agregados, promover esperança em meio à desesperança e derramar o consolo  em meio a dor e sofrimento”, relatou o pastor Nivaldo Cavallari, da Primeira Igreja Batista de Paranaguá. 

As igrejas, em suas transmissões on-line, conseguiram não só mobilizar a população a adotarem as medidas protetivas contra a Covid-19, como também, ajudaram no combate às “fake news”, tão nocivas ao processo de conscientização.

Padre Dirson Gonçalves, Reitor do Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio (Foto: Divulgação)

“Durante esse período difícil pelo qual a humanidade passou, nós sentimos aqui em Paranaguá a importância da religião em vários aspectos na vida das pessoas. As igrejas foram lugares de refúgio, de abrigo espiritual, de busca de sentido e esperança. Além do amparo psicológico e espiritual, elas assumiram também uma função social muito grandiosa, ao cuidar das pessoas e famílias mais necessitadas, com o fornecimento de alimentos, materiais de limpeza e outras necessidades. As igrejas conseguiram despertar nas pessoas a solidariedade, a partilha e o cuidado de uns pelos outros”, comentou o missionário redentorista, padre Dirson Gonçalves, reitor do Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio.

O desafio das igrejas tem sido a maneira de expressar a compaixão e o cuidado de Deus para os afetados na comunidade, mas à distância, porém, a solidariedade e o amor cristão foram demonstrados por meio de vídeos e mensagens, rompendo a barreira da distância, imposto pelo isolamento social, propiciando momentos especiais nas vidas dos que sofrem. Também, as igrejas manifestaram compaixão aos que padecem, através da ajuda financeira ou da doação de alimento aos que passaram ou passam pelo desemprego e perda de renda.

Pastor Maurici Alves, presidente da Associação dos Ministros Evangélicos de Paranaguá

“As obras que as igrejas e nós cristãos realizamos em meio à pandemia e até antes da pandemia são realizadas em consequência da nossa fé, no atendimento e apoio ao nosso povo. Muitas pessoas nos procuraram para receber aconselhamentos, encaminhamentos e também orações para que Deus pudesse intervir nesse momento de enfermidade, de infecção, para que elas tivessem paz, fé e esperança para suportar o momento que elas estavam vivendo”, descreveu o pastor Maurici Alves, presidente da Associação dos Ministros Evangélicos de Paranaguá.

Como Igreja, os líderes religiosos foram chamados para ser voz de esperança, emanar calmaria e tranquilidade em meio ao caos da pandemia. Alguns festejos tiveram que ser interrompidos, outros adaptados por conta dos decretos e protocolos, mas a fé e esperança permaneceram presentes e com mais intensidade.

 

“Na sua missão de dar esperança e combater o medo através da fé, as igrejas buscaram realçar a doutrina da soberania de Deus mostrando que Ele está no controle de todas as coisas, bem como, através do ensino sobre o amor e o poder de Deus buscaram levar o povo a descansar e confiar em Deus, diminuindo assim a ansiedade e o estresse causados pela preocupação”, reafirmou o pastor Nivaldo Cavallari.

 

Outro papel que as igrejas têm desempenhado, nestes tempos difíceis, é o de buscar manter a adoração e a comunhão do povo. Para isso, precisou se reinventar de forma criativa, usando as mídias sociais, especialmente nos períodos de isolamento mais restritivo, fazendo das mídias a sua maior aliada.

Se não houvesse esperança, não estaríamos lutando

Foto Aérea: Vinicius Araújo

CUIDAR É AMAR

Trabalho interno no Lar e Asilo leva esperança aos idosos

As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) de Paranaguá, o Lar Perseverança e o Asilo São Vicente de Paulo, mantêm suas atividades mesmo durante a pandemia do novo Coronavírus. Os funcionários tiveram que se reinventar para proporcionar momentos de alegria, distração e diversas outras ações para enfrentar o período de isolamento social dos internos.

Devido à pandemia, o isolamento no local, com todas as restrições, começou no dia 16 de março de 2020 e desde então, as instituições e as equipes de trabalho estão se adaptando à nova realidade imposta. Todos tentam, de alguma forma, minimizar ao máximo os impactos do isolamento, realizando videochamadas, chamadas telefônicas, mas é evidente que o idoso estava acostumado com a casa cheia, com visitas, grupos, e uma rotina agitada.

Funcionários tiveram que reiventar atividades para proporcionar momentos de alegria aos idosos

“Tenho fé em Deus e que dias melhores vão chegar para que a gente possa voltar a receber o pessoal que vinha aqui no asilo e ter bastante festança. Sinto falta da minha filha que vinha sempre aqui e do povo que vinha passar a tarde por aqui com a gente”, relatou Dona Maria Inácio Alves, de 70 anos, moradora no Asilo São Vicente de Paulo.

Atualmente, todos estão mais reservados e voltados para as atividades internas, onde os profissionais atuam de forma mais individualizada, visando a segurança e a prevenção ao contágio da Covid-19. Mesmo vacinados contra a Covid-19 e com o avanço da vacinação no litoral, todos devem ter cautela.

 

“Tenho muita esperança em Deus e logo tudo vai melhorar. Vocês aqui trabalhando comigo me dão esperança. Me divirto muito aqui. Sinto falta das festanças daqui, das musiquinhas pra dançar com o povo e aproveitar um sambinha bom”, disse a Dona Nadir Terezinha da Silva Messina, de 86 anos.

Semanalmente é realizada a coleta do swab (cotonete longo e estéril) nos funcionários e idosos para o controle da Covid-19.

