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Comunidade libanesa em Paranaguá lamenta tragédia em Beirute

Presidente da Sociedade Beneficente Árabe Muçulmana de Paranaguá, Gassan Sabra Bhay, externa que o sentimento de solidariedade é único de toda sociedade

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A explosão do armazém de artefatos ocorrida na área portuária em Beirute, capital do Líbano, na terça-feira, 4, contabiliza 135 mortos e 5 mil feridos. O desastre chocou o mundo e deixou toda a comunidade libanesa em Paranaguá apreensiva e preocupada, pois muitos imigrantes e descendentes possuem familiares que ainda moram na região.

Segundo informações de autoridades libanesas, mais da metade da cidade de Beirute está destruída ou danificada. Estima-se que são 300 mil desabrigados. 

O presidente da Sociedade Beneficente Árabe Muçulmana de Paranaguá (SBAMP), Gassan Sabra Bhay, enfatiza que a notícia repercutiu com apreensão entre os libaneses em Paranaguá.

“Temos amigos e familiares no Líbano, mas que trabalham em Beirute, são poucos. Mas como o fato ocorreu no final de tarde, eles não estavam mais na capital, estavam retornando a suas residências. Alguns estavam na estrada e relatam que o vácuo da explosão foi tão grande que a mais de 80 quilômetros de distância eles sentiram o veículo deslizando na pista. Isso foi relatado por primos que estavam lá no dia. Também conversei com uma pessoa que estava longe do fato, a qual me relatou que sentiu o seu prédio balançar, mas graças a Deus não aconteceu nada, apenas o susto. Mas com a explosão, muitos relembraram as guerras que aconteceram no Líbano, 1975, 1985, a mais recente em 2006 que foi uma tragédia em todo o Líbano, e por mais que saibamos que foi uma negligência de manipulação de produtos químicos, aflora na mente dos libaneses a guerra. Fica aquele aspecto de guerra na cabeça”, enfatiza Bhay, informando que a comunicação com o Líbano está normal, telefone e Internet, estando conseguindo falar com familiares e amigos.  

O parnanguara Kassem El Tassi, morador há 12 anos em Kerbat Rouha, no Vale do Bekka, no Líbano, conversou via telefone na tarde de quinta-feira, com a reportagem da Folha do Litoral News e falou que a situação é de dor e sofrimento em Beirute. “Há ainda muito escombros e estão procurando as pessoas. É uma situação muito triste. A movimentação é grande ainda lá”, lamenta Tassi.

O presidente da SBAMP externa que o sentimento de solidariedade é único de toda sociedade. “A nossa solidariedade a todo o povo libanês, moradores e habitantes de Beirute, e a toda comunidade libanesa no Brasil e no mundo. Pela tragédia ocorrida, que foi muito forte e que o mundo inteiro está repercutindo, quero externar e estender a tristeza e expressar a minha solidariedade a todo o povo libanês. Em especial a todas as famílias e vítimas deste acidente tão trágico. A solidariedade da sociedade, da diretoria e do povo libanês aqui de Paranaguá e de todo o Brasil”, finaliza Bhay.  

Em Paranaguá

De acordo com dados da Sociedade Beneficente Muçulmana de Paranaguá, existem aproximadamente 147 famílias de libaneses radicadas no município, algo em torno de 500 a 550 pessoas atualmente. Os primeiros imigrantes chegaram a Paranaguá em 1887. Hoje, Paranaguá está entre as cinco cidades com as maiores concentrações de libaneses no Paraná. 

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