Na era da tecnologia, os estudantes do 5.º ano da Escola Municipal Roseclair da Silva Costa (CAIC) estão tendo a experiência da troca de cartas. A iniciativa partiu das professoras Antonelli Floriano e Caroline Mariano, buscando não somente resgatar a tradição como também estimular a escrita e a leitura e a troca de experiências com outras culturas.
As crianças de Paranaguá estão trocando cartas com os estudantes do Centro de Excelência Dom João José da Motta e Albuquerque, escola municipal da cidade de Afogados do Ingazeira, Pernambuco. Tudo começou através de um grupo no Facebook, do qual a professora Antonelli faz parte.
“Faço parte de um grupo de educadores de todo o Brasil nas redes sociais e conheci virtualmente a professora Edilaine (Laine Oliveira), conversando decidimos trocar cartas entre nossos alunos que são da mesma idade e mesma série escolar. Conversei com os alunos fazendo a leitura do livro ‘De carta em carta’, de Ana Maria Machado, escritora renomada brasileira que tem seu público infantojuvenil”, explicou.
Os alunos adoraram a ideia de escrever para outras crianças. A professora Antonelli mostrou o Estado explicando que fica no nordeste, ressaltando a distância, e assim iniciou as atividades. “Quando as cartas chegaram foi uma grande euforia para receber e ler. Na verdade foi emocionante e estamos na produção das nossas para enviá-las a Pernambuco. Queremos manter este contato entre as escolas”, destacou.
O aluno Brayan Correa Costa, de 9 anos, ficou muito empolgado com a carta que recebeu da nova amiga, Maria Isabelli Sophia Silva, da cidade de Afogados da Ingazeira, e comentou que vai pedir uma foto para saber como ela é. Na carta, a nova amiga escreveu que gosta de estudar e citou matérias preferidas na sua escola e comentou que sua cidade é pequena e quente. A menina também perguntou ao parnanguara como é o frio do sul do Brasil.
“Eu me sinto verdadeiramente não uma professora, mas uma educadora. Alguém que conduz sonhos. Estou feliz demais em poder mostrar a eles todos os caminhos para poderem ter acesso ao conhecimento e que possam se desenvolver como cidadãos. Mostrando que é possível através da educação termos um País melhor. Eu me sinto cidadã nesse momento, construindo o nosso futuro que são eles. Eu chorei na sala com a emoção deles percorrendo os olhos nas linhas vindas de longe”, finaliza a professora.
As crianças de Pernambuco estão esperando a resposta das crianças de Paranaguá. A professora contou que pretende enviar, através dos Correios, no dia 4 de setembro.