A política municipal não pode ser palco para vaidades infladas nem para encenações de gestores que vestem a máscara da liderança, mas governam com mãos vazias e promessas ocas. A figura do “Prefake”, essa combinação tóxica de prefeito e mentira, é um alerta para a sociedade. Um gestor incompetente custa caro, e quem paga essa conta é o povo.
Quando a cidade exibe ruas esburacadas, escolas sucateadas, postos de saúde sem insumos e servidores desmotivados, não há como negar, as máscaras caem. A maquiagem da propaganda institucional não consegue esconder a face da má gestão. A ausência de competência e de caráter no comando da administração pública revela-se no abandono das necessidades básicas da população.
Mais grave ainda é quando o poder é usado como instrumento de perseguição. Um prefeito que se incomoda com críticas, que utiliza sua posição para humilhar servidores, retaliar adversários ou tentar destruir carreiras não governa, ele oprime. A política deixa de ser um meio de transformação e passa a ser uma arena para satisfazer o ego ferido de quem não suporta ser contrariado.
Vivemos tempos de avanços sociais e de garantias de liberdade. A liberdade de expressão, a defesa dos direitos das mulheres e a punição de agressores são conquistas inegociáveis. No entanto, quando um gestor público age como tirano, atacando a dignidade de quem discorda ou tentando silenciar vozes críticas, ele não apenas revela seu despreparo, mas também ameaça esses avanços.
É preciso reflexão. O poder não foi feito para alimentar vaidades, mas para servir. A população deve estar atenta, porque um “Prefake” não governa, apenas encena. E enquanto o teatro no Facebook com impulsionamento pago continua, a cidade pede socorro.
A democracia não tolera farsas por muito tempo. E como a história nos ensina, todo impostor, cedo ou tarde, é desmascarado. E máscaras estão caindo.