Um modelo estatístico adaptado da literatura internacional e alimentado por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) baseado na taxa da transmissibilidade da Covid-19 indica que o Sul e o Centro-Oeste são os novos focos da disseminação da doença no Brasil. Isso porque, nessas regiões, o contágio está se alastrando de uma pessoa doente para novos contaminados de forma mais rápida. No Sul, uma pessoa com a doença está transmitindo a doença para uma média de outras 1,23. No Centro-Oeste, o indicador é ainda maior: cada indivíduo doente contamina outros 1,35. Os dados estão sendo atualizados sistematicamente por uma equipe do Laboratório de Estatística e Geoinformação, em parceria com o Serviço de Epidemiologia do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR. Segundo o professor Wagner Bonat, que está à frente dos estudos, a investigação da taxa de transmissibilidade baseada nos óbitos é mais confiável do que a que se baseia nos casos notificados. Basicamente, quando o indicador é maior do que um, significa que o número absoluto de infectados aumentará exponencialmente. A proposta é que a ferramenta sirva para o desenvolvimento de novas pesquisas. Uma delas é justamente pensar em como a mobilidade e o isolamento social interferiram nos indicadores.
Com informações da Assessoria de Imprensa da UFPR