Comandante do Patrulha Escolar orienta estudantes para prevenção de assaltos

Um assalto a um estudante no Jardim Paranaguá na segunda-feira, 24, trouxe novamente à sociedade a discussão sobre a insegurança da população, independente do horário.

O assalto aconteceu pela manhã enquanto o estudante estava a caminho da escola. Várias pessoas puderam visualizar como aconteceu a abordagem porque as imagens foram gravadas por câmeras de segurança. Os assaltantes estavam de bicicleta, um deles armado com um facão, e levaram o celular do menino.

O comandante do Pelotão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) no litoral, aspirante Martel Alexandre Del Colle, explicou que é realizado um trabalho de prevenção em todas as escolas do litoral.

“Fornecemos informações aos alunos, repassando algumas dicas básicas, porque quando a população colabora temos um resultado melhor. Damos dicas para ficarem atentos quando entrarem e saírem do estabelecimento escolar, tomar cuidado com seus materiais, ficar atentos quanto ao ambiente, não usar fones de ouvido, não deixar objetos à mostra. É importante que saiam no horário correto da aula para não chegarem atrasados, porque isso colabora, assaltantes geralmente gostam de pegar os alunos separados dos grupos”, recomendou Del Colle.

Os pais podem orientar seus filhos quanto ao procedimento correto que se deve tomar tanto para evitar assaltos como sobre o que fazer caso seja abordado. “Quanto aos pais, é importante que orientem seus filhos para que saibam o endereço em que moram, para quem ligar em caso de emergência. Passamos também para as crianças os números de emergência, tendo dicas como essas já auxilia bastante para diminuir a chance dos assaltos acontecerem”, disse Del Colle.

Estar atento ao seu redor também pode ajudar na prevenção. “É importante encontrar os autores dos crimes, mas ao mesmo tempo é preciso ter esse cuidado de não andar com alto grau de desatenção, o que é comum entre os adolescentes. A gente orienta também a não reagir a assalto, procurar manter a calma dentro do possível, registrar o máximo possível na memória para onde o indivíduo está indo, roupas, e ligar o mais rápido para a polícia”, esclareceu Del Colle.

O comandante do BPEC afirmou ainda que toda a comunidade pode colaborar caso presencie um assalto. “A gente percebe nas imagens que muitas pessoas estão passando, não é necessário interferir no assalto porque pode ser perigoso, mas é possível ligar imediatamente para a polícia. Nós gostaríamos de estar em todas as esquinas, mas isso não é possível, por isso é importante que a população participe. Criamos uma comunidade mais segura se a população também ajudar”, destacou Del Colle.

CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA 

Essa não é a primeira vez que um fato como este acontece em Paranaguá. A diretora da Escola Estadual Faria Sobrinho, Liliana Kffuri, relatou que alguns de seus alunos, na faixa etária de 12 anos, também já foram assaltados e tiveram os celulares roubados.
“Não houve nada de forma violenta, mas já aconteceu. Em todas as reuniões com os pais eu procuro orientá-los. Eu sempre falo para eles esconderem os aparelhos, fones de ouvido, etc. Também os aconselho a entregar o celular para o assaltante e não reagir ao assalto, porque a vida da gente vale muito mais que um celular”, relatou Liliana.
Segundo ela, a maioria dos estudantes vai sozinha para a escola. “Sempre falo para eles para que andem em grupos, não andem em ruas muito vazias, não que isso vá evitar, mas se essas dicas sempre forem seguidas é provável que haverá alguém para ajudar. Os adolescentes arriscam mais, acham que podem fugir, mas é preciso ter cuidado”, ressaltou a diretora.

MOTIVO DE PREOCUPAÇÃO

Leandra Frediane é mãe de duas filhas, uma de 13 e outra de 17 anos, e para ela, a segurança das meninas sempre foi uma preocupação. “Hoje em dia não temos mais horário, às 7h já não temos sossego, às 22h também não. Mas, ao mesmo tempo, temos que deixar os nossos filhos andarem com os próprios pés, não podemos levar e trazer todos os dias da escola. Por isso, é uma preocupação constante”, afirmou Leandra. “Aconselho sempre a prestar atenção se tem alguém seguindo. Além disso, a presença da polícia perto da escola também é fundamental”, finalizou Leandra.