Educação

Parnanguara celebra prêmio do “Quem Quer Ser um Milionário?” e traz detalhes da sua participação

Lucas Ramos de Campos, de 19 anos, levou R$ 100 mil no quadro do programa "Domingão com Huck" da TV Globo

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Há momentos que mudam nossas vidas. Um misto de educação, inteligência, dedicação e coragem em rede nacional trouxe um parnanguara para os assuntos mais comentados nas redes sociais em todo o Brasil. Trata-se de Lucas Ramos de Campos, de 19 anos, morador da Estradinha, atualmente acadêmico de Engenharia Química na Universidade Federal do Paraná (UFPR), que levou o prêmio de R$ 100 mil no quadro “Quem Quer Ser um Milionário?” no programa “Domingão com Huck”, exibido no último domingo, 24. Seu desempenho chamou a atenção não somente do apresentador Luciano Huck, mas de milhares de pessoas pelo país, onde ele demonstrou sabedoria e estudo para responder perguntas difíceis, destaque este que não é novidade para quem conhece sua história, que inclusive já foi contada há anos na Folha do Litoral News. 

Lucas estudou no Instituto Federal do Paraná – Campus Paranaguá (IFPR), onde realizou o curso técnico de Mecânica integrada ao Ensino Médio, algo que o já permitiu alçar voos maiores com a educação, com bolsa parcial de estudos para um curso de verão em Oxford, um sonho realizado em 2022 com muito esforço e ajuda da família e arrecadação de recursos. “Fazer o curso de verão em Oxford foi muito incrível, porque eu tinha 17 anos e eu estava viajando sozinho para a Inglaterra para realizar um sonho. Eu tinha o sonho de viajar para fora, eu tinha o sonho de estudar em um lugar como Oxford (Inglaterra) e na época da vaquinha eu consegui realizar esse sonho e foi extremamente positivo. Ajudou muito no meu Inglês, ajudou muito no meu conhecimento de engenharia, na minha trajetória acadêmica e no meu currículo”, detalha.

“Foi muito positivo, eu sou muito grato por ter tido essa oportunidade de conseguir ir com o auxílio do povo de Paranaguá, com a vaquinha que me ajudou e a experiência foi sensacional. Eu até agradeço também porque é uma coisa que foi divulgada pela Folha do Litoral News na época para que eu conseguisse arrecadar esse dinheiro. E agora, mais uma vez, o povo de Paranaguá me recebeu de braços abertos para conseguir realizar esse outro sonho, participar do programa e conseguir mudar realidades, nesse caso mudando a realidade da minha família”, afirma o estudante.

Processo de inscrição e seleção árdua

De acordo com Lucas, o processo de inscrição foi algo iniciado após conversa com um amigo, onde ambos decidiram se inscrever em alguns programas de televisão, onde ele viu o quadro “Quem Quer Ser um Milionário” com inscrições abertas. “Com isso eu resolvi, enfim, enviar o formulário inicial e umas três semanas depois, mais ou menos, eu recebi um outro formulário para responder. Fiz uma primeira entrevista e respondi uma prova de conhecimentos teóricos gerais, tudo nesse mesmo dia. E daí, depois disso, eu fiz uma nova entrevista, depois uma entrevista junto com a minha mãe, avaliação psicológica, enfim, foram várias entrevistas, foi um processo longo, mais ou menos três meses e ocorreu todo ano passado, entre agosto e novembro de 2023, mais ou menos. Com isso, eu fui chamado agora, em outubro deste ano, para estar lá. O processo em si é desafiador porque são várias entrevistas, tem que achar os horários ali, tem que conversar bastante coisa, se mostrar mesmo como sendo um possível participante do programa. Então foi uma experiência interessante, sabe? Ficou muito feliz que deu tudo certo”, explica.

“Quando eu descobri que fui selecionado para participar eu estava em uma viagem a trabalho em Florianópolis. Fiquei muito feliz e empolgado por ter recebido esta oportunidade, fui informado das datas de gravação, então foi muito legal. Minha vontade era sair para todo mundo que tinha conseguido, mas eu não podia, tive que me conter na hora”, detalha o estudante.

