Os Portos do Paraná aumentaram o calado do canal principal de acesso ao Porto de Paranaguá e dos berços de atracação do Corredor de Exportação Leste, onde são movimentados granéis como soja, milho e farelo. A mudança foi homologada pela Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) e amplia a capacidade operacional dos terminais paranaenses.
O calado é a profundidade entre o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação e a linha d’agua. Com a alteração, essa distância passa de 12,5 metros para 12,8 metros. O ganho operacional estimado é de 2.100 toneladas a mais de grãos, por navio. Ou seja, mais de 600 mil toneladas no ano, para uma média de 285 navios.
Outro impacto direto é na segurança da navegação, principalmente para navios graneleiros com comprimento máximo (LOA) de até 245 metros. “Temos sempre a preocupação de fazer um planejamento minucioso, que dê segurança operacional e uma perspectiva cada vez melhor para o Porto de Paranaguá”, destacou o capitão de Mar e Guerra André Luiz Morais de Vasconcelos.
OBRAS
Este é um primeiro aumento, decorrente das obras de dragagem e derrocagem realizadas nos portos do Paraná. A previsão é que, com o fim da retirada de um pico de rocha submerso, o canal de acesso ao porto de Paranaguá alcance um calado de 13,5 metros. Depois, com uma nova fase de retirada de sedimentos, dentro da campanha de dragagem de aprofundamento, chegue a 15,5 metros.
Atualmente, a derrocagem está em fase final de remoção e beneficiamento do material rochoso no fundo da baía, com as pedras sendo transformadas em brita. A dragagem de aprofundamento aguarda definição quanto a concessão do canal de acesso para a iniciativa privada.
CORREDOR
O sistema de embarque de granéis pelo Corredor de Exportação Leste em Paranaguá foi
São três berços destinados exclusivamente para o embarque de granéis, que pode ser realizado simultaneamente e compartilhado por nove terminais e pelo silo público, permitindo que um mesmo navio receba grãos de diferentes produtores.