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Segurança

Insegurança com assaltos e vazadas assusta caminhoneiros em Paranaguá

Caminhoneiros são continuamente vítimas de assalto e ‘vazadas’ na Avenida Bento Rocha

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Segundo trabalhadores do transporte, roubos são recorrentes na região, inclusive à mão armada

 

A Avenida Bento Rocha, uma das principais portas de entrada do Porto de Paranaguá, é também um local de perigo aos caminhoneiros com contínuos assaltos à mão armada, vandalismo e realização de “vazadas”, que é o estouro da bica do caminhão para que o produto carregado, podendo ser grãos, farelo ou fertilizante, vaze na pista e seja roubado por criminosos. Segundo trabalhadores do transporte, há a necessidade da presença mais efetiva de autoridades policiais, bem como melhorias nas condições da pista, que fazem com que os caminhões transitem lentamente, facilitando a chegada de bandidos a pé ou de motocicleta.

Segundo Gideon Souza de Bairros, caminhoneiro que trabalha em uma cooperativa instalada em Paranaguá, residente em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, o problema da insegurança na Avenida Bento Rocha é frequente. “A segurança pública não só em Paranaguá, como no Brasil, é complicada. Ficamos inseguros o tempo todo”, comenta, destacando que no mesmo dia da reportagem um amigo seu, também caminhoneiro, foi assaltado na Avenida Bento Rocha à mão armada por indivíduos em uma motocicleta. “Foi às 8h30, isso não acontece só à noite. Eles não respeitam. Foi tipo um arrastão, assaltaram um e foram seguindo. Não tem como reagir, a gente dá o que tem de dinheiro para não correr risco de morrer”, completa. 

“O que esperamos é um policiamento constante, porque isto inibe a presença de marginais. Isto a gente espera não só aqui, mas em todo o País. O Brasil é rico, tem tudo, é autossuficiente em petróleo e grãos, temos uma supersafra neste ano, o que a gente espera é investimento em segurança e em outras áreas”, lamenta Bairros. Ele ainda pede métodos mais ágeis no registro das ocorrências por parte das autoridades policiais. 

“VAZADAS” 

Em um dos locais visitados pela reportagem, nas proximidades da Avenida Bento Rocha, caminhoneiros chegaram a pedir para a equipe da Folha do Litoral News sair, com medo de que indivíduos suspeitos que estavam próximos ao local fizessem represálias a eles por estarem denunciando a criminalidade na região. Segundo um dos caminhoneiros que não quis se identificar, o problema das “vazadas” é contínuo, assim como a presença de usuários de drogas que pedem dinheiro nos sinaleiros e em vários outros pontos. “Se a gente diz não, eles jogam pedra no nosso vidro e quebram”, explica. 

De acordo com Theodore Leysen Junior, caminhoneiro de Santo André, São Paulo, “se o cara marcar aqui ele é roubado”, destacando que muitos amigos já sofreram com a ação de marginais na localidade. “Precisávamos de mais viaturas na Avenida Bento Rocha e de escolta. Passou da ponte, ali na entrada da via, fica complicado. Além disso há muito desemprego, isso gera criminalidade”, comenta. “Devíamos ter um pátio maior de caminhões também para o motorista parar e fugir desta criminalidade. Além disso, o asfalto da via podia ser melhorado não só na Avenida Bento Rocha, como em várias vias de Paranaguá”, finaliza. 
 

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