As crianças atendidas pela Associação Casa Missionária (ACM), na Vila Santa Maria, estão aprendendo a se comunicar pela Língua Brasileira de Sinais (Libras). As aulas iniciaram em março e, apesar do pouco tempo, as crianças já estão em estágio avançado nos estudos.
A língua é o principal meio de comunicação entre os surdos, e também os ouvintes, como é o caso da ACM, que não possui crianças surdas.
“Nossa intenção é que elas aprendam para expandir as formas de comunicação. Pois elas podem encontrar algum colega surdo na sala ou no bairro ou futuramente quando crescer”, explica a diretora da Associação, Monica Monteiro.
Ela ressalta ainda que a iniciativa de ensinar Libras para as crianças serve também para o enriquecimento do currículo.
“As crianças estão muito empolgadas com as aulas. Aquelas que eram tímidas estão mais soltas porque é uma forma de comunicação interativa, elas precisam mostrar para o outro colega se realmente aprenderam. Todas estão mais soltas e comunicativas”, contou.
A ideia da aplicação do curso foi da própria ACM que fez o convite à pedagoga Alze Lopes, a qual é formada em Libras. A professora conta que não poderia imaginar que as crianças fossem aprender tão rápido.
A pedagoga passou a ser voluntária e se identificou com as atividades realizadas pela associação, passando a participar ativamente das ações sociais.
“Saber Libras faz a diferença na vida da pessoa que é surda, como também das demais que precisam de alguém que saiba interpretar. É essa oportunidade que nós estamos oferecendo”, explica a professora.
Ela também ressalta que ter conhecimento de Libras é fundamental no setor pedagógico, pois as instituições educacionais têm por obrigação serem locais de inclusão e integração, sem excluir nenhum aluno por conta de alguma diferença. Portanto, é muito importante que os profissionais da área de Pedagogia saibam Libras.
