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Segurança

Delegada defende a criação de uma casa de acolhimento para mulheres em Paranaguá

Rede de apoio é fundamental para combater violência contra a mulher

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O combate à violência doméstica contra a mulher não termina no momento da denúncia, por isso, além de uma delegacia especializada, é preciso também a criação de serviços de acolhimento como apoio psicossocial, juizado em violência doméstica, defensoria pública e ações de promoção de autonomia econômica. Toda essa assistência seria capaz de encorajar aquelas mulheres que fazem parte de um núcleo familiar violento a sair de casa, pois muitas vezes dependem financeiramente de seus parceiros e não possuem condições de arcar com custos de advogados.

Para isso, em muitos locais do País foram criadas casas de apoio para acolher mulheres vítimas de violência. No Rio Grande do Sul, por exemplo, existe a Casa Viva Maria, que atua desde 1992 com esse foco em Porto Alegre e tem capacidade para abrigar até 11 famílias.

Em Paranaguá, uma casa de apoio seria de extrema importância, de acordo com a delegada do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), que também realiza atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica, Maria Nysa Moreira Nanni.

“Dentro da política de enfrentamento à violência contra a mulher, um local de abrigo é necessário. Em Paranaguá, tem feito uma falta absurda. Há critérios para se receber a mulher, é feita uma análise, pois não funciona como um hotel. Precisa ser um local restrito, um endereço em que as pessoas não saibam com facilidade, não deve ter placa, tem que ser muito discreto”, disse a delegada.

Nas cidades onde as casas de apoio existem, as mulheres são encaminhadas sempre que há riscos de morte e agressão, que envolvem riscos mais graves à mulher, quando ela não consegue se afastar do agressor. “Ou então, ela está sofrendo uma violência crônica e não tem para onde ir e precisa de um lugar para ficar. Quando a mulher não tem um local diferente para ficar, ela não tem como mudar a sua condição. Enquanto a mulher não encontrar uma via de acesso a outra vida, ela não vai sair da atual”, ressaltou Maria Nysa.

Segundo a delegada, o serviço policial não é preventivo, por isso seria primordial que a rede de apoio à mulher funcionasse efetivamente para evitar o surgimento de novos casos e de mais mulheres agredidas. “A prevenção vem com o trabalho de toda a rede e com a orientação que a vítima irá receber. Ela precisa entender e seguir o que a gente explica”, destacou a delegada.

Hoje, as mulheres que queiram fazer denúncia relacionada à violência doméstica em Paranaguá devem procurar pela delegacia de Polícia Civil no Nucria, localizado na Rua Manoel Bonifácio, 483, no Centro Histórico.

 

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