A empreendedora Vanessa Gonçalves, moradora em Paranaguá, compartilhou sua história no PodCafé, da Folha do Litoral News, na quarta-feira, 11, em uma entrevista ao vivo, que foi transmitida pela página do Facebook e no canal do YouTube. Sócia-proprietária dos Canudinhos Caseiros Dona Rosa, ela destacou sua trajetória de vida e como o empreendedorismo iniciou, algo que hoje faz sucesso no litoral do Paraná.
O aroma do passado, a força do presente e o sabor do futuro. Assim pode ser definida a história dos Canudinhos Caseiros Dona Rosa, uma empresa familiar que nasceu da cozinha da avó, Dona Pedrina, e hoje conquista espaço nas prateleiras de mercados do litoral do Paraná.
Durante a entrevista ao PodCafé, Vanessa compartilhou detalhes da trajetória inspiradora que começou em meio a confraternizações familiares. “A receita dos canudinhos era da minha avó, Dona Pedrina. Mas o nome do negócio é uma homenagem à minha mãe, Dona Rosa. A gente decidiu por esse nome para manter a tradição e não confundir com outros nomes que já existiam no mercado”, explicou.
Por muitos anos, os canudinhos marcaram presença apenas em festas da família, preparados artesanalmente pela avó nas celebrações. A virada de chave, no entanto, aconteceu quando a tia e a mãe de Vanessa começaram a vender os doces na porta de casas. “Tudo começou de forma simples, e elas seguiram com as vendas por cerca de sete a oito anos. A aceitação foi tão grande que a produção inicial de 300 unidades rapidamente se esgotava”, relembrou.
Enquanto isso, Vanessa trabalhava em farmácia – foram 11 anos divididos entre duas unidades. Mas o desejo de empreender sempre esteve presente. “Eu sentia que faltava algo. Queria ter um negócio meu. Além disso, minha filha precisava de terapias e eu queria estar mais presente”, contou. A pandemia, por mais desafiadora que tenha sido, acabou impulsionando a decisão.
Em julho de 2020, Vanessa e a irmã, Renata, que morava em Curitiba, decidiram apostar de vez na ideia de levar os canudinhos para os mercados. “A gente não tinha capital. O investimento inicial foi de menos de R$ 1.500. A produção começou nos fundos da casa da minha mãe, numa edícula que meu pai cedeu. Era tudo muito simples”, lembrou Vanessa.

Mesmo em plena pandemia, a aceitação se manteve alta, e a produção teve que ser adaptada. “No começo, a massa era feita na mão, com cilindro caseiro. Quando a demanda aumentou, adquirimos uma maceira, cilindros maiores, e conseguimos acelerar a produção”, explicou. Hoje, a empresa produz mais de 3.000 canudinhos por dia e atende mercados em Paranaguá, Antonina, Morretes e Curitiba.
Além de Vanessa e Renata, o irmão também entrou para o time, formando uma verdadeira empresa familiar, que conta ainda com duas colaboradoras fixas. A produção ainda acontece na cozinha da família, mantendo viva a essência afetiva do negócio. “A gente carrega o legado da nossa avó. É como se cada canudinho levasse um pedacinho dela para as casas das pessoas”, contou Vanessa, emocionada.
Mais do que um produto, o empreendimento representa uma jornada de coragem, afeto e dedicação. “O segredo dos nossos canudinhos é o amor. Eu sou fã do que fazemos, gosto de estar na produção, admiro cada detalhe”, disse Vanessa, com brilho nos olhos.
Vanessa também integra o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (ACIAP), onde encontra apoio, inspiração e oportunidade de expandir sua rede. “Empreender é um movimento. Você precisa se cercar de pessoas, ouvir outras histórias. Isso ajuda a seguir em frente”.
“A gente sempre consegue fazer negócios. Então, eu digo que ter participado tanto de uma outra associação como a do CMEC, que é o conselho que eu faço parte hoje, abriu muito as portas. Eu fiz muitos negócios, eu fiz muitos amigos, eu aprendi muito também. Porque eu costumo dizer que o empreendedorismo é um movimento, você precisa estar se movimentando com pessoas em lugares, você precisa escutar histórias de outras empreendedoras, porque empreender é um desafio e às vezes se você olhar para a sua história, você fica: “Meu Deus, será que eu estou no caminho certo” E aí nessas associações você consegue ter e ampliar essa rede, até mesmo de apoio”, completou.
Para mulheres que sonham em empreender, o recado é direto. “Coragem! A gente começou com o que tinha, não esperou o momento perfeito. Acredite em você, mantenha a essência e vá com fé. Como dizia minha avó: ‘Fé em Deus e pé na tábua’. Vai acontecer”, frisou.
Em novembro de 2025, os Canudinhos Caseiros Dona Rosa completam cinco anos de atuação formal – e o futuro já começa a ser desenhado com novas ideias, mas garante que os canudinhos continuam sendo o carro-chefe. “Já estamos desenvolvendo outro produto. Eu me emociono vendo cada fornada. É mais do que um canudinho, é uma história sendo contada em cada mordida. A gente sente que os canudinhos ainda são um bebê, mas estamos prontas para crescer”, finalizou.
ENTREVISTA NA ÍNTEGRA
A entrevista na íntegra pode ser conferida acessando o Facebook da Folha do Litoral News (https://www.facebook.com/folhadolitoralnews/videos/1070910681856219).
SERVIÇO
Produto: Canudinhos Caseiros Dona Rosa
Onde encontrar: Mercados de Paranaguá, Antonina, Morretes e Curitiba
Redes sociais: @canudinhosdonarosa