Educação

Núcleo de Educação e 1.ª Regional de Saúde realizam evento de encerramento das atividades do Setembro Amarelo

Mês é voltado para a prevenção do suicídio e valorização à vida

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Estudantes representantes dos municípios do litoral paranaense se reuniram na manhã de quinta-feira, 8, no auditório do Isulpar, para lembrar da importância de ações de prevenção ao suicídio e valorização à vida. Trata-se do encerramento das atividades da mobilização Setembro Amarelo, proposta pelo Núcleo Regional de Educação de Paranaguá em parceria com a 1.ª Regional de Saúde.

A chefe do Núcleo Regional de Educação de Paranaguá (NRE), Izabel Cristina Vieira, explicou que desde o início do mês de setembro se uniu à Regional de Saúde para que as escolas tivessem ações de valorização à vida. 

“Trabalhamos durante todo o mês, com os grêmios estudantis e toda a escola, com ações de conscientização. Abrimos espaços para diálogos, rodas de conversa, onde o aluno pôde se colocar como protagonista, entender que ele faz parte do universo do outro. Práticas para começar no Setembro Amarelo e que gere frutos na escola”, declarou Izabel.

Todas as escolas do litoral foram envolvidas na mobilização. De acordo com Izabel, a prevenção ao suicídio e a valorização à vida são temas importantes que devem fazer parte das discussões no âmbito escolar. “De tudo que a gente tem visto no dia a dia é só um pouco do que a gente pode trazer para que o aluno reflita mais sobre isso, saber que tem alguém que olha por ele, que faz falta na escola e onde procurar ajuda se precisar”, disse Izabel.

O Paraná tem um projeto chamado Escola Escuta, voltado ao cuidado com a saúde socioemocional dos estudantes. “É um espaço de acolhida no qual o aluno pode colocar um bilhetinho e depois as pedagogas conversam com quem deixou. O Setembro Amarelo vem para ampliar toda essa discussão. A gente vê muitas coisas ruins acontecendo e, muitas vezes, nossas crianças e adolescentes são motivados por algo que nem conhecem. Talvez se a gente puder trazer eles para esse contexto de responsabilidade com a vida deles, de como se deixar cuidar, é algo muito importante para nós”, finalizou Izabel.

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Profissionais da 1.ª Regional de Saúde comemoraram a ampla participação dos jovens

O enfermeiro na Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Giscar Luciano Lopes, representou a 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá durante o evento e afirmou ser fundamental trabalhar esse tema com os jovens.

“Com os impactos da tecnologia e da inovação, se a gente não puder orientar os jovens de forma correta, a gente precisa dar essa orientação aos jovens até pensando em formas deles viverem uma vida mais plena e saudável, principalmente na parte psicológica. Esse trabalho vem nesse sentido de orientá-los para guiá-los para um caminho melhor”, disse Giscar.

Segundo ele, a campanha Setembro Amarelo é a oportunidade que as equipes de saúde têm para trabalhar o assunto. “A saúde junto com outras secretarias como a de educação é uma parceria perfeita e essencial. A gente tem que trazer esses jovens para a saúde, incluir eles na sociedade, essa discussão é muito saudável. A gente sabe que os jovens são muito mal influenciados, com isso a gente tem que tentar trazê-los para a realidade, para o caminho correto e, caso precisem de ajuda, saibam onde procurar uma ajuda profissional”, ressaltou Giscar.

“Se precisar, peça ajuda”

Desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, realiza no Brasil a campanha Setembro Amarelo com o objetivo de trazer informações atualizadas sobre suicídio para conscientizar a sociedade e colaborar para a prevenção do suicídio no País. A iniciativa chega em seu nono ano, trazendo um novo mote: “Se precisar, peça ajuda”.

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. 

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

Com informações da ABP

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.