Briga de caminhoneiros acaba em morte

Um motorista de caminhão morreu esfaqueado, durante uma briga no pátio de uma empresa na Avenida Coronel Santa Rita, Vila Alboit, em Paranaguá. Jorge Antonio Stecanelli, de 36 anos, morador em Cruzeiro do Sul, chegou a ser socorrido por uma equipe do Samu, mas não resistiu aos ferimentos, entrando em óbito no local.

O autor do crime, Gerson Fernandes da Costa, de 42 anos, morador em Goiânia, Goiás, foi localizado pela Polícia Militar em seu caminhão instantes depois e confessou ter matado o outro caminhoneiro, alegando que teria sido agredido por ele.

Conforme a ocorrência, por volta das 21h40, uma equipe da PM se deslocou em atendimento a uma situação envolvendo dois caminhoneiros que aguardavam para descarregar os veículos e um deles teria desferido dois golpes de faca no outro.

No local, foi constatado o fato e acionado o Samu, mas a vítima veio a óbito ainda no local. Testemunhas indicaram onde se encontrava o autor do crime, que teria ido para seu caminhão logo após a agressão. Com o apoio de outra equipe, os militares foram até o veículo informado e abordaram Gerson, o qual abriu a porta do caminhão confessando o crime e ainda dizendo "furei, ele mesmo". Em suas declarações, o autor alegou que esfaqueou Jorge porque teria levado um soco.

No interior do caminhão de Gerson foi encontrada a faca usada no crime, a qual estava no encosto do banco do motorista. O autor acabou encaminhado à 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá, para a elaboração do flagrante, junto com as testemunhas do crime, ficando recolhido na carceragem local à disposição da Justiça.

 

TESTEMUNHAS

 

No local do crime, os militares conversaram com outros motoristas, os quais relataram que Gerson estaria causando tumulto no local, batendo na porta de vários caminhões. Um dos caminhoneiros, de 31 anos, com endereço em Paranaguá, ainda informou que estaria com a vítima, horas antes do crime, e confirmou a versão de que o autor estaria provocando confusão no pátio e mostrou até uma mensagem enviada por um aplicativo de celular, em que Jorge teria lhe enviado, dizendo a seguinte frase: "o cara está aqui de novo".

O motorista que foi testemunha do crime informou que Gerson também teria batido na porta de seu caminhão e, por estar conversando com sua esposa ao telefone, optou por não abrir e percebeu quando ele saiu em direção ao caminhão de Jorge, o qual acabou abrindo a porta e correu atrás dele.

Segundo a versão da testemunha, autor e vítima deram voltas ao redor dos caminhões e, em seguida, viu Jorge caindo e acertando os pés no peito de Gerson. Ele disse que correu para socorrer o amigo e, usando um cone e um galão, conseguiu afastar Gerson e, na sequência, ao conversar com Jorge, ele relatou que estava se sentindo mal, momento em que percebeu que tinha sido golpeado e caiu no local.