O Marujo

Trapiche Em Perigo e a Culpa Não É da Maré!

Estrutura comprometida força Prefeitura a interditar trapiche atrás do Palco Tutóia, e gestão anterior navega em mares revoltos de responsabilidade.

Foto: Prefs de Paranaguá

Foto: Prefs de Paranaguá

Quem diria que o trapiche atrás do Palco Tutóia estava mais pra Titanic do que pra Navio Escola! A Prefeitura de Paranaguá precisou interditar a estrutura porque a laje de acesso estava tão firme quanto promessa de político em época de eleição e posts no Facebook. Segundo o laudo da Secretaria de Obras, a base do trapiche foi feita com viguetas treliçadas comuns. Sim, aquelas que não aguentam nem a maré de contas de fim de mês e sem a devida proteção contra a corrosão. Resultado? O trapiche virou um queijo suíço de concreto!

O secretário de Obras, Ozéias Rebello Costa, não economizou nas palavras: “A estrutura está comprometida porque não há ferragens que segurem a laje de apoio. Há risco à vida humana e à imagem da cidade.” E quem fez essa obra? Ah, a gestão anterior, claro! Construíram o trapiche com o mesmo cuidado que a gente monta estante sem ler o manual.

Mas calma, marujos! Nem tudo está à deriva. A atual gestão, do prefeito Adriano Ramos, já acionou o Governo do Estado e a Adetur Litoral. Na semana que vem, um trapiche flutuante deve ser instalado na Estação Náutica, devidamente licenciado pelo Instituto Água e Terra (IAT-PR). Porque, convenhamos, flutuar é o mínimo que a gente espera de um trapiche!

Enquanto isso, os passageiros do MSC Armonia, que chega nesta sexta-feira (10), vão desembarcar no trapiche do Rocio. De lá, serão levados até a Praça de Eventos, onde o receptivo turístico promete ser tão acolhedor quanto brisa de maré baixa. Para os mais aventureiros, passeios náuticos seguirão normalmente pelo trapiche da Ilha do Mel, sem risco de afundar no meio do caminho.

Tudo isso aconteceu, porque em ofício enviado ao secretário de Cultura e Turismo, Ivan Lapolli Filho, a recomendação de interdição foi comunicada. E olha, convenhamos, ninguém gosta de receber esse tipo de notícia, ainda mais por escrito. Mas, melhor um papel na mão do que um turista nadando no Itiberê! Afinal, trapiche não é trampolim, e Paranaguá não pode virar cenário de competição de salto ornamental.

Agora é torcer para que o novo trapiche flutuante chegue logo e que as próximas obras públicas sejam feitas com mais concreto e menos improviso. Porque aqui em Paranaguá, maré sobe, maré desce, mas responsabilidade tem que ser firme como rocha!

E que sirva de lição, obra pública não é castelo de areia pra ser feita de qualquer jeito!

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Marujo

Navegador dos Sete Mares, bem-humorado e com certa dose de picardia