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Ciência e Saúde

“Fumacê” continuará passando por alguns bairros de Paranaguá

Inseticida é aplicado nas regiões com maior infestação do mosquito

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Desde o dia 20 de maio, uma estratégia começou a ser adotada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá para o combate à dengue. O “fumacê” voltou a circular em algumas regiões da cidade para ajudar a diminuir a proliferação do mosquito transmissor da doença. O último boletim da Sesa, que monitora os casos no Paraná, indica que Paranaguá está em situação de epidemia, com o registro de 980 casos.

Os dados são relacionados ao período epidemiológico de julho de 2019 até 2 de junho de 2020. O biólogo e agente de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Allan Divardin, explicou que foram disponibilizadas para o município duas camionetes para aplicação do “fumacê”.

“Como a equipe do Estado que aplica o “fumacê” está reduzida devido à Covid-19 e estão trabalhando concomitantemente em outras cidades no norte do Estado, foram disponibilizadas para Paranaguá apenas duas camionetes, com isso não foi possível realizar a aplicação em todos os bairros, pois o protocolo determina que seja concluído o ciclo de aplicação em até cinco dias”, disse Divardin.

Foto: Arquivo/Sesa

Sendo assim, a Sesa determinou os bairros nos quais o índice de notificações e de infestação do mosquito é maior e cinco regiões foram definidas para receber o inseticida. A primeira é composta pelo Jardim Iguaçu, Jardim Figueira, Vila Marinho, Santa Helena, Emboguaçu, Vila do Povo e Vila Primavera; a segunda por Costeira, Oceania, Centro Histórico, João Gualberto, Campo Grande, Tuiuti, Ponta do Caju, Palmital, Raia, Bockmann e Jardim Alvorada; a terceira pelos bairros Eldorado, Correa Velho, Vila Horizonte, São Vicente, Vila Itiberê, Estradinha, Santos Dumont e Jardim Guaraituba; o quarto pelos bairros Vila Guarani, Serraria do Rocha, Jardim Araçá, Vila Cruzeiro e Porto dos Padres; e o quinto a Ilha dos Valadares.

Segundo o biólogo da prefeitura, foi realizado um estudo através de armadilhas em vários pontos da cidade para verificar o índice de infestação do mosquito antes da aplicação do “fumacê”.

“Outro estudo será realizado com as armadilhas após o término das aplicações para que possamos avaliar, já que o veneno aplicado mudou, agora é o Cielo e precisamos verificar a eficiência das aplicações. Mas, até o momento observamos que o número de notificações tem diminuído”, destacou Divardin.

A ação do “fumacê” continua nas próximas semanas. No entanto, a equipe depende das condições climáticas, pois não pode estar chovendo nem com ventos fortes para que o veneno alcance a maior área de aplicação.

Horário

As camionetes do “fumacê” podem passar das 17h às 20h e das 5h30 às 9h, todos os dias, inclusive nos fins de semana. “O horário de aplicação é aquele em que o mosquito está mais ativo, no começo da manhã e no final da tarde, o mosquito tem hábitos crepuscular e oportunista, se escondendo dentro das residências. Por isso, é importante deixar as janelas abertas para que o veneno possa alcançar os mosquitos que estão dentro das casas, o ideal é retirar a água dos animais de estimação neste momento e cobrir gaiolas de pássaros para evitar qualquer problema”, orientou o biólogo.

Embora o inseticida já tenha começado a surtir efeito, o combate ainda precisa da parceria da população. “A aplicação do ‘fumacê’ atinge apenas os mosquitos na fase adulta, o mais importante é a eliminação dos criadouros. É importante que a população faça sua parte, não deixe água acumulada em seus quintais, pois o ciclo do mosquito é muito rápido, em menos de uma semana ele se desenvolve. Dentro das residências também é importante se lembrar de verificar a parte de trás da geladeira, os ralos e as calhas”, concluiu Divardin.

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