A campanha vai ser curtíssima, não haverá tempo para construir candidaturas novas, o índice de reeleição será grande, porque os candidatos que têm nome e base eleitoral estruturada vão levar grande vantagem sobre os demais.
Outra característica da campanha será a grosseria, marcada pelos golpes abaixo da linha da cintura, os exercícios de desespero de quem precisa resolver sua disputa em curto espaço de tempo. Todos querem aplicar um nocaute, um ippon no adversário.
É a previsão nove de cada dez marqueteiros da praça. De sorte que não teremos debates de ideias, propostas, programas. Teremos mesmo é pancadaria, em uma campanha eleitoral curta e grossa. Tudo bem, mas este é mais um efeito colateral perverso da Lava Jato, a partir de agora mais usado como instrumento de achincalhe que da própria investigação das falcatruas de nossos políticos.
Requião alfineta Osmar
Pelo Twitter, Roberto Requião deu uma cutucada em Osmar Dias: "PMDB do Paraná pede uma lista de seis nomes como prováveis candidatos ao governo do PDT, para exame".
Osmar não quis alongar conversa e não respondeu.
Gleisi e Garotinho
Gleisi Hoffmann estava a passear pelos corredores do Congresso Nacional acompanhada de Anthony Garotinho, que anunciou suas vontades de ser candidato ao governo do Rio de Janeiro quando deixou a prisão de Bangu no final do ano passado. Aguardemos as novidades.
Hussein Bakri condenado
A Justiça Eleitoral condenou, mês passado, o deputado estadual Hussein Bakri (PSD) por irregularidades nas eleições de 2016 em União da Vitória. Motivos: abuso de poder político e econômico, caixa dois e doações ilegais à campanha de Thyago Antônio Pigatto Caus, seu genro de Bakri, que concorria ao cargo de prefeito do município. Pena: inelegibilidade por oito anos, contados a partir das eleições de 2016. O deputado vai recorrer.
Nepotismo cruzado
A mulher do deputado Paulo Pimenta, aquele que formou a tríade do pedido de soltura de Lula no domingo, Cláudia Dutra Pereira, é concursada da Secretaria Municipal de Santa Maria (RS), no entanto, é empregada também no Senado, onde recebe R$ 10,9 mil como assessora do Bloco da Resistência Democrática (PT-PDT), cujo líder é Lindberg Farias. Pimenta jura que não teve influência na contratação da esposa.