Melhoria reduzirá tempo de permanência dos vagões nas passagens de nível
A RUMO, responsável pelo modal ferroviário no Paraná e no transporte de cargas ao Porto de Paranaguá, está realizando obras dentro da área urbana de Paranaguá para a construção de duas linhas de manobra para os vagões entre as Avenidas Roque Vernalha e Santa Rita. Segundo o gerente de operações ferroviárias dos portos de Paranaguá e São Francisco do Sul (Portos Sul) da RUMO, o investimento reduzirá o tempo de presença dos vagões em Paranaguá e nas passagens de nível das vias locais, bem como contribuirá para o aumento de cargas em menor tempo em direção aos terminais portuários, gerando ganho logístico ao setor portuário. Além disso, Marcelo Arthur Fiedler, Relações Governamentais da RUMO, ressaltou ações sociais pontuais e aumento do diálogo com a comunidade, melhorando a relação entre o modal ferroviário e a sociedade, saindo da inércia por meio do diálogo entre empresa, Poder Público e sociedade.
"Estamos realizando trabalhos de melhoria na parte de via permanente, com isso conseguimos melhorar a velocidade, dentro do que é permitido em perímetro urbano, com o ganho de velocidade se faz a movimentação mais rapidamente e o vagão ficará menos tempo em Paranaguá. Isto é positivo para a RUMO e para a população, um retorno positivo para o setor logístico e para a sociedade, desobstruindo as passagens rapidamente com ganho operacional e desobstruindo passagens mais rapidamente para a população nas vias urbanas", afirma o gerente de operações da RUMO, Alexandre Serpe. "Estamos nesta semana fazendo melhorias entre as avenidas Roque Vernalha e Santa Rita, com construção de dois travessões, duas linhas que ligam as três vias de circulação entre o KM 05 e o pátio do Porto Dom Pedro II. Nestas três vias, estamos fazendo duas ligações que darão mais flexibilidade para nossas manobras, ganhando tempo de manobras e diminuindo tempo de ocupação na Santa Rita. É um ganho dos dois lados", explica.
Segundo Serpa, há a necessidade de que haja um investimento multimodal, com melhorias nas ferrovias e as vias, com transporte de cargas em caminhões e também por trens, algo essencial para que haja ganho logístico no Porto de Paranaguá e desenvolvimento no País. "Maio deste ano foi o melhor mês de maio histórico em Paranaguá pela RUMO com o volume que a gente trouxe para Paranaguá com descarga na parte de grãos, açúcar e parte industrial, com contêineres, celulose, bem como com carregamento, subindo a Serra do Mar com combustível e fertilizante. Dentro de todas as carteiras da companhia a perspectiva é de expansão, estamos construindo um relacionamento legal com os clientes, algo duradouro e sustentável, pensando em 10, 20 anos para frente. Queremos melhorar de forma sustentável, fazendo todos ganhar", explica.
Gerente de operações Portos Sul da RUMO, Alexandre Serpe, destaca construção de duas novas linhas de manobra em Paranaguá que reduzirão tempo de permanência do trem nas passagens de nível
AVENIDA ROQUE VERNALHA
Segundo o gerente de operações, o setor de segurança patrimonial da RUMO realiza monitoramento de cada trem e de quanto tempo parou a passagem de nível na Avenida Roque Vernalha. "O trem passando e indo para os terminais e Porto nós acompanhamos as manobras, monitorando, fazendo controle de tráfego, para que haja diminuição de risco e sinalização. Ainda acontecem alguns problemas, mas o número já reduziu", explica.
REDUÇÃO DE ACIDENTES
O gerente afirma que há inúmeros terminais novos atuando como clientes da RUMO, algo que demonstra que as empresas locais estão investindo no modal ferroviário. "Eles entendem o modal como algo salutar", explica. "Não há competição entre caminhão e trem, Paranaguá precisa dos dois. O objetivo é melhorar cada vez mais o nosso trabalho, girando vagões, trazendo mercadoria, mas sem impactar muito a população. A gente sabe que existe o impacto da operação, mas estamos investindo pesado desde 2015 com R$ 2 bilhões no Paraná. A RUMO está buscando aperfeiçoar sua operação com segurança", explica.
