Número de resgates já passa de 316 em 11 dias no litoral

Tenente pede atenção dos banhistas para as bandeiras colocadas na areia

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As três mortes por afogamento no litoral em pouco mais de dez dias de temporada fazem com que os guardas-vidas presentes nas praias chamem a atenção da população a respeito dos perigos do mar. Desde que a temporada de verão foi oficialmente aberta, o número de resgates superou os 316 casos, média de quase 30 por dia. Por isso, em virtude do descuido, e também desrespeito de banhistas, os bombeiros que atuam na costa litorânea foram obrigados a fazer mais de sete mil advertências às pessoas que se colocam em situação de risco quando estão dentro da água.

Desta forma, e para evitar que novos óbitos sejam registrados, os guardas-vidas pedem a quem for à praia que visualize as bandeiras fincadas na areia e perceba o grau de risco oferecido ao banhista ao entrar no mar das praias paranaenses. “O ideal é que as pessoas entrem no mar dentro da área delimitada pelas bandeiras listradas em vermelho e amarelo, pois ali haverá sempre um guarda-vidas de prontidão para atuar em uma situação de afogamento”, explicou Virgínia Turra, tenente do Corpo de Bombeiros.

As bandeiras têm uma distância média de 200 metros e fazem com que o guarda-vidas possa dar uma resposta em tempo hábil em situações de emergência. “Se a população colaborar, certamente não teremos casos críticos de afogamento no litoral, mas o problema é que a imprudência acaba quase sempre acontecendo”, lamentou a tenente. Entre as situações que prejudicam o socorro imediato está a presença de banhistas nas áreas de entreposto de guarda-vidas. Tais regiões são identificadas por bandeiras na cor preta. “Nestas localidades há a presença dos chamados rondantes, que são guardas-vidas que fazem rotineiramente a ronda pela faixa de areia, mas, pode ser que aconteça de um problema surgir no instante exato em que não haja um rondante nas proximidades”, lembra.

 

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A oficial destacou ainda a atenção dos veranistas para a bandeira dupla na cor vermelha, a qual informa que a área está interditada por algum motivo como, por exemplo, quando há a iminência de tempestades com raios. “Nestes casos, a recomendação é para que todos saiam da praia imediatamente de modo que não haja o risco de um raio atingir a pessoa ou a tempestade, que vem sempre acompanhada de fortes ventos, provocar o desprendimento de algum material ou objeto que atinja quem está na areia”, avisa.

 

RAIO ATINGE BANHISTA

No último fim de semana, no litoral paulista, uma mulher foi atingida por um raio quando caminhava na areia da praia de Itanhaém. O ocorrido, no entanto, segundo a tenente Turra, não é algo incomum. “As pessoas não devem brincar com a situação, mas sim procurar um abrigo que pode ser uma residência ou o próprio carro, o qual não pode estar com as janelas abertas nem estacionado em locais próximos a árvores ou algo que possa cair sobre o veículo”, complementa. Sobre a mulher que sofreu a descarga elétrica, ela segue internada em estado crítico.

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