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Cultura

Pokémon GO é a mais nova febre mundial

Jogo que utiliza realidade aumentada já é considerado o melhor do ano

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Misturar o mundo real com o virtual é o grande trunfo do jogo Pokémon GO e é o que tem levado milhares de usuários em todo o mundo a largarem o que estão fazendo para capturar “monstrinhos”. A principal diferença deste jogo para outros disponíveis para o sistema Android e iOS é a capacidade de tirar as pessoas de casa e não mantê-las aprisionadas ao sofá.

O Pokémon GO tem mudado a forma com que as pessoas lidam com a tecnologia em todo o mundo. Aliás, alguns países ainda não têm o jogo disponível, como é o caso do Brasil, que ainda não recebeu o game. Apesar de não estar disponível no País, alguns indícios podem comprovar a sua chegada em breve. Um deles é que o Brasil foi incluído na lista de servidores da Niantic, que desenvolve o game, na última segunda-feira. Mas não se assuste caso já tenha visto alguém jogando por aqui. Alguns conseguiram um atalho para baixá-lo e já estão experimentando a febre mundial.

Quem instala o aplicativo no celular precisa habilitar o GPS, pois é através dele que é possível verificar onde estão os portais ou “monstrinhos” como são chamados. Isso quer dizer que se alguém estiver no Centro de Paranaguá e encontrar um deles no Aeroparque, por exemplo, precisará ir até lá para capturá-lo.

O aplicativo está disponível em mais de 20 países da Europa e da América do Norte e já causou situações problemáticas a alguns usuários. Um casal foi preso no Estado de Ohio, nos Estados Unidos, por invadir um zoológico com o objetivo de capturar Pokémons. Além disso, uma garota americana de 15 anos morreu ao tentar atravessar uma rodovia movimentada enquanto tentava capturar um dos bichinhos.

MUDANÇA NO COMPORTAMENTO

Para Otávio Luiz Vieira Pinto, que é historiador e trabalha em Leeds, cidade no norte da Inglaterra, local onde o jogo já está disponível, a novidade atraiu as pessoas pela possibilidade de interação com o mundo real. “Eu acompanhei a ideia do jogo desde que foi anunciada. No meu caso específico, foi porque eu gosto de Pokémon desde sempre, jogo desde a primeira geração. Então, para mim, foi pela marca mesmo. Quando finalmente consegui jogar, o que me chamou a atenção foi a possibilidade de interação com o mundo real: sentir que você está dentro do jogo”, destacou Otávio.

 


Otávio mora em Leeds, na Inglaterra, e afirma que as pessoas mudaram o comportamento em função do jogo
(Foto: Arquivo Pessoal)

 

Segundo ele, nos lugares onde a tecnologia já está disponível, as pessoas estão mudando o comportamento no dia a dia em função do jogo, alterando rotas, conhecendo mais a cidade e caminhando mais que o normal. “Eu mesmo tenho andado por volta de 3 a 4 km por dia exclusivamente pelo jogo. E eu dificilmente saía de casa”, afirmou Otávio.

Além disso, ele contou que tem conhecido lugares próximos e que explorou a cidade que mora em uma semana mais que nos últimos três anos. E não é só ele. “Eu reparo que muita gente tem feito o mesmo, porque eu encontro pessoas jogando a qualquer hora, o tempo todo. Um amigo comprou uma bicicleta por conta do jogo”, lembrou Otávio.

 

Foto de capa: Divulgação Pokémon GO

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