Ciência e Saúde

Paranaguá tem um óbito confirmado por leptospirose neste ano

Doença é transmitida pela exposição à urina de animais, principalmente ratos

leptospirose

A transmissão da doença ocorre quando a pessoa entra em contato com águas de enchentes, inundações e alagamentos (Foto: Arquivo/Folha do Litoral News)

Dados da 1.ª Regional de Saúde indicam que Paranaguá teve um óbito confirmado por leptospirose neste ano. No ano passado, a cidade contabilizou quatro óbitos em decorrência da doença. A transmissão acontece pela exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos.

A 1.ª Regional de Saúde explica que o paciente busca atendimento, geralmente, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, dependendo da evolução do caso, é transferido para internamento hospitalar. “O número de casos chama a atenção, principalmente a letalidade”, observou o diretor da 1.ª Regional de Saúde, Leovaldo Bonfim.

Em Curitiba, durante os dois primeiros meses deste ano, foram confirmados 30 casos de leptospirose na cidade e seis óbitos em decorrência da infecção, conforme divulgado pelo Centro Municipal de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba. Os números mostram que neste ano a doença está mais grave, o que reforça a necessidade de as pessoas buscarem o diagnóstico o quanto antes. Para isso, é preciso estar atento aos sintomas e também às formas de prevenção. 

A ocorrência da leptospirose é mais comum em áreas com condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.

Sintomas

A transmissão da doença ocorre quando a pessoa entra em contato com águas de enchentes, inundações e alagamentos. É preciso procurar atendimento aos primeiros sinais de adoecimento, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, dor de cabeça e dores musculares, principalmente na panturrilha. No avanço da leptospirose, pode aparecer a icterícia (pele amarelada), urina escura e sangramentos.

O diagnóstico da doença é feito a partir da coleta de sangue, no qual será verificado se há presença de anticorpos para leptospirose ou a presença da bactéria. O método laboratorial de escolha depende da fase evolutiva em que se encontra o paciente.

Evolução dos casos

O Ministério da Saúde informou que, em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa – icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar.

Prevenção

O caminho para evitar a doença é a prevenção. Além da garantia da utilização de água potável, o Ministério da Saúde alerta para outros cuidados essenciais para evitar a doença. A lama de enchentes tem alto poder infectante e adere a móveis, paredes e chão. Por isso, é recomendado retirar essa lama, com a proteção de luvas e botas de borracha, e lavar o local.

Também é importante impedir que crianças nadem ou brinquem nas águas das enchentes. “Para o controle dos roedores, recomenda-se acondicionamento e destino adequado do lixo, armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d´água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes. O uso de raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados”, divulgou o Ministério da Saúde.

Com informações do Ministério da Saúde

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Paranaguá tem um óbito confirmado por leptospirose neste anoAvatar de Gabriela Perecin

Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.