 

A cuidadora dos idosos, Patrícia Santiago Gomes, está há um ano trabalhando no Asilo São Vicente de Paulo e descreve como o seu trabalho pode levar esperança para os internos. “Estar com eles, para mim, é uma alegria, é muito gratificante, sinto que ajudo muito eles fazendo tudo com gratidão a Deus e amor pelo que faço. Posso sair cansada, mas saio com o coração leve e grato”.

 

De acordo com Patrícia, a ausência da família acaba deixando os idosos tristes, mas uma forma de matar a saudade é através de encontros virtuais. “Sinto que eles ficam tristes, não podendo receber os filhos, não podendo ver as pessoas e muitas vezes achando que esqueceram deles, porque não entendem muito esse vírus e sobre a pandemia, então acabam sentindo falta dos filhos e das visitas que sempre aconteciam no asilo. Mas a gente sempre pede para que os familiares estejam por perto de alguma forma, entrando em contato com o asilo para matar as saudades de forma virtual, vendo os idosos pelas ligações de voz ou de vídeo, enquanto tudo isso não passa. Mas sempre mantendo a fé e a esperança em Deus”, completou.

 

 

 

“Minha esperança é que até o final do ano passe essa pandemia e possa reabrir os portões aqui do nosso Lar”, disse Moacir Nascimento, de 60 anos, morador do Lar Perseverança

O Lar dos Idosos Perseverança, em Paranaguá, conta com 45 internos e 33 funcionários e há mais de um ano está sem receber visitas devido ao avanço da pandemia. A Folha do Litoral News conversou com Moacir Nascimento, de 60 anos, que é morador do Lar e comentou sobre a sua esperança no pós-pandemia. “Nós estamos acostumados a fazer várias coisas fora da pandemia, mas estamos sem a liberdade que tínhamos antigamente, o direito de ir e vir. Aquele futebolzinho que a gente gosta de assistir e passear. Minha esperança é que até o final do ano passe essa pandemia e possa reabrir os portões aqui do nosso Lar”, disse Moacir, que também relatou a falta de festas e brincadeiras que os grupos da cidade organizavam no espaço.

Para a Dona Elvira da Silva, de 81 anos, fazer as atividades que os funcionários propõem e conversar com as pessoas é um verdadeiro passatempo. “Gosto de fazer as atividades aqui no Lar, ajudo na campanha das tampinhas plásticas, gosto também de estar na cozinha e fazer bolos e tortas para todos”, relatou Elvira

 

Dona Cezarina Batista, de 71 anos, moradora no Lar Perseverança, foi a primeira a receber a dose da vacina contra a Covid-19. Já imunizada, ela conta o que gosta de faz no seu dia a dia. “Eu gosto de costurar, conversar com meus amigos e ouvir a rádio. Eu já tomei as duas doses da vacina e minha esperança é que toda essa pandemia acabe logo, pois sinto saudades de sair na rua e passear”.

Os internos aproveitam as tardes de sol para conversar e passar o tempo uns com os outros na pracinha da instituição

A cuidadora dos idosos, Maria do Rocio de Jesus, está há 12 anos trabalhando no Lar dos Idosos Perseverança e descreve como o seu trabalho pode levar esperança para os internos. “Gosto muito daqui, é um lugar muito bom, antes eu estava como cozinheira e agora sou cuidadora e está sendo uma experiência fantástica. Eu quero sempre o melhor para eles, graças a Deus todos já estão vacinados. Antes eles recebiam visitas, eram festinhas, lanches e agora que os portões foram fechados nada mais aconteceu. Digo que todos os idosos são nossos parentes, alguém da nossa família, que a gente quer por perto. Espero que muito em breve eles voltem a receber visitas, pois eles adoram”.


Maria do Rocio de Jesus, está há 12 anos trabalhando no Lar dos Idosos Perseverança

As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) de Paranaguá, o Lar Perseverança e o Asilo São Vicente de Paulo, proporcionam um atendimento digno, efetivando diversas parcerias, projetos e campanhas que venham a somar esforços em prol do bem-estar dos internos.

Fotos: Ilustrativas

EDUCAÇÃO

Professores levaram a escola para casa durante a pandemia

A educação é o caminho contínuo para que mudanças positivas ocorram na sociedade humana. Através do conhecimento, do estudo e da oferta de oportunidades, o cidadão pode mudar a sua realidade. Assim como o contexto social muda de tempos em tempos, a educação caminha ao lado desta evolução, com mudanças gradativas ao longo do tempo, bem como por necessidade e com urgência, como foi no caso da pandemia da Covid-19. 

 

Neste aniversário de 373 anos, a Folha do Litoral News dialogou com professores que atuam no cenário educacional local para saber como foi esta adaptação ao distanciamento social e outras medidas devido à Covid-19, bem como para qual cenário será aguardado no período pós-pandemia.

Rede municipal

A professora Michele Mendes dos Santos, pedagoga por formação que trabalha na Escola Municipal em Tempo Integral Prof.ª Sully da Rosa Vilarinho, atua na rede municipal de ensino há 19 anos, em Paranaguá. Segundo ela, na pandemia, foi necessário se adaptar ao ensino remoto, que era anteriormente algo distante, mas também não era algo totalmente desconhecido. 

