Na manhã do sábado, 9 de novembro, aconteceu em Paranaguá a 1.ª Romaria dos Caminhoneiros da 211.ª Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio, programação inédita que reuniu mais de 100 caminhões que saíram do pátio da CBL (Companhia Brasileira de Logística S/A) em direção ao Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio, onde foram recepcionados pelo reitor do Santuário do Rocio, padre Dirson Gonçalves, e os missionários redentoristas. Em um trajeto de cerca de seis quilômetros, os caminhoneiros partiram pela Avenida Bento Rocha e chegaram ao Rocio, com adereços nos veículos e diversas homenagens à Padroeira do Paraná.
Os caminhões foram abençoados com aspergidos com Água Benta na chegada ao Santuário do Rocio, onde os profissionais do transporte e suas famílias também doaram cestas básicas para cerca de 20 instuições sociais atuantes em Paranaguá.
O reitor do Santuário do Rocio, padre Dirson Gonçalves, destacou a importância do evento inédito na programação da festa da Padroeira do Paraná, integrando as diversas procissões de fé existentes no evento. “Paranaguá é uma cidade com tantos caminhões, graças a Deus fizemos a primeira Procissão dos Caminhoneiros que foi um sucesso. Esperamos que a partir do ano que vem tenhamos a segunda e que isso entre na tradição da Festa do Rocio”, frisa, destacando o agradecimento à Paróquia São Cristóvão, dedicada ao padroeiro dos caminhoneiros em Paranaguá. “Agradecemos ao padre Thiago Trigo por acolher a abertura da romaria e fazer este sucesso grandioso, graças a Deus”, explica, destacando que o evento é um pedido de longa data dos caminhoneiros que são fiéis da Mãe do Rocio.
“É um grande presente que o Santuário do Rocio nos dá de poder sediar a abertura desta 1.ª Romaria dos Caminhoneiros. A Paróquia São Cristóvão, que está aqui no Jardim Iguaçu, ao lado do Pátio de Triagem, onde existem vários pátios de caminhoneiros, onde muitos deles vem ao nosso encontro para abastecer a sua fé. É muito importante também porque sabemos que o Paraná é um estado que vive da estrada, com os caminhoneiros que movimentam a nossa economia com tudo aquilo que aqui é produzido, passando por Paranaguá. Esta é uma maneira de homenagear os nosso caminhoneiros, os nossos profissionais da estrada, mas também homenagear Nossa Senhora do Rocio e São Cristóvão, que apontam para Jesus como Luz do mundo”, afirma o padre Thiago Trigo, pároco da Paróquia São Cristóvão.
O diácono Cleiton Oliveira, missionário redentorista, realizou a animação durante todo o percurso da Romaria dos Caminhoneiros. “Me sinto muito alegre e feliz por fazer parte daquilo que o próprio Evangelho nos diz, doravante, todas as gerações me chamarão Bem-Aventurada, Maria disse ao Anjo Gabriel, e nós somos esta geração. Pela primeira vez a realização desta Romaria dos Caminhoneiros significa que a Mãe do Rocio quer estar perto dos diferentes segmentos profissionais. Agradecemos por esses trabalhos, por esses trabalhadores que estiveram aqui expressando uma grande importância para a nossa programação da 211.ª Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio”, afirma.
Caminhoneiros relatam devoção e agradecimentos
O caminhoneiro Alex Nunes Barbosa, esteve com a esposa Silvia dos Santos Ferreira e seus três filhos, Rafael, Gabriel e Maria Isabel, na romaria. “A romaria é muito importante pela valorização que os caminhoneiros tem no País, não só em Paranaguá. A devoção vem de muito tempo em Nossa Senhora do Rocio, nossa filha mais nova, a Maria Isabel, é um pedido que Ela nos concedeu, foi logo após o casamento. Queríamos há muito tempo ter uma filha, pedimos para Ela e logo após o casamento veio a nossa filha de presente de casamento. Hoje é um agradecimento, foi um pedido para Nossa Senhora do Rocio que foi atendido”, ressalta.
O caminhoneiro Laudir Lemes Maciel, morador do Jardim Guaraituba, veio com a família para a romaria. “Vim com a minha família homenagear Nossa Senhora do Rocio pelas graças recebidas neste ano, renovando a nossa fé. É importante esta primeira romaria dos caminhoneiros, temos a procissão de barcos, cavalgada, entre outras, e de caminhões nunca tivemos em Paranaguá. Uma cidade que depende de caminhão e é a primeira vez, que isso continue nos próximos anos”, completa.
“É muita emoção, estamos muito felizes com esta primeira romaria. Acho que demorou para fazer, porque esta é uma cidade de caminhões. O meu esposo Marcel é caminhoneiro desde os 21 anos, então a família toda é, sempre tivemos caminhão e estamos muito felizes”, ressalta Cibele Nunes dos Santos, esposa do caminhoneiro Marcel da Rocha Torres, moradores da Vila Guarani. “É a primeira de muitas, nunca mais vai acabar”, acrescenta.