As eleições municipais de 2024 deram um sinal claro: os brasileiros escolheram fugir dos extremos, tanto à direita quanto à esquerda. Nas urnas, ficou evidente que a sociedade anseia por uma política de equilíbrio, que, de forma inédita, premiou o centro político, o chamado “centrão”, com uma vitória que reestrutura o cenário político nacional.
A força do centrão se apresenta agora como esperança para 2026, ano em que o país decidirá o próximo Presidente da República e os novos Governadores. No entanto, o desafio à frente é complexo. Com vários nomes de peso que possa se contrapor ao PT do presidente Lula, há um risco de fragmentação no centro político, enfraquecendo-o frente a um eleitorado que se mostrou exigente e disposto a exigir propostas de verdade, capazes de atender às diversas realidades do país.
Nesta conjuntura, as mídias tradicionais locais e regionais ganham relevância como o espaço de articulação e debate. Elas se posicionam como interlocutoras essenciais para a construção de candidaturas sólidas e viáveis, conectando as propostas dos candidatos à realidade de cada Estado e cidade. A cobertura desses veículos será o termômetro das necessidades locais, indicando se as lideranças emergentes estão realmente comprometidas com um projeto nacional de desenvolvimento econômico e social.
A sociedade brasileira espera mais do que retórica e promessas vazias, quer soluções práticas para seus problemas cotidianos. Para conquistar a confiança do eleitor, o centrão precisará abandonar a estratégia de marketing superficial e abraçar um modelo de campanha que reflita uma compreensão profunda dos desafios enfrentados por cada cidadão.
A lição das urnas é clara. O centrão, vencedor de hoje, deverá evitar o risco de tornar-se um “centrinho” fragmentado e sem rumo. O sucesso nas eleições de 2026 dependerá da construção de um projeto coerente e unificado, que priorize a aceleração econômica e o bem-estar social. Os extremos já mostraram que não têm a solução que o país precisa; cabe ao centro demonstrar que tem o compromisso, a competência e a capacidade para governar um Brasil sedento por mudanças reais e concretas.
Esperamos que o centrão, torne-se um centro decisório de políticas públicas factíveis e exequíveis que atendam a necessidade do povo brasileiro. Estamos cansados de promessas vazias, e discursos fabricados por marqueteiros.
Esse é o Brasil que precisamos.