"Reduzimos a taxa de acidentes drasticamente. Estamos em um patamar de ferrovias internacionais. Lógico que o objetivo é sempre o zero. Procuramos uma operação mais eficiente e com menos impacto para a população, algo que depende também de obras governamentais. O Porto de Paranaguá é fundamental para o País, o nosso objetivo é trabalhar junto", ressalta Alexandre Serpe. "Estamos atuando em vários trabalhos junto com os terminais com foco na segurança. Colocamos o vagão no terminal, mas a operação da descarga fica por conta do terminal. Neste sentido, estamos ajudando, trazendo as turmas dos terminais para treinamento e acompanhamento, inclusive na via, com auditoria das turmas, buscando ajudar, algo que reduziu o índice de acidentes dentro do terminal, com ocorrências ferroviárias que tinham índices altos anteriormente", explica.
PROXIMIDADE COM A POPULAÇÃO
Segundo a RUMO, estão sendo realizadas ações de proximidade com a sociedade de Paranaguá. "Recentemente, na Semana do Meio Ambiente em Paranaguá, fizemos uma atividade com a Associação de Moradores do Emboguaçu. Fomos até a Escola São Francisco, fizemos um trabalho junto com os alunos de limpeza da região. Estamos participando e nos aproximando. O retorno da associação de moradores é positivo. Entendemos que as coisas estão pouco a pouco melhorando", comenta.
"Paranaguá tem uma importância enorme para o País. A ferrovia é um modal importante para que Paranaguá continue sendo grande no cenário nacional. Estamos fazendo investimentos, melhorando o acesso ao Porto, melhorando a questão do Porto X Cidade, diminuindo conflitos urbanos e acidentes, conseguindo assim fazer uma operação mais harmoniosa com o município e com eficiência necessária. Queremos o máximo possível passar despercebidos dentro da cidade", ressalta Serpa.
"O foco é a intermodalidade. Entendemos que trabalhando de forma harmoniosa fica melhor para todo mundo. A intermodalidade é fundamental, precisamos da operação ferroviária e rodoviária, mas não podemos ficar dependentes de um modal. De 2015 para cá, tem sido notável a mudança positiva que está sendo feita pela empresa. O crescimento do Porto de Paranaguá está atrelado ao crescimento da RUMO aqui dentro, sempre focando em redução de conflitos urbanos e aumento de eficiência", destaca.
Marcelo Fiedler, Relações Governamentais da RUMO, ressalta aumento da proximidade com comunidade e diálogo com Poder Público para soluções conjuntas em prol de Paranaguá
RELAÇÕES GOVERNAMENTAIS
Marcelo Arthur Fiedler, Relações Governamentais da RUMO, ressalta que a Rumo atua com visão de negócio a longo prazo com a comunidade e com o Poder Público. "Sabemos que a operação ferroviária traz impactos para a sociedade, mas isto é algo estabelecido há muitos anos. Temos ações que podemos fazer em conjunto com a sociedade para melhorar esta convivência, procurando harmonizar a relação com a sociedade", completa, destacando existência de campanhas, ações sociais e trabalhos de voluntariado.
"O benefício da operação de carga é indireto para a sociedade, gerando empregos e tributo, bem como contribuindo para a melhoria do Produto Interno Bruto (PIB) do País, do Paraná e do município, algo que beneficia a sociedade", explica, destacando que com isso ocorrem investimento em áreas como educação, saúde e segurança. "O nosso trabalho está dando certo. Estamos batendo recordes de produtividade, mesmo em um momento de crise, o Estado e o País estão se destacando e procuramos colaborar com isso", explica.
"Em Paranaguá temos um conflito grande que já está sendo resolvido. Estamos dialogando com Governo Federal, Estado e município, para criar soluções em torno dos problemas. Não tem mágica, é algo existente há vários anos e que não se resolve em um dia. Há técnicos do DNIT que foram enviados e já vieram até Paranaguá para fazer estudos para soluções", explica, ressaltando que eles definirão de forma técnica se deverá haver passagens de nível ou técnicas de engenharia para solucionar os problemas. "Saiu da inércia, está caminhando, a expectativa é boa e estamos já fazendo obras na ferrovia com ganho direto para a população. Com a operação mais rápida se ocupa menos a passagem de nível. Não é só a União que vai resolver. Temos que nos juntar para estudarmos soluções conjuntas", finaliza Fiedler.