A diversificação de cargas conteinerizadas se mantém nas importações de janeiro
A movimentação de contêineres pelo Porto de Paranaguá aumentou 29% em janeiro deste ano, na comparação com o primeiro mês de 2019. De acordo com a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), os 84.601 TEUs (unidade de medida equivalente a 20 pés) movimentados em 31 dias é um recorde histórico. Além da marca alcançada, também chama a atenção a diversidade das cargas movimentadas nos contentores.
Nas exportações, o produto mais movimentado pelo Porto de Paranaguá em contêineres é a carne de frango congelada. Em janeiro deste ano o volume somou 134.142 toneladas exportadas do produto, 11% a mais que o registrado em janeiro de 2019 – 120.733 toneladas.
Na sequência, estão madeira (quase 51 mil toneladas), papel (31 mil toneladas), celulose (28,7 mil toneladas) e carne bovina congelada (quase 21 mil toneladas).
Alguns produtos tradicionais entre os granéis sólidos de exportação dos Portos do Paraná também têm sido destinados a outros países em maior quantidade em contêineres. Somente em janeiro, o volume de milho ultrapassou 8,1 mil toneladas exportadas, 250% a mais que o registrado em janeiro de 2019 (pouco mais de 2,3 mil).
O volume de farelo de soja exportado em contêineres em janeiro de 2020 cresceu 207%, somando 736 toneladas, contra as 240 toneladas no primeiro mês do ano anterior. De açúcar, foram 6,2 mil toneladas conteinerizadas, 3% a mais que as 6 mil toneladas no mesmo período de 2019.
Curiosidade
Mesmo que em menor volume, produtos pouco comuns também aparecem entre os que enchem os contêineres de exportação do Porto de Paranaguá. De acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), o produto exportado por contêineres considerado nas estatísticas da empresa Portos do Paraná como “animais vivos” foi o sêmen de bovinos, designado pelo código 05111000 entre os produtos do Reino Animal.
84.601 TEUs (unidade de medida equivalente a 20 pés) movimentados em 31 dias é um recorde histórico, afirma TCP (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)
Em janeiro deste ano, cerca de 2 mil toneladas desse material genético foram exportadas em contêineres, um aumento de 20% em relação ao mesmo mês em 2019 (1.675 toneladas). O produto ocupou 86 contêineres, 27 a mais que no ano anterior.
Segundo órgãos especializados, o mercado brasileiro da genética bovina é forte e segue em expansão nos últimos anos. “O Brasil é referência na questão genética, tanto nesse mercado, quanto em inseminação, fertilização in vitro. Existem profissionais bem renomados, reconhecidos internacionalmente. São muitas raças que se destacam nesse mercado de exportação, inclusive do gado leiteiro”, afirma o médico veterinário do Departamento de Economia Rural do Estado (Deral), Fábio Mezzadri.
O veterinário explica que o sêmen e embriões são transportados nos contêineres em botijões criogênicos, com nitrogênio líquido que resfria o material genético a -196°C.
Outros Produtos
Na lista de produtos exportados pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá também está o algodão, totalizando em torno de 4,3 mil toneladas em fardos e fios, volume 2.729% superior ao de janeiro de 2019, com apenas 154 toneladas. Confira os demais produtos.
Os produtos exportados em contêineres por Paranaguá totalizaram 354.706 toneladas em janeiro deste ano, 7% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (330.795 toneladas).
A diversificação de cargas conteinerizadas se mantém nas importações de janeiro. Os principais produtos foram fertilizantes (41,45 mil toneladas), plásticos (24,5 mil), produtos químicos orgânicos (22,6 mil), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,3 mil) e produtos siderúrgicos (14,4 mil toneladas).
Fonte: AENPR