O trabalho de dois meses de investigação da 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá, por meio da Operação Égide, resultou na captura de 19 autores de crimes na cidade. Na tarde de ontem, uma coletiva de imprensa foi realizada na 1.ª SDP para informar os detalhes do cumprimento dos mandados de prisão preventiva.
Para a operação, foram designados oito investigadores da Polícia Civil. Das 19 capturas realizadas até a manhã de ontem, 9, cinco prisões são em virtude da prática do tráfico de drogas, nove por crimes contra o patrimônio, dois por crimes contra a dignidade sexual, dois por abuso de incapaz e um por homicídio.
O delegado adjunto da 1.ª SDP, Nilson Diniz, explicou que a grande maioria é de prisões preventivas e, dos 19, alguns já estão condenados e em início de execução de pena. “Este é o resultado de dois meses de investigação, vários inquéritos policiais foram trabalhados nesses meses, durante os quais conseguimos coletar os elementos de informação para comprovar a responsabilidade desses autores”, declarou.
Com a proximidade da alta temporada e o consequente aumento de fluxo de pessoas no litoral do Estado, foi observada a necessidade de retirada desses elementos do núcleo social. “E também para servir como fator inibitório àqueles que pensam em se aventurar nas práticas delitivas, comprovar que a Polícia Civil está realizando um trabalho de qualidade e que se alguém se aventurar no cometimento de crimes, o destino será o encarceramento na sede da 1.ª Subdivisão Policial”, frisou o delegado.
Dos autores de crimes capturados, cinco tinham envolvimento com o tráfico ilícito de entorpecentes. “Noventa e cinco por cento dos homicídios ocorrem em virtude do tráfico de drogas, por isso realizamos um trabalho na repressão desse tipo de crime e hoje são cinco retirados do núcleo social”, analisou o delegado.
Neste ano, outras duas grandes operações foram realizadas, uma para capturar autores de homicídios e esta encerrada ontem visando à alta temporada, o que demandou uma reestruturação do trabalho na 1.ª SDP. “Criamos uma sessão de capturas, que neste momento contava com oito investigadores apenas para cumprimento de mandato de prisão e, por isso, foi possível realizar a prisão dessas 19 pessoas. Não é fácil realizar essas capturas, pois exigem por si só uma investigação prévia porque esses indivíduos já possuem endereços desatualizados. Precisei de dois meses para viabilizar as ordens judiciais, fora o tempo de coleta de informações e de representação no Judiciário”, frisou o delegado.
Segundo o delegado, o nome da Operação se justifica por Égide ser o nome de um escudo utilizado por Atena para defesa e, em analogia à situação atual de Paranaguá, em que os cidadãos são vitimados todos os dias por esses autores capturados. Sendo assim, a operação foi utilizada como um escudo do cidadão de bem.