Os Portos do Paraná, que nos últimos anos têm batido recordes de movimentação de cargas e recebido prêmios nacionais por seu modelo de gestão e organização, devem continuar a receber investimentos para melhoria da infraestrutura e da administração. O compromisso é do governador e candidato à reeleição Ratinho Junior, conforme registrado em seu plano de governo para os próximos quatro anos.
As intervenções propostas devem elevar ainda mais a capacidade de importação e exportação através das estruturas instaladas em Paranaguá e Antonina, que tiveram a maior movimentação da história em 2021, com 57,5 milhões de toneladas. Elas também devem garantir mais segurança das mercadorias e de todos os profissionais envolvidos nos processos diários dos portos.
Entre as iniciativas, destaca-se a Moega Ferroviária do Corredor de Exportação. Também chamado de Moegão, o projeto vai receber cerca de R$ 500 milhões para adequação do acesso, redistribuição das faixas internas e posicionamento das balanças e das moegas, destinadas ao depósito de grãos, cuja descarga ferroviária será centralizada em uma estrutura única.
Atualmente, 14,9% das cargas chegam ao porto pela ferrovia, mas a previsão é equalizar essa logística, com 50% dos carregamentos vindos pelos trens e a outra metade por caminhões. A mudança vai ampliar a capacidade de descarga de 550 para 900 vagões carregados com grãos por dia no porto de Paranaguá. Também serão reestruturados os acessos dos terminais da parte Leste do Porto, otimizando a capacidade de recepção de cargas também pelo modal rodoviário.
Segundo Ratinho Júnior, a construção do Moegão, que está em processo licitatório, resultará na redução de custos e aumento da eficiência logística, melhorando a competitividade do Paraná em relação aos outros portos do país. “Nós vamos ampliar em 65% a capacidade do Porto de Paranaguá, melhorando a eficiência e atendendo uma demanda do agronegócio brasileiro”, afirma.
Para a segurança das embarcações que trafegam na região, será mantido o programa de dragagem continuada para remoção do assoreamento dos canais de acesso da baía de Paranaguá. A medida também permite que navios maiores e com maior capacidade de carga circulem pelo canal, tornando-o mais atrativo para exportação e importação.
O planejamento também prevê a construção do dolfin de amarração no píer público de granéis líquidos, que são inflamáveis, aprimorando as condições de segurança de amarração para os navios e reduzindo riscos de potenciais acidentes.
EFICIÊNCIA NO USO DAS ÁREAS
Para melhorar ainda mais a gestão portuária, que já recebeu nos últimos três anos o reconhecimento do Ministério da Infraestrutura como a melhor do Brasil, Ratinho Júnior aposta na modernização dos processos administrativos, com a integração entre os sistemas de gerenciamento e monitoramento de tráfego marítimo e comunidade portuária.
A atração de novos investimentos privados também faz parte da estratégia. A meta é realizar leilões para a exploração das áreas remanescentes, o que transformará a Portos do Paraná na primeira autoridade portuária do Brasil com todas as áreas dentro da poligonal do porto organizado adequadamente exploradas.
“Com um espaço físico ampliado, você precisa de mais colaboradores fazendo a gestão da carga e atraindo outras empresas a exportarem pelo Porto de Paranaguá. Um cartão de visitas que influencia muito na geração de empregos no nosso litoral”, defende Ratinho Júnior.