Michele Mendes dos Santos, que ministra aulas no município há 19 anos

“Diante da situação, tentei  trazer para minha realidade essa modalidade de ensino de forma gradativa  e no decorrer do ano letivo fui me aprimorando, entendendo e extraindo o melhor do mundo digital para me ajudar e também aos meus alunos em nossas aulas on-line para que não os desestimulasse. Nós professores, retomamos a formação continuada, agora no formato on-line, oferecida pela Secretaria Municipal de Educação (Semedi), para que pudéssemos ter outro olhar desse momento tão complexo para a sociedade. Tudo é um processo, com erros e acertos,  ainda estamos colhendo os frutos desse momento, e espero que a recompensa chegue com o final dessa pandemia para todos”, completa.

Segundo ela, no início houve impacto, mas posteriormente, com paciência e persistência, tudo foi fluindo, com apoio contínuo dos pais e responsáveis. Desde o dia 19, a rede municipal de ensino começou o ensino híbrido, algo que, de acordo com Michele, também foi um desafio. “Tomamos sempre as devidas precauções e cuidados com esse retorno às aulas na escola, juntamente com a Semedi nos orientando e auxiliando nesta nova fase”, esclarece.

Foto Ilustrativa: Divulgação - MCTIC - EBC

A educadora afirma que recursos tecnológicos serão utilizados de forma mais intensa após a pandemia, entretanto, ela reforça que muitas famílias ainda não possuem internet, mas sempre puderam buscar as atividades presenciais na escola durante a pandemia, porém, neste caso, a interação com os alunos não foi a ideal. “A tecnologia foi indispensável para uma educação remota de qualidade, terá que ser vista com mais importância e urgência no âmbito escolar, para que alunos sem esse acesso tenham mais opções e autonomia para um conhecimento mais abrangente e pleno”, explica, destacando que o período destacou aos professores esta necessidade. “A educação não parou durante a pandemia, apenas as aulas presenciais foram suspensas, o professor trouxe a escola para a sua casa.

Profissionais da educação relatam superação contínua para oferecer ensino de qualidade aos alunos (Foto: SEED/AEN)

Parafraseando o educador Paulo Freire, Michele destaca que a educação muda as pessoas e assim, consequentemente, muda o mundo, reforçando a necessidade de conhecimento científico para enfrentamento às notícias falsas e desinformação, algo visto fortemente na pandemia “A escola também trabalha para que os alunos reflitam sobre essas situações que estão aí para todos, e percebemos mais ainda agora por conta da pandemia e suas consequências, mas que eles (os alunos) podem fazer a diferença no seu meio familiar mostrando que toda e qualquer notícia pode ser “fake”, buscando fontes e mais informações antes de replicá-las, existem escolas da nossa rede municipal que já faziam projetos com esse tema antes da pandemia, inclusive. E os professores podem sim ser os interlocutores desse assunto trazendo ainda mais para dentro da sala de aula com estratégias e metodologias, e com a esperança de que nosso trabalho seja mais valorizado, pois com a pandemia, em alguns casos percebeu-se que é insubstituível”, finaliza.

Rede estadual

O professor e advogado Joares Maurício da Rocha possui 33 anos de docência e atua na rede estadual de ensino. Ele já ministrou aulas nos colégios estaduais José Bonifácio, Alberto Gomes Veiga, Helena Viana Sundin e no Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha, todas instituições de ensino de Paranaguá. Segundo ele, o período de pandemia exigiu esforço conjunto de professores, alunos e pais. “De início foi difícil, pois exigiu e exige um aprendizado e aprimoramento  constantes para a nova  modalidade ensino. No que se refere ao Ensino Híbrido, ainda não consegui  me adaptar, pois os equipamentos  disponibilizados  não permitem utilizar alguns recursos”, esclarece.

O professor e advogado Joares Maurício da Rocha possui 33 anos de docência

Para Joares, findada a pandemia, a educação deverá usar mais recursos tecnológicos para se aproximar ainda mais do aluno. “Não há como descartar o uso da tecnologia como recurso pedagógico”, explica.

Por fim, o educador afirma que a importância da educação se tornou ainda mais clara neste período de pandemia, onde se divulgaram tantas notícias falsas, abrangendo desconhecimento científico e inverdades. “O conhecimento sempre será libertador e sua aquisição só se dá através do estudo!”, destaca o professor, frisando que a educação servirá para dar esperança em um mundo melhor após superação do Coronavírus.

SONHO

A esperança de atletas de Paranaguá pela medalha olímpica em Tóquio

Desde que iniciou a Olimpíada de Tóquio 2020, a atenção do mundo está voltada para as competições e para as disputas eletrizantes que o esporte proporciona. Em Paranaguá, não é diferente, já que há uma representante parnanguara disputando os jogos na modalidade de vôlei de praia, a medalhista olímpica Rio 2016 e campeã mundial, Ágatha Bednarczuk Rippel, que busca sua segunda medalha olímpica, agora ao lado de Duda Lisboa.
A parceria entre a dupla, que foi formada em 2017, conquistou um título de etapa mundial pela sétima vez. A dupla é uma das esperanças de medalha para o Brasil.

Foto: Wander Roberto - COB

Em entrevista à imprensa antes do início dos jogos, Ágatha disse que para ela, o mais importante é a experiência que as Olimpíadas proporcionam. “Meu desejo é conseguir colocar em prática tudo que eu venho trabalhando nesse momento, tanto nos treinos como nas competições. Quero sair com a sensação de que eu consegui dar o meu máximo. Se vai vir uma medalha, vai ser consequência do que eu conseguir fazer. Para mim isso é o mais importante”, afirmou.

