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Semeando Esperança

“O Presépio é como um Evangelho vivo”

Aproveito esta ocasião para falar da Carta do Papa Francisco Admirabile signum – Sinal admirável, sobre o significado e o valor do Presépio (1.º/12/2019).

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O Terceiro Domingo do Advento ou Domingo da Alegria – “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Ef 4,4) – marca o ritmo de nossa caminhada espiritual rumo ao Natal. Nesse dia, a Igreja suplica a Deus que conceda ao seu povo, que espera fervoroso o Natal do Senhor, a graça de alcançar as alegrias de tão grande Salvação e de celebrá-las sempre com intenso júbilo nas celebrações litúrgicas (Missal Romano).

Aproveito esta ocasião para falar da Carta do Papa Francisco Admirabile signum – Sinal admirável, sobre o significado e o valor do Presépio (1.º/12/2019). Nela, o Papa quis “apoiar a tradição bonita de as nossas famílias prepararem o Presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças”. Desejou também colaborar para que esta prática nunca desapareça e, onde tiver caído em desuso, que seja redescoberta.

O Presépio anuncia, “com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus”. Ele é “um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura”. A Bíblia é, de fato, a sua origem primeira. “O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria» (2,7). Jesus é colocado numa manjedoura, que, em latim, se diz praesepium, donde vem a nossa palavra presépio”.

São Francisco, quinze dias antes do Natal, pediu a João, um amigo camponês, que lhe ajudasse a concretizar um desejo: “Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incômodos que ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um recém-nascido, tendo sido reclinado na palha de uma manjedoura, entre o boi e o burro”. E João preparou a manjedoura com palha, o boi e o burro. Não havia outros personagens. “O Presépio foi formado e vivido pelos que estavam presentes”. Naquela noite de Natal de 1223, as pessoas que ali se reuniram provaram “uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes. Depois o sacerdote celebrou solenemente a Eucaristia sobre a manjedoura, mostrando também deste modo a ligação que existe entre a Encarnação do Filho de Deus e a Eucaristia”.

Armar um presépio não é simplesmente representar o Nascimento de Jesus. Como diz o Papa Francisco: “somos convidados a nos colocar espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade daquele que se fez homem a fim de se encontrar com todo homem, e a descobrir que nos ama tanto, que se uniu a nós para podermos nos unir a ele”. Na noite do Natal, rezaremos a seguinte oração, contida no Missal Romano: “Acolhei, ó Deus, a oferenda da festa de hoje, na qual o céu e a terra trocam os seus dons, e dai-nos participar da divindade daquele que uniu a vós a nossa humanidade”.

Que Maria e José nos ajudem a viver espiritualmente esses dias que antecedem o Natal de Jesus Cristo!

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