O Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP) comemorou nesta sexta-feira, 26, seus 94 anos de fundação com uma reunião festiva realizada na área externa da instituição, localizada no Centro Histórico da cidade. O encontro reuniu diretores, autoridades, convidados e apoiadores da cultura que prestigiaram o momento e reforçaram a importância do Instituto como guardião da memória parnanguara.
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Guardiões da história
A presidente do IHGP, Simone Pereira de Mello, destacou a relevância da data e a missão do Instituto. “É quase um século de uma linda história. Guardamos aqui memórias preciosas da geografia e da história de Paranaguá. Estamos muito felizes por comemorar com pessoas que sempre estiveram ao lado do nosso sodalício. O desejo é que o Instituto nunca se acabe, que cresça cada vez mais e que mais parnanguaras venham conhecer e valorizar o que temos aqui”, afirmou.

Simone também explicou que, apesar da importância da celebração, este ano a programação foi mais simples devido à necessidade de fechamento temporário do espaço para reformas. “Infelizmente, teremos que fechar um pouquinho para arrumá-lo e buscar parceiros que nos ajudem a mantê-lo bonito e acessível. A gente está meio triste, porque gostamos tanto de deixá-lo aberto para toda a nossa população, os nossos turistas virem, mas infelizmente vamos ter que fechar e correr atrás de parceiros que queiram que ele fique bonito”, completou.

Significado do IHGP para a cidade
A vice-presidente e secretária do IHGP, professora Lúcia Helena Freitas da Rocha, ressaltou o peso simbólico da data. “Comemorar os 94 anos do Instituto é muito significativo. A história do IHGP é formada por várias histórias que se entrelaçam com a de Paranaguá. Hoje estamos reunidos na Praça Cívica Joaquim Tramujas, diante do Panteão de Júlia da Costa e Leôncio Correia, para marcar no calendário esta data tão importante”, disse.

“Hoje nós queremos deixar marcado o nosso calendário, o dia 26 de setembro, que é a data da fundação do nosso Instituto. E nada melhor do que estarmos aqui, na Praça Cívica Joaquim Tramujas, e termos esses convidados que passam pelo nosso prédio, que está sofrendo uma interdição, em virtude de ser muito antigo, e de necessitar de restauros imediatos, então nós queremos que a população se inteire disso, que viva o nosso Instituto, porque ele é parte integrante da nossa história é o guardião da história”, destacou.

Reflexão e valorização
O orador do Instituto, Alessandro Pires Staniscia, lembrou da importância de transmitir às novas gerações o amor pela cidade. “O passado não reconhece seu espaço, está sempre presente. Passear pelo Instituto é passear pela história de Paranaguá. A nossa missão é preservar, mas também despertar nos jovens o interesse e o sentimento de pertencimento. Essa é a forma de garantir que nossa história siga viva”, afirmou.

“O Mário Quintana, o nosso gênio da literatura do Rio Grande do Sul, dizia que o passado não reconhece seu espaço, está sempre presente. E aqui no Instituto, com alegria, nós decidimos que era momento de olhar um pouco para dentro, olhar um pouco para Paranaguá. E por isso fizemos a nossa solenidade, contando com a presença da nossa diretoria, ex-presidentes, poetisas, secretarias municipais e o público em geral”, contou.

“Passear pelo Instituto é passear pela história de Paranaguá, o Pelourinho, o Pau-Brasil que simboliza os tantos anos, o Panteão com Júlia da Costa e Leôncio Correa, e principalmente, através desses encontros cívicos aqui na Praça Joaquim Tramujas, despertar esse conhecimento, despertar esse interesse pelos nossos jovens, porque a nossa missão, além de resgatar e preservar, é também muito importante transmitir aos nossos jovens esse sentimento de amor pela nossa cidade”, completou.
Câmara Municipal
Presente no evento, o vereador Welington Frandji destacou a relevância do IHGP para a cultura local e o papel do legislativo no fortalecimento da instituição. “Os guardiões da nossa história estão aqui. O Instituto guarda documentos e registros fundamentais para Paranaguá, já utilizados em momentos decisivos da cidade. Defendo que o Poder Público deve apoiá-los de forma permanente. Tenho buscado dar esse suporte, seja por meio de leis, proposições ou subvenções sociais, porque investir na preservação histórica é investir na formação da nossa sociedade”, destacou.