Jogos

Depois de vencerem com facilidade na estreia dos jogos, Agatha e Duda foram derrotadas pela dupla chinesa Wang/Xia por 2 sets a 0 – com as parciais de 21/18 e 21/14. A situação da chave só será definida na última rodada, mas as brasileiras podem terminar ainda na segunda colocação da chave em caso de vitória sobre a dupla canadense Bansley/Brandie. O jogo está marcado para às 9 horas (de Brasília) na quinta-feira, 29, aniversário de Paranaguá – data em que os rumos de Ágatha e Duda serão traçados nas Olimpíadas.

Atleta de Paranaguá nos Jogos Paralímpicos

Nas paralimpíadas, o atleta Marcelo dos Santos busca segunda medalha na bocha

A convocação da delegação brasileira para os Jogos Paralímpicos de Tóquio foi divulgada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no início do mês de julho, e foi comemorada em Paranaguá, pois contará com um representante da cidade, o atleta Marcelo dos Santos, na bocha paraolímpica. Ele é treinado pela professora Silmara França, técnica de Paradesporto da Associação Paraolímpica de Paranaguá – APP. 

Marcelo conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, representando o país na categoria duplas mistas BC4. 

Michele Mendes dos Santos, que ministra aulas no município há 19 anos

“Apesar de ser um momento complicado por causa da pandemia, consegui realizar uma grande preparação ao lado da Professora Silmara e toda comissão técnica da seleção sempre tomando os devidos cuidados e agora irei com a certeza de que retornaremos de Tóquio com o objetivo alcançado que é retornar para casa com a medalha de ouro”, externa Marcelo Santos. 

A técnica Silmara, enfatiza que a expectativa em relação a participação do atleta é a melhor possível. “Só o fato de ter um paratleta em Tóquio já é motivo de orgulho para nossa Associação. Ele se preparou com muita garra e dedicação e acredito que é o momento da colheita. Esperamos que ele nos traga uma bela medalha no individual e nos pares em que joga com seu irmão Eliseu Santos, que representa Curitiba”, disse Silmara, destacando que o esporte abre portas.

“Minha gratidão é muito grande pelo fato de podermos divulgar ainda  mais o Paradesporto em Paranaguá. Ter um representante em Tóquio nos enche de esperança e acredito que é um grande passo para um melhor reconhecimento e valorização da pessoa com deficiência. O esporte é maravilhoso e abre portas para que o atleta seja visto pela sua eficiência. Essa é nossa luta, fazer com que não se olhe a deficiência da pessoa e sim a capacidade que ela tem de fazer o que quiser, e o esporte é uma ferramenta para tudo isso. Peço aos parnanguaras que torçam e que coloquem energia positiva para que o Marcelo Santos traga um belo presente para Paranaguá”, conclui.

 

Os Jogos Olímpicos de Tóquio seguem até o dia 8 de agosto de 2021, após um atraso de um ano devido à pandemia. Os Jogos Paralímpicos acontecerão 15 dias depois: de 24 de agosto a 5 de setembro.

Foto: Facebook Prefeitura de Paranaguá

ENTREVISTA

"Eu creio que até novembro Paranaguá estará 100% voltando ao normal", afirma o prefeito Marcelo Roque

Roque destacou imunização, Plano Diretor, entrega de obras e vinda de empresas

O aniversário de 373 anos de Paranaguá em 2021 possui um simbolismo mais amplo e que vai além da valorização histórica, social, econômica e cultural do município e de sua população. Enfrentando uma pandemia desde março de 2020 que causou centenas de vidas perdidas, a data comemorativa traz uma luz de esperança na luta contra a Covid-19. Isso ocorre graças à ampla campanha de vacinação contra a Covid-19 realizada na Cidade-Mãe do Paraná, obtendo destaque no cenário estadual e nacional pelo avanço das faixas etárias e do alcance de imunizados. Em entrevista à Folha do Litoral News, o prefeito Marcelo Roque abordou o avanço da imunização, o enfrentamento ao Coronavírus, bem como trouxe novidades positivas sobre o avanço da revisão do Plano Diretor, vinda de empresas, entrega de obras, perspectiva de retomada econômica e social, entre outros assuntos. Confira:

"Quero dizer ao povo de Paranaguá que seguiremos trabalhando firmes e fortes para o desenvolvimento do nosso município", ressalta Marcelo Roque

Folha do Litoral News – Como o senhor analisa a perspectiva de crescimento do município para os próximos anos e qual a importância da revisão do Plano Diretor em andamento para que isso ocorra de forma organizada, beneficiando tanto a população, quanto o setor empresarial de Paranaguá?

 

Prefeito Marcelo Roque – O Plano Diretor foi feito em 2007 completamente fora da realidade do município e nós pagamos um preço muito caro com isso, que travou investimentos na nossa cidade. Estamos então fazendo a revisão do Plano Diretor, algo que deve ser feito a cada 10 anos, e estão sendo realizado com vários segmentos, com participação dos cidadãos, área empresarial, associações de moradores, enfim, toda a sociedade parnanguara está fazendo o seu pronunciamento de melhorias para o município, por isso tivemos várias audiências públicas. O ponto principal é destravar o desenvolvimento para que a empresas possam se instalar em Paranaguá e o principal ponto, e o carro-chefe, no meu ponto de vista e acredito que também no de todos, é o Parque Industrial, que precisa sair do papel rapidamente, porque não temos mais áreas ao redor do Porto. Por isso, nós fizemos um projeto em parceria com a TCP para que se faça a infraestrutura da Avenida Senador Atílio Fontana para que as empresas possam se instalar naquela região, gerando emprego e renda para a nossa população. Isso é o norte que temos nesta segunda gestão: a revisão do Plano Diretor e o destrave da questão de empreendimentos na nossa cidade, sempre respeitando as leis.

