População relata prejuízos provocados pelas tempestades de verão

Muitos moradores ainda aguardam ajuda para recuperar parte de suas casas

A tempestade com ventos de até 99km/h que atingiu Paranaguá na última semana do ano causou diversos prejuízos para a população. Principalmente, para moradores em bairros como Jardim Iguaçu, Vila Santa Maria e Vila Marinho. Naquela semana, foram mais de 200 chamados realizados para o Corpo de Bombeiros em uma noite, com relatos de telhas quebradas e árvores caídas.

Dias após o susto, algumas famílias ainda estão improvisando uma maneira de evitar que outras chuvas e ventos fortes causem ainda mais danos.

 

PREJUÍZOS

A dona de casa Márcia Cristina Vieira Rocha Curvelo, moradora no Jardim Iguaçu, estava no ponto de ônibus próximo a sua casa quando percebeu o começo da tempestade. “Quando coloquei os pés dentro de casa veio um vento muito forte dos dois lados e parece que entrou um redemoinho. O vento foi jogando as telhas, guarda-roupa, fogão e tudo mais que tinha em casa”, relatou. A mãe de cinco filhos disse que o momento foi de desespero. “Perdi tudo, cama e sofá”, afirmou Márcia.

A moradora reside há sete anos no mesmo local e nunca tinha visto uma situação semelhante. Márcia contou que a Defesa Civil tentou ajudar os que moram na região por meio da doação de lonas para cobrir as casas. “Ganhamos algumas telhas, mas não tenho condições de pregar porque as ripas estão podres”, declarou.

 

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Em busca de ajuda, Márcia relatou que a presidente do bairro chegou a pedir ajuda em lojas de materiais de construção na cidade. “Infelizmente, não tivemos ajuda. Agora está chovendo dentro de casa, porque as telhas estão todas quebradas”, disse. Os interessados em ajudar a família de Márcia, podem entrar em contato pelo telefone (41) 98406-8944.

A casa de Vera Correa, moradora no Jardim Iguaçu, também sofreu com a força do vento. Quando a tempestade começou, ela estava dentro da residência com a filha. “Tinha acabado de chegar e começaram a voar todas as telhas, fiquei com medo porque estava sozinha com a minha filha”, assegurou.

Segundo ela, se houver um novo temporal, a família corre o risco novamente de perder outra parte da casa. “A única coisa que deram para a gente foi lona, assim que o tempo fecha, já fico com medo de novo”, revelou Vera.

 

CHUVAS DE FIM DE TARDE

As tempestades de verão nos fins de tarde em Paranaguá continuam sendo previstas, conforme o Instituto de meteorologia Simepar.

No fim da tarde de quarta-feira, 4, uma das residências situadas no bairro Jardim Eldorado foi atingida por três árvores, que danificaram a estrutura de iluminação  da casa. O proprietário do imóvel, Sidnei Lopes, esperou das 19 horas de quarta-feira até às 14 horas de quinta-feira para que as árvores fossem retiradas de sua residência; e relata os momentos de transtorno. “Ligamos para os bombeiros na mesma hora e eles nos orientaram para que ninguém ficasse dentro de casa. Mas não tivemos uma providência rápida. Ou seja, passamos a noite fora de casa, sendo que uma das milhas filhas está grávida”, ressalta. O morador também pede para que haja agilidade em casos como este, em que não apenas sua residência, mas a vida de sua família esteve em risco por mais de 19 horas.

 

QUEDA DE ÁRVORES

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, se o morador observar que uma árvore, em local público ou privado, precisa de intervenção, deve fazer uma solicitação através de um protocolo geral da prefeitura, que pode ser encontrado na própria secretaria ou na prefeitura. A partir daí, uma equipe faz a vistoria e analisa qual procedimento deve ser realizado.

Os proprietários das residências precisam pedir uma solicitação da Secretaria de Meio Ambiente quando houver a necessidade de poda de galhos mais grossos.

No caso de queda de árvores, de acordo com a secretaria, a população deve procurar pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Copel ou prefeitura, dependendo da situação. A secretaria afirmou que, de qualquer forma, um órgão irá acionar o outro para solucionar o problema. No caso de comprometimento da rede elétrica deve ser acionada, primeiramente, a Copel, para que os profissionais e moradores não corram riscos ao fazer a retirada. A prioridade de atendimento é para árvores em locais públicos, já que, muitas vezes, é preciso liberar as vias. O telefone para contato da Secretaria de Meio Ambiente é (41) 3420-2967.

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