Economia

Prêmio de melhor cooperativa do Brasil é da Coamo

Coamo foi premiada na noite da última segunda-feira, 30, em São Paulo.

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Destaque em gestão, responsabilidade social, sustentabilidade financeira e governança corporativa, entre as cooperativas. Esta é a performance da Coamo Agroindustrial Cooperativa, premiada na noite da última segunda-feira, 30, em São Paulo, como A Melhor Cooperativa Agrícola do Brasil.

O engenheiro agrônomo, idealizador e presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini subiu ao palco para receber a honraria, no evento "As Melhores da Dinheiro", que é uma promoção da Revista IstoÉ Dinheiro, da Editora Três, e apresenta ranking que avalia os indicadores financeiros e utiliza os dados de governança corporativa, responsabilidade social e ambiental, inovação, qualidade, recursos humanos e integração da cadeia produtiva para selecionar as empresas e cooperativas vencedoras.

 

História da Coamo

O engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini conduziu os primeiros experimentos de trigo na região de Campo Mourão no período de abril a setembro de 1969 com pesquisa de competição de variedades, adubação, calagem e época de plantio.

Depois foi a vez da soja. Os agricultores, então, passaram a ter uma outra preocupação: afinal, para quem vender a produção? Foi assim que começou a ganhar força a ideia de se montar uma cooperativa de produtores rurais. Tarefa difícil. A região contava com terras impróprias para a exploração devido à acidez do solo e os agricultores desconheciam a tecnologia agrícola. Tratores, por exemplo, só existiam cinco na região.

Pelos campos, apenas algumas lavouras manuais de arroz, milho e algodão. Não por menos, a região era conhecida como terra dos "três S" – sapé, samambaia e saúva.  O ciclo da madeira estava chegando ao fim na região de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, quando o engenheiro agrônomo recém-formado, José Aroldo Gallassini, chegou ao município. Era maio de 1968. Ele era funcionário da extinta Acarpa (hoje Emater) e foi enviado a Campo Mourão com a missão de levantar a realidade rural da região.

 

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Fioravante João Ferri, um madeireiro que tinha conhecimento de uma cooperativa de madeiras no Rio Grande do Sul, foi escolhido como presidente da Coamo devido ao prestígio na comunidade e intocável idoneidade. Ele aceitou o desafio, com a condição de que Gallassini fosse o seu gerente geral.

Como funcionário da Acarpa, Gallassini sabia que a formação de uma cooperativa era fundamental para o desenvolvimento da agricultura regional. Foram identificadas as lideranças do setor e iniciou-se uma série de reuniões e encontros para debater o assunto.

E assim, em 28 de novembro de 1970, nasceu a Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda, cuja sigla COAMO foi sugerida pelo cooperado e posteriormente vice-presidente, Gelindo Stefanuto.

A cooperativa nasceu com 79 agricultores associados que subscreveram a ata de fundação e um capital social de Cr$ 37.540,00. A primeira sede foi um escritório com 50 m2. Com a Coamo, veio o crescimento da produção de trigo na região, o que obrigou a cooperativa a alugar armazéns para receber a produção.

Em 1971, já haviam sobras do exercício, o que se tornou uma tradição na cooperativa, e, no ano seguinte, saiu o primeiro armazém próprio. Em 1974, foi aprovada a construção dos primeiros entrepostos, em Engenheiro Beltrão e Mamborê. No final do ano de 1974, o presidente Fioravante João Ferri faleceu e o vice-presidente Gelindo Stefanuto administrou a cooperativa até o término do mandato.

Em janeiro de 1975 por meio de Assembleia Geral os cooperados elegeram o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini presidente da Coamo que iniciava o seu primeiro mandato a frente da administração da Coamo. Era o reconhecimento pelo trabalho do engenheiro agrônomo desde as reuniões que deram origem à cooperativa até os quatro anos em que ele atuou como gerente geral da Coamo.

 

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Expoente do movimento cooperativista paranaense e brasileiro, o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini plantou em Campo Mourão a semente do cooperativismo, que vem sendo exemplo para todo o país.

Entusiasta pelo movimento, o idealizador e presidente da Coamo acredita que está no cooperativismo a solução para os problemas e também para o desenvolvimento da agricultura, motivados pela organização, união e participação dos cooperados.

Para Gallassini, a cooperativa é um importante agente de desenvolvimento por meio de compromisso com os cooperados, disponibilizando relevantes benefícios como assistência técnica para difusão de pesquisa e tecnologia, aumento da produtividade, diversificação e renda da propriedade, além de colaborar decisivamente para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente produtivo.

Em 1975, a Coamo instalou a sua Fazenda Experimental, a loja de peças e implantou o seu moinho de trigo – primeira indústria na história da Coamo. Porém, foi a partir dos anos 80 que o setor agroindustrial registrou grande impulso com o surgimento de outras indústrias, como as de óleo de soja e fiação de algodão. Em 2000, foi inaugurada a fábrica de margarina.

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Com o passar dos anos, a Coamo e seus cooperados cresceram e se desenvolveram. Entrepostos foram sendo criados em diversos municípios. Hoje, eles existem em 63 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Após mais de quatro décadas da sua fundação, os volumes de recebimento da Coamo vêm aumentando ano após ano, perfazendo cerca de 3,5% de toda a produção nacional de grãos e fibras e 17% da safra paranaense. A Coamo nasceu de ideias e ideais.

