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Semeando Esperança

Sal da terra e luz do mundo: sabor e luz de fraternidade

Ao longo deste ano, a cada domingo do chamado Tempo Comum, nos reuniremos para celebrar a Eucaristia ou a Palavra e leremos o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus. Aliás, prestando atenção ao Evangelho de cada domingo teremos a graça de ouvir este evangelho quase em sua totalidade

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Ao longo deste ano, a cada domingo do chamado Tempo Comum, nos reuniremos para celebrar a Eucaristia ou a Palavra e leremos o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus. Aliás, prestando atenção ao Evangelho de cada domingo teremos a graça de ouvir este evangelho quase em sua totalidade. É o chamado “Ano A” da Liturgia da Palavra. Na passagem deste domingo, o 5.º do Tempo Comum – Mt 5,13-16 –, Jesus diz que seus discípulos são “sal da terra” e “luz do mundo”. Isso não nos deve encher de orgulho nem nos levar a adotar uma atitude triunfalista nas relações com as pessoas. Pelo contrário, sejamos humildes, sabendo que existe também o sério risco de não vivermos a Palavra, tornando-nos sal sem gosto e luz que não ilumina.

A Palavra de Jesus ressoa como identidade e missão da Igreja e dos cristãos. Ela diz respeito à nossa relação com os homens e mulheres que vivem na “terra”, que habitam o nosso “mundo”. O que a humanidade, pois, espera de nós? Parece-me que não espera outra coisa senão o sabor e a luz da fraternidade: “Amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês” (Jo 15,12). Viver a fraternidade e difundi-la com alegria no mundo. Isso tornará cada dia mais autêntico o nosso testemunho cristão e a fraternidade será reconhecida pelas nossas ações e não apenas por palavras. Pregar o que não vivemos nos tornaria hipócritas, gente sem sabor e sem luz de fraternidade.

O empenho pela fraternidade encurta os caminhos e rompe barreiras, mas é comprometedor, requer esforços diários. Jesus não nos deixou uma lista de ações a serem praticadas, mas, sim, uma missão: “Vocês são o sal da terra. Vocês são a luz do mundo” (Mt 5,13-14). É preciso o empenho cotidiano para discernir à luz da Palavra de Deus e da fé quais são as “boas obras” que nos colocam a serviço uns dos outros e da humanidade inteira.

Quero recordar que no dia 4, terça-feira passada, há exatamente um ano, o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, assinaram em Abu Dhabi, o Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da Convivência Comum. Em sua mensagem, o Papa fez votos de que o primeiro aniversário deste grande evento humanitário, traga esperança “de um futuro melhor para a humanidade, um futuro livre do ódio, do rancor, do extremismo e do terrorismo, em que prevaleçam os valores da paz, do amor e da fraternidade”. Francisco se dirigiu, em especial, a todas as pessoas “que na humanidade ajudam os seus irmãos pobres, doentes, perseguidos e frágeis sem olhar a religião, a cor, a raça a que pertencem”.

Enfim, peço a oração de vocês por mim, pelos padres, diáconos e dois seminaristas da Diocese de Paranaguá, pois nos reuniremos de 10 a 13 para o nosso retiro anual. Inspirados pelo Evangelho deste domingo teremos a desafiadora e alegre possibilidade de estreitar ainda mais os laços de fraternidade entre nós. Iremos dedicar tempo especialmente à oração, à escuta da Palavra de Deus, à celebração eucarística e à confissão. Queremos, em Cristo, ser luz de fraternidade para as pessoas, as comunidadese toda a Diocese, que caminha rumo à comemoração dos seus 60 anos, em 2022. Por favor, acompanhem-nos com sua oração.

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