Folha do Litoral News – Quais as principais estratégias de enfrentamento realizadas pela prefeitura com relação à Covid-19 e qual a importância delas?

 

Prefeito Marcelo Roque – A primeira questão foram os decretos de restrição, mas pensando sempre na economia do município. Fizemos um balanço dos decretos para que não se prejudicasse ninguém, mas que conseguisse frear a pandemia dentro do município. Fizemos barreiras sanitárias na BR-277, montamos um Hospital de Campanha que até hoje atende a população, que foi um braço muito forte do Hospital Regional do Litoral (HRL), até porque a demanda foi muito grande e continua sendo. Depois tivemos a Arena Albertina Salmon, que virou uma referência no enfrentamento à Covid-19, com o primeiro atendimento, verificação dos sintomas, médicos, farmácia lá dentro para disponibilização dos medicamentos. Foram investimentos muito grandes feitos pelo município, investimentos mensais na contratação de mais profissionais de R$ 2 milhões mês a mês. Fizemos tudo isso pensando também em reforçar a demanda da 1.ª Regional de Saúde (1.ª RS), do Hospital Regional, e com muita certeza deu certo e está dando certo. Sem falar também nas atitudes que tivemos de incrementar durante a pandemia os investimentos da Secretaria Municipal de Saúde em equipamentos, postos de saúde, reforma, contratação de profissionais, algo que está ajudando muito, por isso precisamos melhorar a nossa receita, que caiu muito durante a pandemia, para que possamos prosseguir investimento em saúde pública.

Foto: Secom/Prefeitura de Paranaguá

Folha do Litoral News – Paranaguá é um município que está se destacando no cenário estadual e nacional com relação à vacinação contra a Covid-19. Para o senhor, a que se deve este avanço na imunização em Paranaguá?

 

Prefeito Marcelo Roque – Primeiro nós fomos criticados por centralizar a vacinação em um lugar só e mostramos que estávamos certos. Centralizamos na Estação Ferroviária, um espaço que estava fechado devido à pandemia, e tivemos a ideia de fazer o drive-thru na Avenida Maximiano da Fonseca, na frente da Estação. Isso deu muito certo, com agilidade, pessoas comprometidas, equipamentos, então tudo isso foi um fator principal para termos uma logística perfeita e, o principal de tudo também, a força de vontade dos colaboradores. Não teve tempo ruim, é em sol, chuva, de madrugada, algo que foi o diferencial com referência a outros municípios que, quando chegava vacina esperavam o outro dia para vacinar, e nós já vacinávamos no mesmo dia, até de madrugada, desta forma saímos muito na frente. Paranaguá serviu de referência para outros municípios. Claro que vieram as vacinas do Porto, o que nos ajudou, das ilhas, enfim, mas muitos tinham uma logística diferente. Sobrou vacina dos idosos. O que eu faço com a vacina? Você aplica nas faixas etárias. Sobrou vacina das ilhas. Coloca na faixa etária. Sobrou vacina do Porto? Coloca na faixa etária. Então tudo isso nós planejamos para ter uma agilidade melhor, por isso que chegamos agora à imunização contra a Covid-19 na faixa etária dos 22 anos, já com praticamente 70% da população acima de 18 anos com a primeira dose, a segunda dose também avançando muito, e não esquecendo também da vacina contra a gripe. Esse ano nós vamos bater o recorde de pessoas vacinadas contra a gripe também. Então, tudo isso nós estamos fazendo ao mesmo tempo na Estação Ferroviária. A nossa vacinação é exemplo para o País. Paranaguá foi o primeiro município do País a vacinar 100% com a primeira dose os profissionais da educação do município, rede estadual, universidades, particular e filantrópicas. Todos os que trabalham na rede de ensino no município foram vacinados e isso traz tranquilidade para a volta às aulas neste mês de julho. O que fizemos aqui serviu de referência para o estado do Paraná. Havia uma preocupação de colocar em todos os postos de saúde, mas daí fica muito mais difícil de se controlar, tem mais aglomerações nas unidades, não tem área coberta, então a Estação Ferroviária foi muito bem planejada. Quando o Governo do Estado anuncia que chegou a vacina ao Paraná, no dia seguinte já temos filas, a vacina chega e de imediato elas já são aplicadas. O povo parnanguara aprovou a Estação da Fé e a Avenida da Esperança.

Folha do Litoral News – Qual a expectativa do senhor para a retomada econômica e social em Paranaguá após a superação da pandemia?

 

Prefeito Marcelo Roque – Tomamos um cuidado grande neste ano, até pela experiência de termos vivido a pandemia no ano passado, a gente entendeu a forma de se fazer as restrições, mas liberando alguns segmentos da cidade, para que a economia não morresse dentro do nosso município. Fizemos isso muito bem. Temos números de imunização que avançam muito bem e eu creio que até no mês de outubro ou novembro nós estaremos com 100% da cidade voltando ao normal. Há a possibilidade de termos alguns eventos com público no nosso município. O Flamengo, por exemplo, jogou com público recentemente em Brasília, e nós temos aí a possibilidade do Coritiba estrear o nosso estádio com público, nem que seja com 10% da capacidade, até porque Paranaguá está bem avançado com a imunização e até lá avançaremos com a segunda dose, que é tão importante quanto a primeira. Eu creio que por volta de novembro Paranaguá estará 100% voltando ao normal e, quem sabe, uma Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio com bastante gente aqui em Paranaguá.

Foto: Vinicius Araújo

Folha do Litoral News – Quais as perspectivas para os próximos anos em torno do desenvolvimento de Paranaguá e novos investimentos para a cidade? Quais as principais obras que deverão ser entregues pela prefeitura?

