Estamos assistindo através da televisão capítulos de novelas criadas, algumas por autores consagrados na arte da ficção. Outras engendradas por cidadãos que se propõem defender os direitos de nós brasileiros, mas que na realidade buscam vantagens materiais, alheios às necessidades do nosso povo. Refiro-me, no primeiro caso às tramas elaboradas com o objetivo de estimularem a nossa imaginação. Nessas novelas, durante o decorrer dos capítulos predominam alguns dos pecados capitais como a inveja, o orgulho, a luxúria, a avareza. Os personagens se deixam envolver em situações, algumas escabrosas, outras amenas. Ao final dos capítulos o que predomina é o amor. Os maus são punidos, os bons são premiados com o direito de usufruírem de ligações amorosas a se perpetuarem. Quanto às novelas políticas transmitidas diariamente, com enredos encadeados por políticos destituídos, na maioria, de interesse em resolver os problemas vitais que hoje martirizam grande parte da população como carências na solução das questões sociais como a segurança, a saúde, a educação. Reunidos em assembléias, discutem, lançam ofensas mutuas e raramente demonstram capacidade para abrirem caminhos iluminados pelas idéias brotadas de sensatez compatível com as aspirações do nosso povo. Até quando teremos que aturar a presença de pessoas colocadas por nós com o objetivo de resolverem as questões cruciais focadas na vida da nossa população, mas que usam os postos para acumularem bens materiais que se multiplicam e se perpetuam ao longo do tempo? Talvez o futuro nos traga as respostas. A decisão final está nas nossas escolhas conscientes.
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