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Caos Ferroviário

Manobras de trem ainda são uma das maiores reivindicações locais

ALL diz que a operação de qualquer ferrovia de carga funciona 24 horas

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Os tráfegos portuário e urbano se encontram em Paranaguá e, em horários de pico, a situação piora de forma significativa no trânsito. Todos os dias, ciclistas, pedestres, motoristas, motociclistas e passageiros de ônibus perdem parte do seu dia esperando a passagem do trem. Na Avenida Roque Vernalha, na Bento Rocha e Avenida Ayrton Senna, muitos já evitam passar para não correr o risco de perder tempo aguardando a passagem do trem.

Esses são locais onde o movimento é alto e alguns moradores, dependendo do bairro onde residem, não encontram alternativa a não ser aguardar nas extensas filas que se formam. Alguns moradores relatam como é conviver há tanto tempo com esse empecilho que gera prejuízos no dia a dia. Dependendo do horário, chegam a passar muitos vagões de uma só vez, o que faz com que a espera seja ainda maior.

 

OPINIÃO

A moradora no bairro Palmital, Tânia Mara Alves, acredita que a manobra do trem em horários de pico é um desrespeito com os moradores em Paranaguá. “São horários em que as pessoas precisam buscar seus filhos na escola ou mesmo levá-los, isso atrasa todos”, observou.

Pelo problema acontecer por tanto tempo, Tânia se questiona sobre a posição das autoridades. “Não temos uma força para dizer que agora não é mais como há 15 anos? O fluxo e o número de veículos são muito maiores e parece que ninguém liga para essa situação. Incomoda a todos, mas ninguém toma uma providência”, analisou a motorista.

 

 

Segundo Tânia, o mais difícil para o parnanguara não é só perder compromissos devido à passagem do trem, mas a espera que todos ficam sujeitos. “Não tenho paciência de ficar esperando. Imagina no verão, as pessoas tendo que ficar paradas dentro do carro, sendo que muitas não têm ar-condicionado. Além de ciclistas que também precisam ficar no sol esperando”, ponderou.

Assim que o trem termina de passar, a motorista se depara com outro problema. “Vêm muitos motociclistas correndo no sentido contrário, os pedestres se arriscam em meio aos carros, tudo isso acarreta em mortes, como já aconteceu”, declarou Tânia. Para ela, este é um dos grandes desafios da nova gestão. “É preciso propor uma solução, mudar o trilho, rebaixar, pois esse transtorno dificulta a vida dos moradores”, disse.

O morador no Jardim Araçá, Ceni Pires, afirmou que a passagem do trem já é rotina dos parnanguaras. “Não podemos impedir a passagem, já estou acostumado com isso. Mas, acredito que para quem trabalhe e tem hora para chegar ao centro, atrapalhe bastante”, disse. Segundo ele, o ideal na Avenida Roque Vernalha seria a implantação de um viaduto, como o construído na Rua Professor Cleto.

 

RUMO ALL

Questionada sobre os transtornos causados pela manobra do trem, a empresa responsável, a Rumo All, por meio da assessoria de imprensa, ressaltou que as operações seguem todas as normas vigentes e procuram causar o menor impacto possível à população. “A ferrovia contribui para não sobrecarregar o modal rodoviário, já que cada trem que passa pela cidade é responsável por retirar pelo menos 100 caminhões das estradas”, informou em nota.

Sobre se haveria possibilidade de realizar as manobras fora dos horários de pico, a empresa respondeu que a operação de qualquer ferrovia de carga funciona 24 horas por dia. “A companhia precisa realizar o atendimento à demanda existente, que também depende do ritmo de descargas nos Portos”, destacou a nota.

 

 

Outro esclarecimento foi dado com relação ao número de veículos, que aumento de forma considerável na cidade. “A concessionária esclarece também que problemas com a mobilidade urbana devem ser tratados por um conjunto de políticas de transporte. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), o município de Paranaguá aumentou a frota de veículos registrados na cidade em 113% nos últimos 10 anos, saltando de 30.183 para 64.304 veículos. É importante ressaltar que, possivelmente, o número efetivo de veículos em circulação é ainda maior, devido ser uma cidade portuária”, abordou a nota da Rumo.

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