 

Prefeito Marcelo Roque – Temos um projeto no Aeroparque, focando um incremento do espaço e o turismo. Aquele lago que o meu pai Mário Roque deixou no Aeroparque nós pretendemos reativar. Temos a revitalização da Praça Mário Roque que também já está em fase de licitação. Faremos o alargamento da ponte da Ilha dos Valadares, vamos tirar isso de papel, esse é um sonho de todos os moradores da Ilha dos Valadares. Estamos entregando asfaltos por toda a cidade. Estamos realizando investimentos na saúde, com reforma de algumas unidades de saúde e contratação de mais profissionais. Queremos incrementar a área central, revitalizando nossas praças, algo muito importante, bem como revitalizar nosso casario na Rua da Praia. Temos quatro anos pela frente de muito trabalho. Um dos focos principais também é atrair empresas a Paranaguá. Tivemos uma notícia muito boa de que a Havan já adquiriu um terreno perto do CAIC para fazer uma segunda loja juntamente com o Bavaresco, algo que vai gerar muito emprego para o município. Muitas empresas estão se instalando em Paranaguá, isso ajuda muito. Uma coisa que eu não desisti e estamos avançando nas tratativas é na instalação da unidade do Hospital Pequeno Príncipe para que venha a fazer o atendimento das nossas crianças, ficando uma referência junto ao Erasto Gaertner. Esperamos com bastante ansiedade esta nova concessão do pedágio para que possa fazer da entrada da nossa cidade uma entrada digna, com marginais e o pedágio indo até a entrada do Porto, o Porto já está fazendo sua parte, inclusive com projetos de viadutos e das marginais. Teremos uma entrada diferente no município. O Complexo Educacional Fernando Charbub Farah vai ser um carro-chefe, o primeiro estádio-escola do País, algo que tem parecido em Manaus na Arena Pantanal, mas eles focaram para a rede estadual e o nosso é para a rede municipal. Terá piscina, a arena, o ginásio, o estádio onde vai ser a própria escola, na parte da manhã você estuda e na parte da tarde você faz a prática do esporte. Isso é importante para os nossos alunos até 11, 12 anos, não só ele, mas também que se possa fazer um convênio com o ensino médio ou algumas faculdades, tornando o espaço um local para formar atletas na idade de 15, 16 anos, representando o nosso município em conjunto com a Secretaria de Esportes. O restante do dia-a-dia vamos fazendo com asfalto, iluminação pública, segurança, educação, saúde, então é isso que queremos para o nosso futuro.

Foto: Facebook Marcelo Roque

Folha do Litoral News – Deixe sua mensagem à população parnanguara neste aniversário de 373 anos do município.

 

Prefeito Marcelo Roque – Estou indo para o meu quinto ano de gestão, o quinto aniversário que participo, sempre um diferente do outro, mas o de 2020 foi completamente atípico, não tivemos uma comemoração do aniversário do município por causa da pandemia. Neste ano, a situação está melhor por causa da imunização. Quero dizer ao povo de Paranaguá que seguiremos trabalhando firme e forte para o desenvolvimento do nosso município. Aqui é o berço da civilização de todos os paranaenses, uma cidade humilde, acolhedora, enfim, com pessoas que gostam de viver em Paranaguá e tem amor à nossa cidade e assim nós também estamos fazendo. Temos mais três anos pela frente de muito trabalho e quero olhar para trás e dizer que fizemos muito por Paranaguá com nossa equipe, nossos servidores municipais, e que o município avançou muito em todos os segmentos, tornando a cidade ainda melhor para se viver. Os meus parabéns para os 373 anos do berço da civilização de todos os paranaenses e viva Paranaguá!

DESTAQUE

Autoridades e personalidades parabenizam Paranaguá pelo aniversário de 373 anos

“Celebrar o aniversário de Paranaguá é celebrar a história do nosso Estado. Cidade-Mãe do Paraná traz em sua bagagem a vocação portuária, que desde o início tem sido a principal força motriz do município. Nestes 373 anos de história, a cidade tem se desenvolvido e para nós é um orgulho que o Porto de Paranaguá seja o mais moderno e eficiente do Brasil.
Que este 29 de julho marque o início de um ciclo cheio de prosperidade e saúde a todos os parnanguaras”.

Carlos Massa Ratinho Júnior

Governador do Estado do Paraná

“Estou indo para o meu 5.º ano de gestão e é o 5.º aniversário que participo, e sempre um é diferente do outro. Mas o de 2020 foi completamente atípico, não tivemos uma comemoração no município por causa da pandemia. Esse ano por conta da imunização está melhor. Quero dizer ao povo de Paranaguá que vamos continuar trabalhando para o desenvolvimento do nosso município, que é o berço da civilização de todos os paranaenses. Cidade humilde e acolhedora, de pessoas que gostam de viver em Paranaguá e que têm amor pela cidade. Temos mais três anos pela frente de muito trabalho e eu quero olhar para trás e dizer que fizemos muito por Paranaguá com nossa equipe. Meus parabéns para os 373 anos do berço da civilização de todos os paranaense e viva a nossa Paranaguá!”

Marcelo Roque

Prefeito de Paranaguá

“Nesta data em que Paranaguá celebra seus 373 anos, gostaria de parabenizar a população de nossa cidade que contribui para importantes avanços, em prol do crescimento e do desenvolvimento econômico do município, bem como do Estado do Paraná. Estamos buscando sempre novos projetos e aceitando o desafio de fazer mais e melhor. Parabéns à Cidade-Mãe do Paraná! Parabéns, Paranaguá”.

