conecte-se conosco

Esportes

Projeto na Vila Garcia dá exemplo de que dinheiro não é tudo

Desde março, dezenas de meninos participam do Missão Grão de Mostarda

Publicado

em

Um dos principais problemas que Paranaguá tem enfrentado nos últimos anos é a crescente da violência em várias partes da cidade. Por isso, mais do que pedir por investimentos na área da segurança, se faz necessário a presença de projetos sociais esportivos nos bairros. Pelo menos esta é a constatação de pessoas que podem até serem desconhecidas da maior parte da sociedade parnanguara, mas que são amplamente reconhecidas como cidadãos que estão fazendo a diferença no bairro onde moram.

Um destes parnanguaras que estão buscando transformar, para melhor, o lugar onde vive é o morador da Vila Garcia, Gabriel Freitas. Em março deste ano, ele pediu a autorização de um proprietário de um terreno baldio para limpar o local e inserir traves de futebol. Após a afirmativa, Gabriel, a esposa e mais alguns meninos se juntaram em um mutirão e transformaram o espaço em um campo de futebol.

Tão logo a novidade de que um projeto social começaria a acontecer regularmente no bairro, dezenas de crianças decidiram participar. Atualmente, mesmo sem obter recursos públicos para o seu desenvolvimento, até porque o projeto não está documentalmente oficializado, ele possui cerca de 50 jovens, com idades entre 5 e 17 anos. “Denominamos o projeto como Missão Grão de Mostarda que, aos poucos, vai crescendo e dando seus frutos. Passados alguns meses da iniciativa ficamos satisfeitos, e agradecidos a Deus, pelo fato de que os pais dos meninos participantes nos relatam mudanças significativas no comportamento dos seus filhos. Ou seja, o trabalho feito com poucos recurso e o mínimo de estrutura está dando resultado”, comenta.

 

 

Gabriel Freitas, mesmo não sendo um estudado em projetos sociais, sabe que o esporte atrai as crianças e faz com que elas permaneçam em um ambiente saudável em meio a tanta situação de doença social, como é a presença dos crimes e das drogas na vida de muitos jovens e adultos no próprio bairro. “Clamo sim por mais projetos sociais nos bairros, onde as crianças possam estar presentes sem que seja preciso pegar um ônibus para chegar até o local ou que tenham que usar um calçado que, às vezes, seus pais não terão condição de comprar”, disse.

Além disso, vale lembrar que em cidades onde existiu o interesse do Poder Público em implantar projetos sócios esportivos em localidades onde há um grande número de crianças carentes, os índices da inserção de jovens cometendo crimes foi reduzido. “Se os homens que hoje comentem crimes tivessem participado de projetos sociais de alguma natureza, talvez não estivessem, hoje, no crime, pois um projeto social é um território da paz e seus participantes se sentem seguros, e isso é o mais importante”, declarou.

Por isso, na opinião de Freitas, em tempos de crescente da violência, a inserção de projetos sociais, não só de esportes, mas de cultura, vão ajudar a inibir a influência de meninas e meninos em situações negativa, com o é o caso do uso de drogas ou no cometimento de crimes. “Enfim,  uma política de inserção de projetos sociais funcionando regularmente nos bairros vai ser algo muito positivo para toda a sociedade”, finaliza Freitas.

Publicidade


Em alta