Paranaguá apresenta casos de leptospirose em cães

Muitos tutores já perderam cães devido à leptospirose sem ao menos saber o que aconteceu com seu animal. O veterinário Ricardo Lohse da Silva explicou que a Leptospirose é uma zoonose, ou seja, os seres humanos podem contrair essa enfermidade. “É causada pela bactéria Leptospira e seus vários sorovares. Sendo altamente contagiosa e transmitida pela urina de roedores, cães e animais silvestres”, explicou. “Sua maior incidência é observada no período do ano em que as chuvas são mais frequentes, pois a bactéria sobrevive na água parada de acordo com as condições do tempo e ambientais”, acrescentou o profissional.

O veterinário ressaltou que Paranaguá é propícia a apresentar mais casos de Leptospirose em cães. “Os fatores principais são o fato de ser cidade portuária fazendo com que haja maior quantidade de roedores, altos índices pluviais, temperatura e falta de saneamento básico”, pontuou.

Silva destacou que há prevenção e que os tutores podem tomar algumas medidas para evitar que o cão seja contaminado. “A doença pode ser prevenida pela vacinação em cães, sendo esta vacina aplicada pelo médico veterinário anualmente. Outros fatores como a limpeza adequada do ambiente em que o animal vive, assim como a higienização correta dos comedouros e bebedouros, além de recipientes adequados para se armazenar a ração dos animais são de grande importância para que a doença seja evitada”, orientou.

 

SINAIS

É importante que o tutor do animal fique atento aos sinais da doença no animal. “Os principais sinais clínicos que o cão infectado poderá apresentar são febre, dor abdominal, decúbito lateral, desidratação, incômodo nos membros posteriores, mucosas amareladas e regiões de necrose em língua, abdômen em casos mais avançados. Poderão surgir outros sinais clínicos, de acordo com o avanço da doença”, destacou. O veterinário informou, ainda, que os sinais clínicos geralmente apresentam-se de 2 a 10 dias após a infeção, porém pode demorar até 30 dias para a manifestação. “Os cães infectados com a bactéria Leptospira podem morrer. Dependendo da infecção, organismo e condições, ocorre uma sobrecarga nos rins do animal, fazendo com que a produção de anticorpos para combater a bactéria seja reduzida”, alertou Silva, destacando que nessa redução a bactéria facilmente pode percorrer vários órgãos e tecidos do animal, levando ao óbito rapidamente.

 

Veterinário Ricardo: “Dependendo da infecção, organismo e condições, ocorre uma
sobrecarga nos rins do animal, fazendo com que a produção de anticorpos seja reduzida”

 

Ele disse, ainda, que a transmissão da Leptospirose do cão para seres humanos é uma condição rara. Tudo irá depender do sorotipo que o animal está contaminado. “Os tutores devem estar conscientes de que a vacinação anual é de suma importância para a saúde dos pets e da população em geral”, avisou.