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Eleições 2024

Saúde, educação e enfrentamento à violência: candidata a vice-prefeita Patricia Robes destaca projetos a Paranaguá

Ela participou da série de entrevistas na segunda-feira, 16

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vice-candidata Patricia Robes

A candidata a vice-prefeita de Paranaguá nas Eleições Municipais 2024, Patricia Robes (PT), participou da série de entrevistas na Folha do Litoral News, na tarde de segunda-feira, 16. Patricia concorre ao lado do candidato a prefeito Galo (PSB), com a coligação Paranaguá da Esperança. 

Entre os temas apresentados para a candidata durante a entrevista estão protagonismo feminino na política, saúde, educação e enfrentamento à violência contra a mulher.

Protagonismo feminino

Sobre o protagonismo feminino na política, Patricia acredita que a participação das mulheres deve ser incentivada além da administração pública. 

“A gente tem que falar da participação feminina em todos os espaços de poder, e a gente tem diversos espaços de poder aqui em Paranaguá que não são ocupados por mulheres. Paranaguá precisa se adiantar muito nessa questão. A própria eleição, da forma como está acontecendo agora, com quatro vices, já demonstra essa necessidade, essa vontade que a sociedade tem de que a mulher esteja mais presente. Dentro da Prefeitura teremos que criar condições. Eu posso até te falar em cotas, não sei se a gente poderia pensar dessa forma, mas como um exemplo, de dar garantia para que elas tenham acesso aos cargos de chefia, pelo menos uma proporção igualitária com os homens”, afirmou Patricia.

Assim também, ela pensa ser necessária a divulgação de campanhas para incentivar a participação feminina. “É importante que o município estabeleça um programa de campanhas grandes para expor ao público a importância da presença da mulher nesses espaços também. Isso a gente vai usar muito da parte da Secretaria de Comunicação e toda a parceria que a gente vai ter com todas as instituições de comunicação do município”, completou a candidata a vice-prefeita.

vice-candidata Patricia Robes
 “A gente precisa criar políticas a partir da Secretaria das Mulheres para que elas sejam acolhidas de forma efetiva”, destacou Patricia sobre o combate ao feminicídio

Saúde

Para que as mulheres recebam um atendimento adequado e especializado no município, Patricia afirmou que é preciso um olhar mais amplo para o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher.

“Ele já existe aqui no município, faz parte das tratativas do que é estabelecido pelo SUS, mas a gente precisa olhar isso de uma forma um pouco mais ampla. Nós vamos executar, caso a gente venha a ganhar, essa prefeitura, centralizar novamente às unidades básicas de saúde. A gente precisa reconstruir a estratégia de saúde da família aqui no município. A gente tem a situação das farmácias no município, que estão centralizadas, temos que retorna-las aos postos de saúde. A porta de entrada do sistema único de saúde é a unidade básica”, frisou Patricia.

De acordo com ela, as unidades necessitam de uma equipe completa, com médico da família, equipe de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Ela ainda completa dizendo que quer também qualificar o serviço do Centro de Atendimento à Mulher.

Educação

Entre suas propostas para a área da educação com foco nas oportunidades, a vice-candidata expôs suas ideias para a Educação Infantil e qualificação profissional.

“A gente precisa pensar a educação basicamente em três grandes blocos. A educação infantil; a educação que é ofertada pelo Estado, que é a segunda etapa de ensino fundamental, ensino médio; e a educação superior. Então a gente tem esses três blocos grandes que impactam de forma significativa a vida das mulheres na nossa cidade”, ressaltou Patricia.

Para a educação infantil, ela defende a criação de mais creches no município para amparar as mães que precisam trabalhar. “A gente precisa criar condições para que as mulheres tenham acesso a mais vagas de creche, que essas creches tenham horários diferenciados e deem condição para que ela possa trabalhar no comércio ou em regime de turma e ter suas crianças protegidas e poder cuidar da sua família. A gente precisa estabelecer parcerias e atenção a essas meninas e à juventude também”, destacou.

Ela também mencionou a importância de oportunizar qualificação profissional e técnica em diversas áreas. “A gente pode treinar as mulheres para serem cabeleireiras, fazerem unha, mas a gente não pode pensar que é só isso que elas merecem, elas merecem mais do que isso. Vamos tentar trazer em parceria com o Estado cursos de saúde, cursos relacionados à área portuária, que as mulheres possam ter acesso”, comentou.

Quanto a entrada de mulheres na educação superior, Patricia quer estabelecer convênios para que elas façam estágios no município, assim como projetos e pesquisas.

Enfrentamento à violência contra a mulher

Quanto ao enfrentamento à violência contra a mulher, Patricia lembrou que este é um assunto indispensável a se trabalhar em Paranaguá e que, mesmo com a já estabelecida Secretaria da Mulher, ainda há muito o que avançar. 

“Paranaguá já tem iniciado uma casa que é chamada Casa da Mulher Parnanguara, que assim foi nomeada. Precisamos fazer o uso efetivo dessa secretaria e dessa casa para o atendimento das mulheres que sofrem violência aqui em Paranaguá. Paranaguá é destaque em relação ao feminicídio, que é a última etapa da violência doméstica. Em muitos casos a violência ela vai galgando degraus, ela vai ficando cada vez mais complexa e pode culminar nesse feminicídio. A gente precisa criar políticas a partir da Secretaria das Mulheres para que elas sejam acolhidas de forma efetiva”, afirmou.

Ela propõe o treinamento dos Guardas Civis Municipais para compreender essa realidade, assim como os equipamentos de saúde e a qualificação das equipes que atuam na Casa da Mulher Parnanguara.

“Eu posso afirmar que a gente vai trabalhar em prol de instituir dentro do município a questão do aluguel, é uma forma de aluguel social para atender também essas mulheres que precisam se afastar desses relacionamentos abusivos e precisam ter algum lugar para morar com seus filhos também, a gente precisa ajudar o início de vida dessa mulher também. Muitas vezes essas mulheres não sabem como conduzir a vida, elas são sempre cerceadas, muitas vezes desde muito jovens, de poder cuidar e ser responsável por si”, concluiu a candidata a vice-prefeita.

A entrevista completa está disponível na página da Folha do Litoral News no Facebook.

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