Algumas prefeituras do Paraná, como Curitiba, Maringá e Londrina, já recomendam novamente o uso de máscaras em locais fechados e abertos com aglomeração. O motivo é o aumento dos casos de Covid-19 assim como de outras doenças respiratórias. A utilização pode conter a transmissão do vírus, evitando, dessa forma, que mais pessoas fiquem doentes nessa época do ano.
A Prefeitura de Paranaguá segue os decretos estaduais e municipais que mantém a obrigatoriedade do uso de máscara em locais de atendimento à saúde e transporte coletivo. “É importante lembrar à população que busca as unidades de saúde e os dois pontos de vacinação contra a Covid-19, usem máscara para esse atendimento”, ressaltou a secretária municipal de Saúde, Lígia Regina de Campos Cordeiro.
A Prefeitura de Curitiba afirmou que a recomendação acontece por causa da alta do número de novos casos e de casos ativos de Covid-19 ao mesmo tempo em que o sistema de saúde enfrenta pressão pelo aumento do atendimento por outras doenças respiratórias. A indicação do uso da máscara vale para transporte coletivo, terminais, estações-tubo, shows, jogos, shoppings, lojas, supermercados, entre outros. Permanece, ainda, a indicação já em vigor para uso desse equipamento de proteção em estabelecimentos de saúde e pelas pessoas com sintomas respiratórios (independentemente do local).
Problemas respiratórios
A médica infectologista, Dra. Lucia Eneida Rodrigues, disse que o uso de máscaras continua extremamente importante. “Sempre vimos na TV, por exemplo no Japão, as pessoas de máscara nas ruas. Isso é consciência e cidadania, porque diminui muito a transmissão de todos os vírus respiratórios e de outras doenças como a tuberculose”, disse a médica.
Após a não obrigatoriedade do uso de máscaras para evitar a Covid-19, se percebeu uma crescente nos casos de problemas respiratórios.
“Após a suspensão do uso de máscaras, que veio junto com o cancelamento de restrições de aglomeração, todas as condições ótimas de transmissão de doenças respiratórias voltaram a existir. Junto com isso veio o outono com queda das temperaturas e tendência a aglomeração, lugares fechados e menos ventilados. Nós sempre falamos isso em todo inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias e entre elas a Covid-19, a Influenza e as meningites”, salientou a médica.
Medidas de proteção
Algumas atitudes também podem ajudar a diminuir a transmissão dos vírus. Entre elas melhorar a ventilação dos locais, manter janelas abertas e não compartilhar copos e talheres. A higiene das mãos também é fundamental. “Incluindo o uso frequente de álcool gel por exemplo, além da lavagem das mãos quando possível (ou a cada 5 vezes que usar álcool em gel). Manter a hidratação adequada para manter o bom funcionamento do sistema imune também é algo bem-vindo e deve ser seguido”, destacou a médica.
Ato de cidadania
Para a médica infectologista, a utilização das máscaras é um ato de cidadania e respeito. Por isso, se torna indispensável o uso quando o indivíduo estiver com algum problema respiratório. “Temos dois aspectos: se eu estou com sintoma respiratório, um quadro viral, com as máscaras diminui a possibilidade de eu transmitir para outra pessoa. O vírus que, para mim, pode gerar só uma coriza, para um bebê ou idoso ou portador de alguma doença, pode significar um quadro grave. E se eu estou doente não quero pegar outra doença. Temos vários casos graves relatados de pessoas com dois vírus concomitantes em quadros graves na UTI”, alertou a profissional.
A médica ainda recomenda atenção ao tipo e uso das máscaras. É necessário trocá-las quando estiverem úmidas e descartar as máscaras cirúrgicas de forma adequada.