José Carlos Borba

Vice-prefeito de Paranaguá

“A Capitania dos Portos do Paraná presta sua homenagem à Cidade-Mãe do Paraná. Orgulhamo-nos de fazer parte da sua história e colaborar com o seu desenvolvimento ao longo dos seus 373 anos. Parabéns, Paranaguá! Uma cidade que merece nossa reverência e nosso respeito. Neste momento de festa, reforçamos nossa amizade e perene parceria em prol da segurança do tráfego aquaviário”.

Capitão de Mar e Guerra André Luiz Morais de Vasconcelos

Capitão dos Portos do Estado do Paraná

“Chegamos aos 373 anos de fundação com o orgulho de ser quem somos. Somos bairristas, bagrinhos, caiçaras, somos litorâneos, insulanos, fandangueiros, portuários, somos riobranquistas, enfim, somos parnanguaras!”

Fábio Santos

Presidente da Câmara Municipal de Paranaguá

“Paranaguá, a Cidade-Mãe do Paraná, comemora 373 anos. O município mantém viva sua história, que é de desenvolvimento, trabalho e muita garra. Os rumos do progresso do Paraná foram aprendidos a partir de Paranaguá. Meus parabéns à cidade e a todo povo parnanguara”.

Sandro Alex

Secretário de Infraestrutura e Logística do Estado do Paraná

“Paranaguá, a Cidade-Mãe do Paraná, celebra seus 373 anos superando desafios! A garra e a criatividade dos parnanguaras, mediante as dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, servem de exemplo para o Brasil de como se reinventar. Isso tudo aliado à fé, pois o município é o berço da Padroeira do Estado, Nossa Senhora do Rocio. Vida longa à boa gente de Paranaguá”.

Ney Leprevost

Secretário da Justiça, Família e Trabalho do Governo do Paraná

“Nestes 373 de Paranaguá o sentimento é de orgulho. Orgulho por nosso povo, que enfrentou a crise de cabeça erguida. Trabalhamos muito porque entendemos a importância do nosso serviço para o Brasil e também porque nossa comunidade se cuidou e cuidou dos demais. Participamos ativamente da campanha de vacinação contra a Covid-19. Por isso, meus parabéns a Paranaguá e em especial ao povo parnanguara”.

Luiz Fernando Garcia

Diretor-presidente da Empresa Portos do Paraná

“Paranaguá entra em mais um ciclo de trabalho, esperança e desenvolvimento. Em nome da Polícia Federal, gostaria de elogiar a cidade por sua beleza e congratular seus moradores por terem construído um lugar de imensa importância para o País. Nós nos orgulhamos de fazer parte dessa história e vamos continuar trabalhando para que Paranaguá se torne cada dia mais segura e próspera. Parabéns, Paranaguá, por seus 373 anos”.

Marcos Rogério Rezende Silvestre

Delegado de Polícia Federal - Delegacia de Polícia Federal em Paranaguá - DPF/PNG/PR

“Em nome da Receita Federal, parabenizo os parnanguaras pelos 373 anos de muitas histórias e batalhas vencidas. Terra de povo alegre e acolhedor, além de inúmeras belezas e de um rico patrimônio histórico, nossa cidade destaca-se pela grandeza do seu porto. Com a força e garra do seu povo, Paranaguá seguirá brilhando e superando os grandes desafios”.

Luciano do Carmo Andreoli

Delegado da Receita Federal em Paranaguá

“A Polícia Civil parabeniza Paranaguá pelos seus 373 anos de história, lutas e vitórias. Uma cidade que tem um futuro promissor à frente, conquistando cada vez mais quem aqui mora, trabalha ou visita”.

Dr. Rogério Martin de Castro

Delegado chefe da 1.ª SDP de Paranaguá

“Paranaguá, Berço da Sociedade Paranaense, Mãe do Paraná. Hoje a minha cidade do coração, que é o mais antigo município do Estado, e o principal da região, completa 373 anos de existência. No decorrer deste tempo, desde 1854, ano em que aqui militares estaduais estiveram pela primeira vez, a PMPR cresceu e amadureceu junto à sociedade local, estando presente em cada segundo da vida dos seus cidadãos, formando uma aliança irrevogável e vigorosa na construção e no aperfeiçoamento da causa da segurança pública. Parabéns por este grande dia! Feliz aniversário, Paranaguá”.

Tenente-Coronel Renato Luiz Rodrigues Júnior

Comandante do 9.º BPM PMPR/ 6.º CRPM/ 9.º BPM

“Nessa época em que a experiência humana tem passado pelos mais improváveis desafios, celebrações realmente precisam ser levadas a efeito, não apenas como ternas lembranças, mas como marcos simbólicos que venham trazer conforto e expectativa de tempos melhores. O Oitavo Grupamento de Bombeiros, como instituição que empresta a força e valor da população parnanguara na missão de salvar e proteger, enaltece essa data festiva e especial. Parabéns, Paranaguá! Vida longa ao seu povo”.

Tenente-Coronel QOBM Pedro Wagner Ogaki Malacrida

Comandante do 8.º Grupamento de Bombeiros

“Parabenizo a todos os parnanguaras que fazem desta cidade e do Paraná uma grande potência na movimentação de cargas através do Porto de Paranaguá. Nós sabemos que o Porto e a cidade vivem um para o outro. O Porto gera empregos e gera renda, mas a cidade também faz com que o Porto funcione, é fundamental essa bela sinergia que existe. Mas é o momento de comemoração da cidade e a gente vê os investimentos que estão acontecendo também no Porto que vão atrair mais pessoas, mais geração de emprego para os filhos dos parnanguaras. Então, muito sucesso a Paranaguá e aos parnanguaras, e a Federação das Indústrias do Paraná apoia totalmente todas as ações de desenvolvimento sustentável que gerem renda, melhor qualidade de vida e que movimente a economia do Estado do Paraná”.

