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Educação

Estudante de Paranaguá em intercâmbio relata a experiência no Canadá

João Pedro Lana Santos foi um dos selecionados do programa estadual

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A mais de oito mil quilômetros de distância de Paranaguá, o estudante do Colégio Estadual Alberto Gomes Veiga, João Pedro Lana Santos, conhece mais sobre a cidade de Port aux Basques, no Canadá. Ele integra o grupo de cem estudantes da rede pública estadual selecionados pelo programa “Ganhando o Mundo” para estudar fora do País. 

O embarque aconteceu no dia 9 de fevereiro, com destino a São Paulo e, de lá, partiram em diferentes voos para o Canadá. O intercâmbio terá duração de um semestre letivo e os estudantes retornam para cursar o segundo semestre em seus respectivos colégios. A ideia é que o programa tenha edições futuras e mande para o exterior alunos de escolas de todas as regiões do Estado.

Segundo João Pedro, o destino tem surpreendido.

“O Canadá é um País de primeiro mundo, assim que eu cheguei no aeroporto e fui cruzar a rua os carros pararam automaticamente, algo completamente diferente do Brasil”, observou o estudante.

As dificuldades com o idioma estão sendo superadas. “Eu achei que iria sofrer com o inglês, mas na verdade é muito tranquilo, o que você não entende é só pedir para repetir, que eles vão entender tranquilamente”, contou João Pedro.

O ensino também tem deixado boas impressões no estudante. Segundo ele, a dimensão da escola e o formato das aulas são bem diferentes do que no Brasil. “A escola aqui é gigantesca e segue um sistema de ensino completamente diferente do Brasil, onde a gente pode escolher as aulas que mais fazem sentido para a gente e os professores não ligam 100% pra notas. As escolas são gigantescas e bem equipadas para que os alunos tenham a melhor forma de ensino possível”, analisou João Pedro.

Muito frio

Ao contrário do Brasil, em Port Aux Basques, o verão costuma ser ameno, mas o inverno tem muita neve e ventos intensos. Ao longo do ano, em geral, a temperatura varia de -8 °C a 19 °C.

“O clima aqui é absurdamente frio, cheguei a pegar sensação de -25 graus enquanto ia andar na neve com a minha host family”, relatou João Pedro. “Um detalhe importante é que normalmente quando você está vindo para o Canadá, acha que vai ser sempre frio e etc, mas você só passa frio se tiver fora dos estabelecimentos ou fora de casa”, destacou o estudante.

Cultura

Durante esse período de estudos, os jovens ficam hospedados em casas de família que já são preparadas para receber intercambistas. Dessa forma, conseguem vivenciar a cultura do outro País, assim como os costumes e particularidades de cada região. “Tem diversas diferenças culturais e a mais diferente é a forma de alimentação. Eles tomam um café da manhã bem forte e aí só comem um lanchinho no almoço e jantam às cinco da tarde”, contou João Pedro.

Ganhando o Mundo

Instituído pela Lei n.º 20.009/2019, o Programa de Intercâmbio Internacional Ganhando o Mundo foi criado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná para oferecer a estudantes do Ensino Médio uma formação em instituições de ensino estrangeiras que tenham curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil. Os jovens foram selecionados com base em um ranking de melhores notas entre as escolas do Paraná.

Os estudantes viajariam inicialmente em agosto do mesmo ano, mas tiveram a viagem adiada para o início deste ano por conta das medidas sanitárias impostas pela pandemia. Por conta disso, o destino mudou da Nova Zelândia para o Canadá.

A seleção dos intercambistas foi feita com base na média de notas e frequência. Os critérios eram média maior ou igual a sete (7,0) em todas as matérias, e frequência maior ou igual a 85%. Para chegar à pontuação final, foram somadas as médias de todas as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) cursadas em 2020 no 9.º ano.

Para aperfeiçoar o idioma, em 2021, os selecionados tiveram acesso a um curso de inglês via aplicativo, ofertado em parceria com as universidades estaduais vinculadas à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Foram seis módulos de 40 horas, totalizando 240h de aprendizado em um formato autoinstrutivo, baseado em desafios que consideram a perspectiva da aprendizagem por vivência social e cultural.

Com informações da AEN

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