O Núcleo Feminino da Cooperativa Agrária de Guarapuava realizou uma visita técnica ao Porto de Paranaguá na segunda-feira, 10. Sob orientação do departamento de Operações, as 35 mulheres, entre cooperadas ou parentes de cooperados, participaram da palestra no Palácio Taguaré, em Paranaguá, e seguiram para uma visita técnica ao cais.
Durante a visita, a coordenadora de tráfego marítimo, Renata Gusmão, apresentou o trabalho realizado no cais. “A área portuária é apaixonante e acredito que ouvindo sobre o tema por meio de outra mulher, traz ainda mais acolhimento, um lugar de voz ativa e representatividade. A gente se vê num espelho, digamos assim, podendo se sentir encorajada a fazer o mesmo ou até melhor”, comentou Gusmão.
A Agrária é uma cooperativa agroindustrial de Guarapuava, que conta com 728 cooperados e 1.908 colaboradores, que exportam soja e farelo e importam cevada e malte do Porto de Paranaguá. “O núcleo feminino busca aproximar as mulheres da atividade agrícola do seu propósito. Para isto nós proporcionamos uma visita técnica uma vez por ano e, desta vez, escolhemos o porto para mostrar a interação da cooperativa com as atividades portuárias”, explicou a gerente social da Cooperativa Agrária, Viviane Schüssler.
O gerente de fiscalização de operações portuárias da Portos do Paraná, Fernando Pinheiro, reforçou a importância de as visitantes conhecerem todo o processo portuário, desde as movimentações das cargas da cooperativa agrária até as cargas que passam pelos portos paranaenses. “Elas também tiveram contato com as mulheres que fazem a gestão das operações, da fiscalização, e que compõem o quadro da autoridade portuária trazendo mais identificação e propósito ao trabalho”, afirmou Pinheiro.
“Eu achei bem interessante a visita, principalmente por trazerem as meninas que trabalham aqui também. Eu acho que não tem muita diferença entre homem e mulher. Eles não são mais e a gente não é menos. Conseguimos tudo que eles conseguem também”, comentou uma das diretoras do núcleo, Mireille Gärtner Maroso.
“Eu estou na agricultura faz seis anos e meio, desde que meu marido faleceu, e eu estou impressionada com o porto, com a mudança dele em comparação à última vez que eu estive aqui visitando. A limpeza, o cheiro, a organização tudo mudou. Eu fiquei positivamente impressionada”, comentou outra diretora do núcleo, Karin Milla.
A agente portuária da Portos do Paraná, Jhéssika Takassaki, também acompanhou a visita das cooperadas. “Foi muito importante elas terem essa visão do porto como um ambiente também feminino. O setor portuário sempre foi muito conhecido por ser um local totalmente masculino e hoje foi possível mostrar um ambiente mais acolhedor, com mulheres trabalhando em diversos cargos e essa representatividade foi bastante importante para saberem que elas podem chegar mais longe”, reforçou Jhéssika.
Fonte: Portos do Paraná