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“Eu tive a oportunidade de levar o nome de Paranaguá para fora do País, agora para a rede nacional, e é muito legal, porque a cidade engaja bastante essas coisas. A cidade mostra que gosta do seu povo”, afirma Lucas (Foto: Reprodução Pessoal – Lucas Ramos de Campos)

Conhecer o Luciano Huck e o Rio de Janeiro

De acordo com ele, assim que ele soube que ia participar do programa ele soube que a “virada de chave” na sua vida iria ocorrer, que seria algo muito positivo em sua vida.  “Conhecer o Luciano Huck e a produção do programa foi algo incrível, eu sempre fui muito bem recebido, muito bem tratado, o pessoal da produção deu todo o apoio para mim. Eu não tive nenhum custo nessas idas para o Rio de Janeiro, então foi muito legal ter essa experiência”, explica. 

“Conhecer o Luciano Huck foi algo mágico porque, enfim, eu sempre quis participar desses programas na televisão, mas o Luciano Huck tem um dos maiores programas, é um dos maiores apresentadores do Brasil e foi legal conhecer ele, sabe? Porque ele é muito profissional, ele é bem técnico nas coisas que ele faz, mas eu consegui mesmo assim tirar fotos com ele, minha mãe tirou fotos com ele e foi todo mundo muito feliz pela chance que a gente teve”, ressalta Lucas.

Perguntas do quadro e desempenho de destaque

Após ter sido selecionado, o participante vai para a gravação do programa, entretanto ainda não é certeza de que ele irá participar, pois há mais uma seleção no decorrer da atração que é o desafio do “Pensa Rápido”. “Uma grande dificuldade que aconteceu foi eu vencer o desafio do ‘Pensa Rápido’ logo na minha primeira participação, porque cada programa são seis postulantes a ocupar a cadeira e um ganha o ‘Pensa Rápido’, que é responder corretamente a pergunta mais rápido que os outros participantes, e os outros cinco eles ficam para o próximo programa da próxima semana. Então, dos seis que estavam lá ontem, eu participei e os outros cinco estarão na semana seguinte. E o primeiro desafio foi esse em relação ao programa, e eu fiquei nervoso por justamente ser a minha primeira participação onde eu já jogaria”, acrescenta.

“Quando eu fui para a cadeira com o Luciano Huck eu pensei em muita coisa, porque eu imaginava que seria desafiador, seria difícil, só que eu já estava lá. Então, o que eu queria era responder as perguntas, jogar e ter uma participação legal, que rendesse bons frutos para a minha família. Eu não queria ter uma participação que pudesse me deixar decepcionado e triste com alguma coisa. Então, realmente eu quis aproveitar tudo que eu já tinha adquirido de conhecimento ao longo da minha trajetória para conseguir responder essas perguntas”, explica o parnanguara.

Conhecimento adquirido, novela e Minecraft

Lucas salientou que a ousadia nas respostas teve relação com o conhecimento adquirido na sua vida. “Se for ver, por exemplo, algumas respostas, eu baseei em uma coisa que eu vi na novela Caminho das Índias, a outra eu baseei no jogo Minecraft. Outra resposta eu baseei numa aula que eu tive de física em algum momento da vida, sabe? Então, bastante coisa que eu respondi que eu acertei foi um misto de aprendizado e ousadia, bem como confiança em coisas que eu aprendi na minha vida”, afirma.

Segundo o estudante, a confiança, no contexto geral, foi de 90%. “Eu não tive 100% de confiança em nenhuma pergunta, porque bate esse nervosismo por estar lá, mas eu confiei nos 90% que eu tinha em mente. E quando apareceu uma pergunta que eu não sabia responder e eu não tinha mais ajudas, eu achei que seria mais prudente parar, até porque eu não tinha nenhum tipo de certeza de qual seria a resposta correta. Para mim, foi melhor parar naquele momento, ser prudente e levar R$ 100 mil reais do que errar e perder metade do que eu já tinha conseguido”, complementa.

Apoio da família

“O apoio da minha mãe é uma coisa que é essencial para mim, eu não teria conseguido alçar os voos com a você se não fosse suporte dela, como eu falei no programa, ela sempre foi a maior apoiadora de todos os sonhos que eu tive, por mais distantes que eles pudessem parecer. O apoio dela foi crucial, tanto em termos de ajuda, de apoio, financeiro, fazendo esforços inacreditáveis para eu conseguir realizar as coisas que eu queria, então foi muito, muito positivo ter esse apoio da minha mãe sempre”, afirma Lucas. 

