A Polícia Civil do Paraná (PCPR) recuperou uma máquina de Raio-X pertencente ao município de Matinhos durante uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira, 29. O equipamento estava sendo utilizado de forma irregular em uma clínica particular localizada em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Uma equipe da Polícia Científica do Paraná (PCP) acompanhou a operação para realização de perícia no equipamento.
Com base na denúncia realizada pela Secretaria de Saúde de Matinhos, a PCPR iniciou as investigações, reunindo documentos e colhendo depoimentos. Em coletiva realizada na Delegacia da Polícia Civil, em Matinhos, foram apresentados detalhes sobre a investigação. A denúncia foi recebida através da ouvidoria municipal e relatava que o equipamento, doado pelo Estado do Paraná em 2011, e estaria instalado em uma clínica particular localizada em Almirante Tamandaré.
De acordo com o delegado Thiago Fachel, responsável pelo caso, a investigação foi iniciada imediatamente após o recebimento da denúncia. “Realizamos diligências, ouvimos algumas pessoas e reunimos documentações importantes para o inquérito. Apuramos que o número de série da máquina encontrada na clínica particular corresponde ao que consta no patrimônio do município, ” explicou.
Segundo a Polícia Civil, há indícios de que a remoção do equipamento ocorreu no período da noite, possivelmente na madrugada, durante o ano de 2024. O aparelho estava no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes e foi transferido para uma clínica particular sem a devida autorização. “Os responsáveis pela clínica não estavam presentes no local quando a operação foi realizada e, até o momento, não foram localizados para prestar depoimento”, acrescentou o delegado.
A investigação também apura a possibilidade de que a máquina atualmente instalada na UPA de Matinhos pertença a outro município. “Essa hipótese ainda está sob análise, mas precisamos esclarecer completamente a procedência desse equipamento, ” afirmou o delegado Thiago Fachel.
Investigação em Curso
De acordo com o Delegado Thiago Fachel, a Polícia Civil está investigando a participação de possíveis funcionários públicos no caso. “Estamos apurando se houve envolvimento de servidores públicos na subtração do equipamento. Caso isso se confirme, pode-se configurar improbidade administrativa ou outros crimes previstos na legislação, ” destacou o delegado.
Até o momento, os indícios apontam para uma subtração irregular do bem público, o que configura crime. Os próximos passos da investigação envolvem a coleta de novos depoimentos e a análise de documentos adicionais. “Seguiremos com as apurações para responsabilizar os envolvidos e garantir que os bens do município sejam devidamente preservados, ” concluiu o delegado.