João Arthur Mohr

Gerente de Assuntos Estratégicos do Sistema FIEP

“Parabéns, Paranaguá. Berço da cultura, tradição e fé. Importante indutora para o progresso do nosso Estado. A Aciap parabeniza o seu povo ordeiro e trabalhador, seus empreendedores, que fazem desta cidade um importante polo de desenvolvimento, nos conectando com o mundo, através dos seus Portos.”

Eloir Martins

Presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap)

“Paranaguá, 373 anos de muitas histórias, belezas e batalhas vencidas. Especialmente neste aniversário, exerceremos o cuidado com o outro, sendo solidários. Refletimos e acreditamos no recomeço forte, pois temos a oportunidade de replanejar o futuro, fortalecendo nossas potencialidades nos valores humanos. Descobrir novas formas de oportunidades para o desenvolvimento local em diversos setores sociais tem sido o desafio abraçado por todos. Deixaremos às futuras gerações, modelos de um povo, e esses jovens enxergarão no passado o trabalho, a solidariedade e a união nascente de um só sentimento: amor a Paranaguá!”

Jacqueline Guimbala

Presidente do Conselho da Mulher Executiva da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap)

“Parabéns, Paranaguá! A comemoração dos teus 373 anos nos alegra e desafia. Sim, com a alegria pela sua longa história, faz-se presente também em nossos corações o desafio de estarmos ainda no contexto da pandemia do novo Coronavírus. Longe de nós, porém, o desânimo. Este será um tempo propício para revelar cotidianamente que somos capazes de enfrentar os desafios advindos desta pandemia, os presentes – tanto empenho valorizando a ciência e vacinando a população! – e os futuros, sejam eles pequenos ou grandes. Reconhecemos, querida Paranaguá, que teus próximos anos serão construídos por cada um de nós que em ti habita. Teu futuro será também o nosso: queremos ser gente vivendo com dignidade e feliz em tuas terras, Berço amado do Paraná… Pórtico todo encantado”.

Dom Edmar Peron

Bispo da Diocese de Paranaguá

“A Igreja Assembleia de Deus de Paranaguá parabeniza a nossa cidade pelos seus 373 anos! Continuaremos contribuindo para o desenvolvimento social, espiritual como Igreja; orando, auxiliando, orientando e ajudando as  autoridades de nossa cidade, juntos cumprindo o IDE DE JESUS! Parabéns,  Paranaguá,  pelos seus 373 anos de vida!”

Pastor Reginaldo dos Santos Alves

Presidente da Assembleia de Deus de Paranaguá

“Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso, parabenizamos a cidade de Paranaguá pelos seus 373 anos. Desejando sucesso aos gestores municipais e à comunidade, e que Deus abençoe e ilumine a cidade, que tenhamos paz e prosperidade”.

Sheik Ibrahim El Shazly

Sociedade Beneficente Árabe Muçulmana de Paranaguá

“No dia 29 de julho nossa Paranaguá completa 373 anos. Tenho orgulho de pertencer a esta cidade de incontáveis belezas naturais e muitas histórias com seus belos casarios. Feliz Aniversário, Cidade-Mãe do Paraná, meu berço amado”.

Vandecy Dutra

Vereadora de Paranaguá

“Neste dia especial, desejo um feliz aniversário a nossa querida cidade, Paranaguá, lugar de pessoas batalhadoras, solidárias, que abraçam e se envolvem na construção de um futuro melhor. Cidade acolhedora, lugar onde construí minha família e conquistei grandes amigos. Orgulho-me em fazer parte desta terra. Feliz 373 anos, Paranaguá, cidade da esperança”.

Therbio Castro da Silva

Presidente da Sociedade de Assistência aos Necessitados – Abrigo dos Idosos de Paranaguá

“Em nome da empresa PASA e colaboradores, parabenizamos a Cidade-Mãe do Paraná pelos seus 373 anos de crescimento cultural, econômico e por suas ricas belezas naturais. Para nós, é uma honra fazer parte dessa história, tendo como compromisso o desenvolvimento socioambiental da nossa cidade! Parabéns, Paranaguá”.

Persio Souza de Assis

Diretor da PASA - Paraná Operações Portuárias SA

PATROCINADORES

REALIZAÇÃO

Essa é uma produção autoral on-line da

Folha do Litoral News.

Paranaguá, 29 de Julho de 2021.

Diretor Empresarial: Antonio Saad Gebran Sobrinho
Diretor Administrativo: Luiz Carlos Alves Bonzatto
Textos: Alex Vizine, Hedran Yaros Gebran e Leonardo Quintana Bernardi.
Edição, Revisão e Coordenação de Conteúdo Jornalístico on-line e impresso: Aline Benvenutti
Diagramação Jornal Impresso: Cleverson Lucas
Arte e Desenvolvimento On-line: Gediel Mendes
Foto de Capa: Folha do Litoral News, Vinicius Araujo e Iroze Picanço.
Fotos Colaboração: Cláudio Neves/Portos do Paraná; Iroze Picanço; AEN; Prefeitura de Paranaguá, Vinicius Araujo, Lar Perseverança, UFPR e entrevistados.

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