A Amazônia Azul é patrimônio nacional que exige políticas públicas baseadas em ciência, soberania e integração entre Estado, Marinha e setor produtivo.
A frase “Queremos estimular uma agenda pública baseada em evidências, articulada entre ciência, governo e setor produtivo. O mar precisa ser visto como um ativo central para o futuro do Brasil”, sintetizando o que as maiores autoridades da mentalidade marítima defendem, é um chamado que o país não pode ignorar. O Brasil, que tantas vezes volta seus olhos apenas ao imenso território continental, ainda não incorporou plenamente a consciência de que sua maior riqueza está também no mar. A chamada Amazônia Azul, área de 5,7 milhões de km² sob jurisdição brasileira, é um patrimônio que reúne biodiversidade, reservas minerais, potencial energético, rotas comerciais e oportunidades logísticas de relevância global.

A Marinha do Brasil tem cumprido um papel decisivo nesse processo. Ela é a guardiã da soberania marítima, responsável pela proteção de nossas águas, da costa e dos portos, além de conduzir pesquisas estratégicas para que possamos conhecer, explorar e preservar esse território imenso. Mas o desafio vai além da defesa. É preciso que ciência, governo e setor produtivo caminhem em conjunto, transformando o mar em vetor de desenvolvimento sustentável e de inserção competitiva do Brasil no cenário internacional.
Não se trata apenas de riquezas minerais ou energéticas como petróleo, gás e novas fontes renováveis offshore, mas também de segurança alimentar, por meio da pesca e da aquicultura, além de soluções para a transição energética e a economia do hidrogênio. Nossos portos, distribuídos ao longo de mais de 8 mil km de costa, são portas de entrada e saída de produtos e podem se consolidar como hubs logísticos para toda a América do Sul, integrando o Brasil às rotas globais com maior eficiência e competitividade.
No entanto, para que esse potencial seja convertido em prosperidade, precisamos superar o improviso histórico das políticas públicas e estabelecer uma agenda de Estado, e não apenas de governo. Uma agenda que priorize a ciência, valorize o papel estratégico da Marinha do Brasil e articule o setor produtivo em torno de metas claras de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.
Exemplo claro desse potencial está nos Portos do Paraná, que se consolidaram como referência em eficiência e gestão no cenário nacional e econômico. Com localização estratégica na costa sul do Brasil, esses portos não apenas conectam a produção agrícola e industrial do interior ao mercado internacional, mas também funcionam como um verdadeiro hub logístico da América do Sul. A combinação de infraestrutura moderna, governança reconhecida e integração com rodovias e ferrovias garante competitividade às exportações e importações brasileiras, evidenciando como a exploração inteligente da nossa Amazônia Azul pode impulsionar cadeias produtivas inteiras e projetar o país como protagonista nas rotas marítimas globais.
Para Antonio Saad Gebran Sobrinho, coordenador da Coalizão Empresarial pelos Portos do Paraná, “A Amazônia Azul não é apenas um espaço geográfico. É uma fronteira de soberania, de conhecimento e de oportunidades. O futuro do Brasil passa inevitavelmente por ela, e a grande questão é: estaremos preparados para transformar o mar em nosso maior ativo estratégico? ”
Gebran enfatiza que, “nesse sentido, a Portos do Paraná, através do diretor-presidente Luiz Fernando Garcia, o setor produtivo e toda a comunidade portuária do nosso Estado estão fazendo a sua parte, investindo em eficiência, sustentabilidade e inovação para que o Brasil esteja à altura desse desafio histórico, servindo de exemplo ao nosso país e ao cenário internacional. ”

Empresarial pelos Portos do Paraná
“Quando conseguimos, por meio da Coalizão Empresarial pelos Portos do Paraná, numa vontade coletiva, reunir em um mesmo grupo concorrentes fortes de mercado para dialogar, discutir e construir soluções conjuntas diante de problemas e oportunidades comuns, demonstramos um elevado grau de maturidade institucional. Esse espírito de cooperação acima dos interesses individuais fortalece o setor portuário, amplia a competitividade do Estado e projeta os Portos do Paraná como referência nacional e internacional em governança, inovação e desenvolvimento sustentável”, finaliza Gebran.






