Segundo o dicionário arrepender-se é sentir mágoa ou pesar por faltas ou erros cometidos. É mudar de atitude, de procedimento, de parecer; voltar atrás em relação a compromisso assumido. Nós, seres humanos, falíveis, quantas vezes na nossa vida cometemos erros, alguns graves, outros passíveis de correção, permitindo-nos retomar as atividades com o coração aliviado pelas faltas reparadas. Na atualidade ao tomarmos conhecimento dos atos praticados por criaturas destituídas de sentimentos, de piedade com relação aos seus semelhantes, sentimo-nos abalados e até desesperançados com relação ao futuro da humanidade.
A violência que nos assombra ocorre em todos os municípios independentemente das suas dimensões ou níveis populacionais. A nossa cidade, outrora tranquila, hoje é palco de assaltos e crimes levando-nos a temer pelo dia de amanhã. Perguntamos, então: de onde virão as soluções para problemas tão graves? Da justiça, da política? Que fazem os políticos, eleitos por nós, em prol do bem estar e do progresso dos municípios, dos estados, do Brasil? O erro está na incapacidade dos eleitos para resolverem tais problemas? Ou a culpa cabe a nós que deixamos iludir por balelas e os elegemos impensadamente, tendo de conviver com os erros por anos a fio? Aproxima-se o dia da eleição, segundo turno, para Presidente do Brasil. Qual será a nossa decisão? O futuro de todos nós está na capacidade consciente de usar com responsabilidade algumas teclas de uma urna eletrônica.
Vamos nos deixar envolver por promessas mirabolantes, ou usar nosso raciocínio lógico, fazendo prevalecer o bom senso, avaliando com lucidez as propostas passíveis de concretização, baseados no caráter, na vida, nas atitudes dos candidatos? Todos sabemos que a ânsia de poder embriaga os que aspiram por ele. Durante a embriaguês jorram promessas. Passada a ressaca a memória é obscurecida e fica como sempre o dito pelo não dito.
Quanto a nós vamos ter de curtir possível arrependimento pesado e dolorido por quatro longos anos, sem direito à recuperação. Sejamos conscientes, façamos valer com sinceridade nossas aspirações para curtirmos um futuro mais aprazível e não termos que cantar: “O arrependimento quando chega faz chorar".