Nasceu do sonho de 79 agricultores, na busca de uma vida melhor para suas famílias e, hoje, é a realidade de milhares de pessoas que acreditam no cooperativismo e na força do trabalho em conjunto. No Brasil e na América Latina, a Coamo é a maior cooperativa agrícola e uma das maiores empresas do país.

 

UNIDADES

A Coamo conta com 114 unidades, compreendendo indústrias, entrepostos e áreas de apoio, foram modernizadas e ampliadas. São realizados investimos constantes na instalação de novas unidades e indústrias, frota de veículos leves e pesados, tratores, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, sistemas administrativos, terrenos, dentre outros.

O total dos investimentos em 2017 foi de R$ 391,77 milhões. A cooperativa recebe  produção dos seus associados em 111 unidades de recebimento de produtos, localizadas estrategicamente de forma a estar o mais próximo possível das suas propriedades.

Com esta estrutura em 2017 a cooperativa recebeu 7,66 milhões de toneladas de produtos, correspondente a 3,2% da produção brasileira de grãos. A  capacidade estática de armazenagem passou para 5,42 milhões de toneladas a granel e 983,26 mil toneladas de ensacados, totalizando 6,40 milhões, representando um crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior.

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Indústrias

O campo não é o único lugar onde se pode ver realizado o trabalho da Coamo e de seus mais de 28 mil cooperados. Nas prateleiras dos supermercados e como matéria-prima para diversos outros produtos, a produção dos associados ganha maior valor e, assim, chega diretamente às mesas dos consumidores brasileiros e de outros países.

O trabalho dos agricultores está impresso na força da marca Coamo. E esta, atrelada ao profissionalismo, competência e qualidade, em todos os elos da cadeia produtiva. São valores cultuados desde a fundação da cooperativa e que estão internalizados em cada uma das pessoas que estão ligadas direta e indiretamente com os negócios da Coamo.

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No campo, o trabalho dos cooperados se estende por cerca de 4 milhões de hectares de terras que produzem, anualmente, o recebimento e a comercialização de mais de 5,6 milhões de toneladas de grãos.

Assim, a cooperativa responde por 3,6% de toda a produção nacional de grãos e fibras e 16% da safra paranaense, atuando em 67 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.  E quando o assunto é o mercado externo, mais um motivo de orgulho: a Coamo exporta 11% do total de todas as cooperativas brasileiras.

As indústrias também têm especial importância para a Coamo porque além de agregarem valor à produção dos cooperados geram competitividade num mercado globalizado.

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O parque Industrial da Coamo é composto por duas indústrias de esmagamento de soja, cujas capacidades de produção somadas é de 5 mil toneladas/dia; uma refinaria de óleo de soja com capacidade de 660 toneladas/dia; uma fábrica de gordura hidrogenada com capacidade de 100 toneladas/dia; uma indústria de margarina com capacidade para 180 toneladas/dia; duas fiações de algodão com capacidade para 30 toneladas de fio/dia; uma torrefação e moagem de café com capacidade para 15 toneladas/dia e um moinho de trigo com capacidade para 200 toneladas/dia.

Todo esse complexo industrial transforma mais de 1,7 milhão de toneladas de produtos por ano, agregando valor à produção dos cooperados e criando empregos e divisas nas regiões em que atuam.

E deste parque industrial saem os produtos Coamo que, junto com as commodities agrícolas, são comercializados nos mercados interno e externo.

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ALIMENTOS COAMO 

Do seu parque industrial saem os Alimentos Coamo, por meio das marcas Coamo, Primê, Anniela e Sollus. Com a aplicação dos critérios de sustentabilidade pela Coamo e pelo cooperado, os Alimentos Coamo passam a ser originados de produtos com procedência conhecida e saudáveis.

Com isto, os Alimentos Coamo primam pela qualidade e sabor, além de obedecerem todas as boas práticas de produção, e com a soma desses fatores se destacam em vendas nas redes de atacados, supermercados e mercearias do Paraná e dos principais estados brasileiros. Os Alimentos produzidos são, para o varejo: Margarinas Coamo Família, Coamo Extra Cremosa e Coamo Light; Creme vegetal primê; Óleo de soja Coamo; Café Coamo torrado e moído, café Sollus torrado e moído, ambos em embalagens almofada e à vácuo; café Coamo Premium apenas torrado e torrado e moído à vácuo; Farinhas de trigo Coamo e Anniela; Gordura Vegetal Coamo.

E para a linha industrial, gorduras, farinhas e margarinas, além das commodities farelo e óleo degomado de soja. Os produtos Coamo são comercializados nos mercados interno e externo, com qualidade reconhecida, graças à observância  de rigorosos padrões de controle de produção, como os programas ISO 9000, BPF/APPCC, sistemas certificados internacionalmente para segurança alimentar.

O firme propósito de consolidar cada vez mais os compromissos com a comunidade, seja ela interna ou externa, tem levado a Coamo a um caminho cada vez mais sólido de construir uma cooperativa ajustada e capaz de enfrentar todos os desafios dos novos tempos.

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COOPERATIVISMO

Para a COAMO, mais que um modelo de negócios, o cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. Um caminho que mostra que é possível unir desenvolvimento econômico e desenvolvimento social, produtividade e sustentabilidade, o individual e o coletivo. Tudo começa quando pessoas se juntam em torno de um mesmo objetivo, em uma organização onde todos são donos do próprio negócio. E continua com um ciclo que traz ganhos para as pessoas, para o país e para o planeta.

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Fonte: COAMO

 

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