Ele salientou também o apoio familiar em sua jornada. “A minha família no geral apoia bastante essas coisas, sempre fui incentivado a estudar pelo meu pai, pela minha avó, todo mundo sempre me motivou a estudar e me mostrou que esse seria o caminho correto a seguir, e que mostraria e abriria um leque muito maior de oportunidades”, complementa. 

Rotina de estudo atual e Movimento Empresa Júnior

O estudante salienta que sua rotina acadêmica é de sempre circular entre Curitiba e Paranaguá. “Eu moro em Curitiba há um ano e oito meses, desde que eu comecei a faculdade, e eu venho geralmente a cada 15 dias, ou às vezes duas semanas seguidas, às vezes eu lavo três semanas para vir, é bem variável assim, porque eu tenho bastante coisa para fazer fim de semana. Então, em Curitiba, eu tenho eventos para ir, porque eu estou no Movimento Empresa Júnior e isso ocupa bastante espaço à rotina e tudo mais dos estudos. Este movimento é algo que eu amo fazer parte, é uma coisa que eu me apaixonei desde que eu comecei a participar, inclusive nesse momento eu sou diretor-presidente eleito da empresa que eu atuo, na Empresa Júnior de Engenharia Química”, acrescenta.

“Sempre tento vir com frequência para Paranaguá para ver a minha família, para ver todo mundo que está aqui, conseguindo manter este contato próximo, pois eu sei que não é ideal, sabe, uma pessoa sair de casa já cedo para outra cidade, mas fui atrás de um sonho que eu saí de Paranaguá para conseguir realmente retribuir tudo aquilo que foi feito por mim”, explica Lucas.

O que fará com o prêmio? 

O estudante respondeu a pergunta que todo mundo quer fazer: o que você fará com o prêmio de R$ 100 mil? “Quanto ao prêmio do programa, eu tenho consciência de que uma parte boa desse dinheiro vai ser realmente para ajudar a minha família, para a gente conseguir reestruturar algumas coisas, conseguir crescer realmente, comprar o que precisa comprar, pagar o que precisa pagar, e eu quero também investir em mim, então, por exemplo, não tenho carteira de motorista ainda, então eu preciso pagar ela, eu sinto que é uma necessidade que eu tenho atualmente, e eu quero também ajudar. Eu fui muito ajudado ao longo da minha vida e eu sinto que não faria sentido eu querer ser um agente que causa grandes transformações na sociedade sem retribuir. Quando eu tenho a chance de fazer isso, então é algo que eu tenho interesse em fazer também”, detalha.

Mensagem aos jovens parnanguaras

Por fim, ele destaca aos jovens parnanguaras a importância da educação e dedicação para alcançar o sucesso, acreditando sempre no seu potencial. “Eu tive a oportunidade de levar o nome de Paranaguá para fora do País, agora para a rede nacional, e é muito legal, porque a cidade engaja bastante essas coisas. A cidade mostra que gosta do seu povo, que é receptiva com essas pessoas. Então, o recado seria realmente acreditar no poder que o conhecimento tem e que a educação tem, sabe? A educação é, sim, a arma mais poderosa que se tem para conseguir mudar o mundo, para conseguir mudar realidades. Isso é uma coisa que não é instantânea, não é uma coisa a curto prazo, é uma coisa a longo prazo, porque ninguém vai conseguir virar estudioso da noite para o dia. Uma sociedade inteira não se transforma da noite para o dia com poucas pessoas estudando e se dedicando. Digo aos jovens de Paranaguá que é possível chegar, sim, onde eles imaginam alcançar e o conhecimento é essencial para que isso se concretize”, finaliza Lucas Ramos de Campos.

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Leonardo Quintana Bernardi

Jornalista graduado pela PUC-PR com atuação desde 2012 no jornalismo impresso, online e em audiovisual, bem como em assessoria de comunicação. Já trabalhou em órgãos públicos, jornais locais, freelances em veículos de alcance nacional e desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2017. Defensor do jornalismo como meio de transformação social.