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Semeando Esperança

Alegrem-se, comigo!

Misericórdia: é o caminho que une Deus e a pessoa humana, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado (Misericordiae Vultus, 1-2).

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É consolador meditar o que escreveu o Papa Francisco, por ocasião do Ano Santo da Misericórdia: “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”. Ele, “com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa, revela a misericórdia de Deus”. Temos, pois, necessidade de contemplar continuamente o mistério da misericórdia divina. Ela é fonte de alegria, serenidade e paz; condição de nossa salvação. Por sua misericórdia Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é o caminho que une Deus e a pessoa humana, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado (Misericordiae Vultus, 1-2).

Tal misericórdia nos é revelada no Evangelho de domingo, Lc 15,1-32: Deus é como “um Pai que nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superado a recusa com a compaixão e a misericórdia”. As parábolas da ovelha e da moeda perdidas e a do Pai misericordioso ou parábola do filho pródigo apresentam um Deus “cheio de alegria, sobretudo quando perdoa. Nelas, encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé, porque a misericórdia é apresentada como a força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão (Misericordiae Vultus, 9).

Hoje, o Pai misericordioso, por essas três parábolas, convida-nos a participar da sua alegria, que nasce sempre quando encontra quem estava perdido: “Alegrem-se comigo”. Encontrei o que estava perdido. E, ainda: “Vamos fazer um banquete porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado. E começaram a festa”.

Por que um convite tão insistente para que participemos da sua alegria? É que Jesus, “o rosto misericordioso do Pai”, acolhia com especial simpatia as pecadoras e os pecadores – pessoas excluídas por quem, na sociedade, se considerava religioso, gente boa fama – e comia com eles. Os pecadores não fugiam de Jesus, mas sentiam-se atraídos pela sua pessoa e pela sua mensagem: “aproximavam-se de Jesus para o escutar” (Lc 15,1).

Enquanto isso, os fariseus e os doutores da Lei – representados pelo filho que ficou em casa –, escandalizados, criticavam Jesus: “Esse homem acolhe os pecadores e come com eles”. Como pode um homem de Deus agir assim? Mas Jesus não se importava com tais críticas. Confiava inteiramente no Pai que sempre entende os pecadores, oferece-lhes o perdão, não exclui ninguém e os espera de braços abertos, como um bom pai que corre ao encontro do seu filho perdido.

Essa poderia ser a primeira tarefa da Igreja, para mostrar-se fiel a Jesus: não condenar os pecadores, mas compreendê-los e acolhê-los. Impressiona-me ver como o povo aplaude o Papa Francisco cada vez que ele proclama que Deus perdoa sempre, perdoa tudo, perdoa todos. Certamente é o que muitas pessoas desejam ouvir claramente de nós, cristãos e cristãs.

* Tenho me inspirado em meditações de José Antonio Pagola

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