O Museu tem registrado números impressionantes de visitação neste ano, conforme relatou o secretário do Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá (MAE/UFPR), Wesley Ventura.
Ele destacou que o número de visitantes está muito próximo de 19 mil e deve ultrapassar o total do ano passado, que foi de pouco mais de 20 mil. “Hoje estamos a 300 visitantes de alcançar 19 mil este ano, uma marca bem expressiva. O ano passado fechamos com um pouquinho mais de 20 mil e talvez ainda em outubro alcancemos esse número”, afirmou Ventura.
Ele também fez uma comparação com os números anteriores à pandemia, quando o museu recebia mais de 30 mil visitantes anuais. Apesar da redução, Ventura destaca que a qualidade das visitas melhorou. “Hoje, o visitante observa mais, valoriza o espaço, então, temos uma visitação um pouco mais qualificada agora”, explicou.
Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá
Exposições em cartaz
- Atualmente, o Museu de Paranaguá conta com quatro exposições em cartaz, cada uma trazendo um enfoque cultural e histórico relevante. A exposição “Assim Vivem os Homens” (cultura popular), localizada no primeiro pavimento, está nos seus últimos dias. Ela retrata a força da religião na formatação da cultura popular, incluindo saberes tradicionais e vivências do território caiçara, com destaque para o fandango e festas tradicionais.
- Outra exposição que também está em fase final é a “Mestres do Fandango”, que homenageia mestres que colaboraram com o museu. “Antes que gere polêmica, não estão todos os mestres do fandango, apenas aqueles que já trabalharam com o museu e possuem algum tipo de registro”, esclarece Ventura. A homenagem é uma forma de preservar a memória daqueles que contribuíram para a cultura local.
- A terceira exposição, “Yga-Miri” (o resgate da canoa ava-guarani da ciudad real del guiará), destaca a etnia indígena Avá Guarani, do oeste do Paraná. Ela conta a história do resgate de uma canoa encontrada em escavações arqueológicas, que os indígenas consideram um símbolo de resistência. Além disso, a exposição provoca reflexões sobre a atual luta da etnia contra fazendeiros em disputas por terras.
- Por fim, a exposição “Romaria do Divino Espírito Santo” (uma das maiores tradições religiosas e culturais das comunidades tradicionais do litoral paranaense), apresenta um registro fotográfico e biográfico feito por um fotógrafo do museu, que acompanhou a Romaria por três meses. A mostra retrata essa tradição religiosa e cultural que permeia as comunidades do litoral paranaense. “Há, inclusive, um momento interativo onde os visitantes podem escrever seus pedidos em fitas para serem colocadas na bandeira do Divino Espírito Santo”, acrescenta Ventura.
Informações sobre visitas
Localizado na Rua XV de Novembro, 575, o museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá, está aberto ao público de terça a domingo, das 8h às 20h, sendo um dos poucos com um horário tão extenso de funcionamento. As visitas são gratuitas, e, para quem deseja uma experiência guiada, há monitorias com alunos bolsistas de terça a sexta, das 8h30 às 16h30.
O Secretário do museu aproveitou para avisar que no próximo sábado, 19, excepcionalmente pela manhã, o museu estará fechado para dedetização, reabrindo às 14h e permanecendo aberto até às 20h.