Sequência de tombamentos assusta moradores no litoral

Acidentes envolvendo tombamento de caminhões na BR-277, na mesma região, nas proximidades do Km 34, têm chamado atenção e preocupado quem passa pelo local. Na metade do mês de junho, ao menos dois tombamentos foram registrados e apenas no início de julho já ocorreram pelo menos quatro sinistros. No dia 6, outro caminhão tombou na região de Morretes. O acidente ocorreu por volta das 17h30, no Km 34.

A concessionária Ecovia Caminho do Mar, que administra o trecho Curitiba-Litoral da BR-277 e as PRs 508 e 407, informou que tem investido cada vez mais na segurança viária. Segundo a concessionária, nos últimos dois anos as barreiras tipo New Jersey (fixas) foram trocadas por tipo Europeu. Foram implantados 14 quilômetros de Faixa Adicional (3.ª faixa), 14 pontos de atenção para redução de velocidade com sinalização vertical e horizontal e Painéis de Monitoramento digital de velocidade.

A Polícia Rodoviária Federal destacou que os acidentes são causados por imprudência. “Na verdade, os acidentes são causados por imprudência. Transitam, no mínimo, 800 veículos por hora naquele trecho. Destes, ao menos 65% são veículos de carga, ou seja, termos um tombamento naquela região uma vez por semana nos mostra que, pelo menos, esse envolvido no tombamento não respeitou alguma norma de trânsito. Se a velocidade naquele local é de 60 km/h e ele transita a 90 Km/h está aumentando as chances de causar um acidente”, destacou o inspetor chefe substituto da Delegacia Metropolitana Lúcio Flávio Marins de Araújo. O profissional citou o acidente ocorrido no dia 3 de julho do ano passado envolvendo um caminhão-tanque que tombou e explodiu causando a morte de seis pessoas e trafegava no dobro da velocidade permitida.

 

Dia 3 de julho fez um ano do tombamento e explosão do caminhão-tanque que vitimou fatalmente seis pessoas na BR-277

 

Marins informou que foi implantado há três anos e meio a Operação Serra Segura. “O objetivo principal da operação é fiscalizar as condições dos freios, suspensão, pneus e sistema de direção dos caminhões. Dos caminhões vistoriados no dia da operação, 30% apresentam problemas”, salientou. “Não é o correto trafegar com defeitos, contudo, mesmo um caminhão com problema de freio, suspenção e sistema de direção, se ele trafegar lentamente reduzirá significativamente o risco de acidentes”, opinou.

 

ÁREA DE ESCAPE

Marins adiantou que na terça-feira, 4, foi aprovado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a realização da área de escape. “Recebemos a notícia esta semana que já houve um parecer favorável do DER quanto à implantação da área de escape”, enfatizou. Agora é necessário aguardar a realização de estudos, liberações e verba para essa implantação.