A pandemia não prejudicou as operações nos Portos do Paraná, e o cuidado com o meio ambiente continua. Todos os programas que envolvem as licenças para o funcionamento dos portos de Paranaguá e Antonina foram mantidos e, nas últimas semanas, a empresa pública promoveu uma série de ações de cuidado com a vida marinha.
“O trabalho é intenso e estamos na 27.ª campanha voltada para a biota aquática. São atividades periódicas e regulares com monitoramento de organismos que vivem no complexo estuarino de Paranaguá, análise de sedimentos, qualidade da água, além de coletas nos manguezais e identificação de aves, botos e tartarugas”, diz o diretor de Meio Ambiente, João Paulo Ribeiro Santana.
Em agosto, foram feitas 80 coletas de plânctons, em 16 pontos das baías de Paranaguá e Antonina. As equipes fizeram mais de 30 horas de atividade, que incluem também a análise das espécies que vivem em costões rochosos, trapiches e estruturas artificiais.
Outras 100 horas de atividades foram destinadas à coleta e análise de organismos que vivem associados ao sedimento do fundo do mar. Foram retiradas 48 amostras, em 16 pontos da área de abrangência dos portos paranaenses.
Nesta atividade, é usado um arrasto duplo para capturar diversos tipos de peixes e fauna. Os peixes cartilaginosos, raias e outros animais, capturados, são fotografados, medidos e soltos. A malha amostral têm nove pontos, sendo três em mar aberto.
MANGUE
Os manguezais de Amparo, Imbocuí e Oceania são monitorados com frequência. As coletas ocorrem trimestralmente e, em cada ponto, é feita a coleta manual dos indivíduos presentes no sedimento, em um espaço delimitado de 1m². Também são feitos censos de tocas de caranguejo e coletadas espécies presentes nas árvores, troncos e raízes.
Navegando de leste a oeste nas baías, os biólogos contratados pela Portos do Paraná também monitoram botos e tartarugas. Em mar aberto e na área interna da Baía de Paranaguá, os indivíduos são contabilizados e registrados, sendo possível até sua identificação. Até o momento, foram observadas duas espécies: Sotalia guianensis (boto-cinza) e Chelonia mydas (tartaruga-verde).
No céu, os profissionais identificam aves, por meio de contatos visuais e auditivos, com o auxílio de binóculos e máquina fotográfica digital. O trajeto pelo mar envolve um percurso de 50 quilômetros entre Paranaguá e Antonina, em velocidade constante, onde os pássaros são identificados e contados.
Fonte: AEN