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Em sua 10.ª edição, Festival Negritude UFPR 2024 terá programação no litoral

Evento ocorre em comemoração ao mês da Consciência Negra

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Entre a programação, exposição "Deuses que Dançam" será atração do festival na UFPR Litoral, em Matinhos, em 14 de novembro (Foto: Divulgação - UFPR/MAE)

Na terça-feira, 29, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) anunciou a programação do Festival Negritude UFPR, que ocorre desde 2015, sendo realizado pela UFPR e organizado pela Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad/UFPR), em parceria com a Coordenadoria de Cultura (COC/UFPR) e o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE/UFPR). O festival ocorre durante todo o mês de novembro em comemoração ao mês da Consciência Negra, tendo neste ano o lema “Griôs e Erês: confluências para um futuro ancestral”.

Com ampla programação em Curitiba e em outras regiões, o Festival Negritude UFPR terá eventos no litoral do Paraná. Entre eles,  em 7 de novembro haverá o II Ciclo de Debates em Estudos Africanos, Afro-brasileiros e nas Relações Étnico-raciais que ocorre às 19h30 na UFPR Litoral, em Matinhos, com inscrições que podem ser feitas de forma online. Em 14 de novembro, a UFPR Litoral em Matinhos receberá a exposição “Deuses que Dançam”, que ficará no hall do auditório da universidade, aberta para visitação à comunidade.

“Através da ação, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) divulga a programação especial organizada pela comunidade acadêmica, instituições e entidades parceiras, grupos, coletivos e movimentos negros da sociedade civil organizada. Desde o ano de abertura, o Festival Negritude UFPR tem contribuído com a divulgação das diversas atividades artístico-culturais, mesas redondas, lançamento de livros entre outras, que expandem debates importantes para a comunidade negra paranaense”, afirma a UFPR.

Dados e importância do movimento

arte do festival negritude ufpr 2024
Festival terá programação durante todo o mês de novembro (Arte: Divulgação)

De acordo com a universidade, dados levantados pelo último censo do IBGE, que foi realizado em 2022, “comprovaram que mais da metade da população brasileira é constituída por pessoas negras, chegando a 55,5%”, acrescenta. “É a primeira vez, desde 1991, em que a maior parte da população é parda, com 92,1 milhão de brasileiros pertencentes ao grupo, enquanto 20,6 milhões se declararam pretos”, completa a assessoria.

“Ainda assim, o crescimento da comunidade negra brasileira não impede estes de sofrerem constantemente com a discriminação racial, pelo contrário, a recente pesquisa “Percepções sobre o racismo no Brasil”, realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), verificou que 51% dos brasileiros já presenciaram atos racistas, sendo que, em cada 10 brasileiros entrevistados, 6 disseram não ter dúvidas ou ressalvas de que o Brasil é um país racista”, explica a UFPR com dados científicos. 

De acordo com a universidade, é neste cenário que, por meio do movimento Negritude, “a Federal paranaense articula ações para ampliar a participação da população negra em todos os âmbitos da sociedade com oportunidades iguais, conforme o Plano Nacional da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/2010)”, acrescenta.

Mais informações podem ser obtidas no site do SIPAD ou pelo e-mail [email protected].



Com informações da UFPR

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Leonardo Quintana Bernardi

Jornalista graduado pela PUC-PR com atuação desde 2012 no jornalismo impresso, online e em audiovisual, bem como em assessoria de comunicação. Já trabalhou em órgãos públicos, jornais locais, freelances em veículos de alcance nacional e desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2017. Defensor do jornalismo como meio de transformação social.