Maçonaria

Tolerância e Justiça

Em seus fundamentos, a Maçonaria proclama, entre outros princípios, que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um

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Em seus fundamentos, a Maçonaria proclama, entre outros princípios, que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um. A própria Maçonaria, como instituição, é eminentemente tolerante e assim também exige de seus membros a mais ampla tolerância. Nesse sentido, em relação ao convívio social, a Ordem e seus integrantes respeitam opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas religiões e ideais políticos moralmente éticos são igualmente respeitáveis.

O princípio da tolerância extremada deve estar, e em regra está, presente também nas relações interpessoais na Maçonaria, seja no relacionamento entre a Ordem e o Maçom, seja no relacionamento dos Maçons entre si. No latim, “tolerantia” significava algo como “aguentar, suportar”, no sentido da aceitação compreensiva e compassiva diante de algo contrário a uma regra moral, cultural, civil ou física.

Do ponto de vista social, tolerância é a capacidade de uma pessoa ou grupo aceitar outra pessoa ou grupo que tenha atitudes diferentes das normais no seu próprio grupo. Assim, a partir da tolerância, é garantida a aceitação de diferenças sociais e a liberdade de expressão. Tolerar algo ou alguém é permitir que seu entendimento ou atitude prossiga, mesmo que não se concorde com tal valor, pois é dado o respeito de discordar. O elemento “valor moral” aqui é delimitador e inafastável, pois onde ele não estiver presente, também estará dispensada qualquer tolerância. 

A postura tolerante primordial não significa que haja espaço, no seio da organização maçônica, para exoneração ou imunidade perante deveres individuais e coletivos. A direitos correspondem deveres, e o princípio da tolerância não está isolado dos demais objetivos da Instituição, principalmente no que diz respeito ao esforço máximo pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever individual. “Tolerância”, portanto, não se confunde com “condescendência”, aceitação pura e simples, por transigência, lisonja, temor ou fraqueza, da conduta de quem não segue as exigências do dever, da consciência moral, da honra.

Em termos de comportamento, exige-se do Maçom tudo aquilo que é exigido em qualquer outra instituição: respeito aos estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem. Reconhecem-se, contudo, as idiossincrasias, e que o trabalho de aperfeiçoamento humano é contínuo e interminável. Por isso, qualquer desvio eventual cometido por um integrante – por mais novo ou mais antigo que seja na Ordem — deve ser inicialmente visto com olhos de paciência, complacência, orientação e auxílio na recuperação do caminho reto.

A tolerância, porém, tem limites e pressupõe que, sendo-lhe dada a oportunidade de redenção, o equivocado reconheça seu erro em relação aos deveres assumidos, e demonstre boa vontade e esforço sincero para corrigí-lo. Observado este pressuposto, não raro se apresenta a “misericórdia”, sentimento de dor e solidariedade com relação a alguém que sofre uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça, tendo como decorrência a “indulgência” ou “clemência”, ou seja, a disposição para razoavelmente perdoar culpas ou erros diante do ajuste no comportamento. 

A Maçonaria vê a Justiça como imprescindível para equilibrar e enaltecer as relações humanas, e a ela destina apreço tanto como qualidade daquilo que está em conformidade com o direito, quanto como reconhecimento do mérito de alguém ou de algo. Por maior que seja, porém, o mérito, este não poderá sobrepor-se nem servir de anteparo para atitudes contrárias ao prioritário cumprimento do dever, sob pena de o próprio tolerante colocar-se em posição equivocada e eventualmente até irregular.

Com base em informações de gob-pr.org.br; languages.oup.com; www.wordsense.eu; wikipedia.org.

Responsável: Loja Maçônica Perseverança – Paranaguá – PR ([email protected])

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Loja Maçônica Perseverança

Loja Maçônica Perseverança n.º 159 de Paranaguá, precursora da Maçonaria no Paraná, federada ao Grande Oriente do Brasil (GOB) e jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil- Paraná (GOB-PR)